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Ensaios-->5. EM NOME DE DEUS -- 27/05/2003 - 07:51 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quantos males são praticados em nome de Jesus! Se nós pudéssemos contar todos eles e se colocássemos, para cada um, um grânulo de areia em cesto, encheríamos tantos cestos quantas são as estrelas do céu. Essa a extensão da malignidade do coração humano, na carne ou fora dela.

Hoje em dia, vemos multidões inteiras enfurecidas, clamando aos céus, em nome do Filho Sacratíssimo, contra seus desafetos, que, por se situarem em posição política fronteiriça, não alcançam o favor do perdão. Que dizer, então, dos que não partilham da mesma fé religiosa?! Em nome de Alá e de seu profeta Maomé, também desandam os indivíduos a bramir contra seus irmãos de outras seitas, de outras fés, de outras crenças, de outras raças, de outros povos, de outras nações. Em nome de Buda, já se anatematizaram milhões de criaturas, filhos da mesma terra. Em nome de Zoroastro, de Confúcio, também muitos padeceram por não se filiarem às mesmas confissões religiosas. E assim entre outros povos, junto a diferentes nações indígenas, em todas as épocas e em todos os lugares. Não vamos enumerar caso a caso. Chegam as nossas constelações de cestos de areia.

Por que o homem se arremessa tão voraz contra seus oponentes religiosos? Terá mais certa e segura a entrada no reino de Deus se defender, às unhas e aos dentes, a supremacia de sua igreja, de suas concepções teológicas, de seu arcabouço ministerial, de suas crenças e superstições? Será que Deus necessita ser defendido de alguma forma? Não terá recursos de promover, junto aos corações, litígios conceptuais, de sorte que as pessoas se deixem levar pelo livre raciocínio até atingirem a compreensão da verdade? Que fé é essa que precisa do sangue do inimigo para testemunho de suas dimensões? Jesus nos disse para que nos resguardássemos no fundo de nossos quartos, quando quiséssemos entrar em contacto com o Pai. Teria dito em algum lugar que era para massacrar os inimigos da religião?




Exercícios

Deste texto de hoje, podemos extrair alguns conhecimentos da entidade espiritual que o produziu. Vamos incentivar o estudo dessa personalidade, através de roteiro de questões a que se deve responder com o auxílio das obras kardecistas. Então, vejamos.


1. Qual é a preocupação primordial do mensageiro? Caracterizada essa preocupação, classifique-a quanto à sua intensidade, categorizando em escala de notas de zero a dez, justificando sua resposta

2. Se você mantivesse esse entrecho como introdução a uma mensagem sua, que seguimento moral daria ao texto, como continuidade lógica do raciocínio até aqui exposto? Responda bem esquematizadamente.

3. Seguindo as tendências de sua personalidade, você manteria o tônus emotivo da mensagem? Se disser que mudaria, caracterize o próprio “élan”, elaborando de novo o texto e definindo a sua tendência.

4. Que conhecimentos você tem a respeito de perseguições de caráter religioso? Daria para citar quinze exemplos específicos, tirados da história da humanidade? (É proibido dizer que não! — Observação para os encarnados.)

5. Em face do aproveitamento de textos para evangelização, você aplicaria este estudo para estudantes de que nível de escolaridade? Por quê?

6. Que lição de vida poderia tirar você para você mesmo, de sorte a integrá-la em seu procedimento habitual, a partir da mensagem em estudo?

7. Se você, finalmente, tiver alguma censura ou restrição ao texto, seria capaz de expô-la com toda clareza? Faça-o.



O estudo de hoje exemplifica aula preparada para os estudantes da “Escolinha”. Nós não desejamos oferecer o presente texto aos encarnados para estudo, a não ser do ponto de vista metalingüístico, ou seja, o texto servindo de pretexto para o estudo de si mesmo.

Sendo assim, situações outras de equívocos deliberados podem ser cuidadosamente arquitetadas, para configurar a segurança do aprendiz em relação à desenvoltura que deve ter diante da doutrina. Não se trata de armar ciladas com a finalidade de surpreender a quem quer que seja no aspecto emocional, mas com o objetivo puro de propiciar condições de apreciação do verdadeiro adiantamento que cada qual deve estabelecer para si mesmo. Em suma, muitas vezes a preparação da aula requer ajuste profundo entre desenvolvimento da matéria e possibilidade de aferição do conhecimento, de sorte que a própria aula passa a ser a prova de si mesma.

Este roteiro, portanto, deve ser prescrito para evangelizadores muito experientes, que já sofreram percalços, ao se depararem com este mesmo tipo de desafio, mas que souberam, após várias tentativas, superar as dificuldades, estabelecendo pontos de vista pessoais no enfrentamento do teste e adquirindo reações racionais, segundo princípios firmemente estratificados e conscientizados.

Esse saber, a um tempo empírico e conquistado através de sua aplicação ao estudo, fruto ainda de muita reflexão e de muita pesquisa dos assuntos específicos e dos correlacionados com os temas expostos nas aulas, só se solidifica após inumeráveis exercícios. Por isso, é preciso cuidar de estabelecer bem firmemente a programação ao início do curso, de modo que fique bem declarado o objetivo final e cada uma das metas intermediárias. Tal planejamento deve ser discutido com os mentores do grupo e, após aprovação, deve ser explicado aos alunos, para que possam conhecer e organizar os trabalhos, em função do estudo que passarão a desenvolver.

Às vezes, ocorrerá que o roteiro seja de difícil acesso a mentes ainda não habituadas ao trabalho intelectual. Nesse caso, é sempre bom solicitar dos alunos exemplificação através de casos verdadeiros em que a matéria possa ser reconhecida. Os exemplos dos alunos devem ser postos em discussão, o que levará o grupo a novas reflexões a respeito do tema.

De tempos em tempos, é preciso estabelecer normas de conduta intelectual, de forma que nem sempre se vai admitir que os alunos se refugiem em sua insipiência para postergar os momentos de enfrentamento da realidade, teste maior de seu estágio no adiantamento a que se visa.



Por ora, era o que tínhamos para expor aos amigos, prometendo vir outras vezes com novos roteiros e novos comentários, na expectativa de produzir obra que vise a elucidar pontos de vista metodológicos das aulas da “Escolinha”. Se alguém for capaz de fazer frutificar as noções aqui apresentadas, preparando as suas lições segundo os nossos roteiros, vamos ficar ainda mais contentes. Caso contrário, que sirvam tão-só como elucidação e ilustração.

Graças a Deus! Gratos ficamos ao escrevente por nos ter seguido até aqui, em tema a respeito do qual tem conhecimentos técnicos bem amplos. Esperamos não ter desapontado.

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