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Ensaios-->7. PERSCRUTANDO O PRÓPRIO ADIANTAMENTO -- 29/05/2003 - 06:33 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Como uma prima-dona que brilhasse nos palcos, assim vai sentir-se todo aquele que chegar ao plano dos desencarnados pleno da satisfação de ter vencido com vigor todos os obstáculos que se antepuseram a ele na derradeira encarnação. Vai sentir-se muito feliz ao adquirir a consciência de ter superado as suas provas e de ter conquistado pontos preciosos para erguer-se moralmente, de molde a poder participar de círculos mais elevados, relativamente ao que ocupava quando partiu para sua última aventura. Esse brilho de felicidade a transparecer por todo o perispírito é saudado por todos os companheiros de luta, especialmente por aqueles que organizaram a sortida para a carne e por aqueles que, solidários, também se encarnaram para que se promovessem os ajustes necessários para a consecução de tal finalidade. Por pouco não diríamos que a glória é tanta que até os anjos do Senhor descem para festejar as conquistas. Evidentemente, seria exagero, embora essa tendência se note em muitos escritos mediúnicos, pois o que ocorre, na verdade, é que espíritos guardiães de nível bem elevado enviam mensagens de amor, que se traduzem em luminosidade, dando a impressão de que o regozijo é universal

Passada, no entanto, a euforia do primeiro momento, o que se nota é maior compenetração dos deveres, de modo que o espírito imediatamente deseja obter autorização para nova jornada na carne. É aí que surge a primeira surpresa. O trabalho cresce, os compromissos se multiplicam, o estudo avulta e a volta à carne fica condicionada a imensa série de fatores novos, cuja aquisição não se dará sem muito esforço e disciplina.

Evidentemente, as encarnações vão modificando-se quanto ao teor dos objetivos a serem almejados. Vamos citar alguns exemplos. Um espírito sofredor consegue aprimorar seu descortino evangélico em uma encarnação. Na seguinte, terá de pôr em prática uma série de aprendizagens que efetuou nas escolinhas que teve o direito de freqüentar. Se se sair bem, irá passar por novo teste, agora investido de alguma missão, como a de socorrer pessoas em transe de morte ou de servir de intermediário entre os planos etc. Caso obtenha sucesso, voltará mais uma vez, encarregado agora de algum alto posto no governo de cuja responsabilidade depende o progresso de grosso segmento da sociedade. E assim por diante, até que venha a merecer promoção para a esfera seguinte, momento em que cuidará não mais diretamente dos encarnados mas dos espíritos que pairam no etéreo, junto à crosta terrestre. E esse longo caminhar, que aparenta não ter mais fim, segue obscuro para nós rumo à tenda do Senhor.




Exercícios



Que deveremos fazer no dia de hoje para usufruir o direito de progredir? Será que temos condições de conhecer exatamente o nosso estágio atual? Por exemplo, o escrevente terá certeza de que o fato de ser intermediário entre os planos está a demonstrar que cumpre alguma missão ou, simplesmente, indica que, tecnicamente, está investido de habilidade cuja aplicabilidade seja obrigatória? Quem terá oportunidade de contatar seus espíritos guardiães e obter as informações precisas das condições do encarne atual? Como obter certeza de que tais informações sejam absolutamente e integralmente verdadeiras? Quem fizer uso da inteligência será capaz de inferir, exatamente, qual o próximo passo a ser dado?



Quem tem vontade de progredir naturalmente irá responder cuidadosamente a cada questão, forcejando por conseguir respostas apropriadas para cada pergunta, mesmo que à custa de muita pesquisa e perquirição junto às pessoas mais experientes que se prontificarem a auxiliar. Devemos dizer, de passagem, que, neste campo da pesquisa pessoal, poucos “viventes” têm o poder de conhecer proficuamente o seu adiantamento, para vislumbrarem com segurança qual o próximo movimento a ser imprimido à sua peça, nesse jogo de xadrez que é a vida humana. Assim, já se notam pessoas interessadas em ter o exato conhecimento da capacitação moral e espiritual, no desejo muito saudável, embora nem sempre puro, honesto e leal, de aplicarem-se ao resgate específico de determinadas ações prejudiciais que, em encarnações anteriores, realizaram. Outras pessoas, jazendo sob escombros de culpabilidade, sentem-se na obrigação de superações imediatas de situações angustiosas vividas ainda na atual encarnação. Estes percalços na consecução dos objetivos são mais fáceis de distinguir, pois apresentam o apoio da memória conjugada com a compreensão consciencial dos eventos, através do desenvolvimento do senso crítico, fundamentado nos conhecimentos evangélicos e espiríticos.

Sem sombra de dúvida, é possível considerar quais os melhores atributos morais a serem desenvolvidos, mesmo quando se desconhecem os motivos específicos do encarne. Quem será capaz de negar que o procedimento pautado nas diretrizes evangélicas serve para qualquer situação? Haverá algum elemento pernicioso, caso nossas atitudes se baseiem nas virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade? Haverá a possibilidade de algum prejuízo para quem proceder com justiça, por benquerença, para soerguimento do próximo? Haverá algum deslize para todo aquele que amar a Deus sobre todas as coisas? Nefando seria responder com afirmativas às questões anteriores. Nem seres muito malignos seriam capazes de tergiversar, embora muito afeitos aos raciocínios tortuosos fundamentados nas mentiras mais espúrias. Sutis malabarismos silogísticos e aforísticos não conseguiriam sequer pintar uma letra da palavra “sim” aplicada às perguntas acima. Nem o mais preeminente sofista teria coragem de contrapor simples argumento à verdade revelada, se não for com a convicção de que o mal é o seu bem, segundo o aforismo mais comum entre eles.

Sendo assim, vasculhar as intenções subjacentes das atuais vidas sobre a face da Terra pode constituir-se até em perigosa averiguação de destinação. Quando o indivíduo não tiver sido apaniguado com a capacidade inata da intuição das verdades imanentes, quando não se compuser com proficiência e sabedoria com as esferas sob cuja responsabilidade os encarnes são formulados e colocados em execução, quando não tem o domínio integral da consciência, casos todos esses raríssimos e de elevado nível quanto ao estágio existencial, então, o melhor é conformar-se com a vontade de Deus, que nos autorizou somente a perquirir a respeito de uma vida de cada vez, fazendo de tudo para não perder a luz que se lhe implantou no fundo da consciência, de sorte a operar com segurança no encaminhamento do proceder.

Como não estamos satisfeitos com nós mesmos, somos levados a considerar como muito penosa a nossa participação atual na sociedade humana. Essa a atitude menos sábia, pois, se aqui nos encontramos, foi por merecimentos nossos, segundo a compreensão da graça divina, seja para resgatar males antigos, seja para adquirir novos atributos morais e espirituais. Façamos, pois, por nos empenhar em melhorar as nossas condições, agindo segundo a orientação evangélica e espiritista, o que inclui muita oração de agradecimento pelos benefícios recebidos, dentre os quais deve destacar-se o fato de termos sido agraciados pela presente encarnação.



Graças a Deus, pudemos trazer mais uma pequena orientação aos irmãos encarnados que se dignaram dedicar alguns minutos de sua preciosa existência à leitura do texto. Se quiserem completar as aquisições que suas mentes inteligentemente captaram ou intuíram de nossas palavras, respondam ao questionário inicial e façam a crítica às respostas, segundo as apreciações que acrescentamos na segunda parte do texto. Sigam depois algum dos roteiros das lições anteriores, submetendo o trabalho ao crivo das observações dos companheiros. Esse despertar conjunto para a realidade da vida não deve ser onerado por expectativas emotivas; por isso, partam do princípio de que viver é bênção divina.




Comentário



O encaminhamento da mensagem visou a, mais uma vez, fornecer roteiro de perquirição dos motivos de vida, considerados em seus aspectos espirituais. Entretanto, é bom não considerar tão-só esses como os únicos a serem perseguidos como bons. Os encarnados têm funções específicas na vida, segundo o nível de desempenho social em que estão inseridos. Sendo assim, o professor, antes e acima de tudo, deve dar aulas; o investigador de polícia deve deslindar os crimes e oferecer o resultado de suas pesquisas às considerações do poder judicial; o advogado deve oferecer plausível defesa de seu cliente, segundo os recursos legais de que dispõe; e assim por diante. Somente após o desvencilhar das tarefas normais dos encarnados é que os homens devem dedicar-se a perquirir o seu real objetivo de vida, o que, se fosse revelado para todos, causaria traumatismo social que impediria a vida humana sobre a face da Terra. Por isso, estamos advertindo o incauto leitor que atribuir ao texto do irmão Otávio valor de exclusividade.

O que deve ser considerado é o grau maior ou menor de aplicabilidade dos princípios evangélicos e espiríticos à vida cotidiana de cada um. Assim, um lavrador que se dedica a cultivar a sua terra não necessita dos mesmos elementos de sagacidade moral a serem postos em prática na vida diária de um juiz de direito, por exemplo, embora devamos deixar bem claro que os compromissos de ambos para com a vida são exatamente os mesmos e o nível de responsabilidade espiritual é o mesmo, tintim por tintim. O que se diferencia entre ambos é a responsabilidade social, humana, quanto ao relacionamento indivíduo/indivíduo e indivíduo/coletividade. Certamente, um lavrador que, irresponsavelmente, causar doenças por adicionar produtos químicos e farmacológicos em excesso, com ânsia de obter crescimentos rápidos, para lucros mais polpudos, é tão responsável quanto o juiz que absolve um réu ou lhe aplica penalidade simbólica almejando conseguir algum ganho extraordinário. Em ambas as atitudes, o mesmo mal a ser contido pelo desenvolvimento da mesma virtude: a honestidade, que é igual para todos.

Quanto ao mais, recomendamos que os alunos das escolinhas de evangelização ajam de acordo com as instruções para obter os conhecimentos que tanto almejam.

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