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Ensaios-->2. CUIDAR PARA COLHER -- 24/05/2003 - 10:26 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

— É bem vigoroso o rebento, meu amigo. A planta não fenecerá.

Esta observação feita pelo agrônomo restabeleceu a esperança ao lavrador, que pensava ter perdido a plantação que dependia tão-só de tenro broto na haste, pois era o seguro indício de que a seiva corria por dentro do cerne lenhoso do caule ressequido pelo constante estio. Os cuidados, no entanto, com a irrigação foram a causa da preservação da folhagem sempre verde e da floração que se seguiria. Agora era esperar do céu as águas lustrais da benemerência divina que dariam sustentação ao plantio. Essa longa espera seria recompensada e os cuidados pagos regiamente, como se as plantas reconhecessem o trabalho e quisessem retribuir ao lavrador.

Assim são os homens previdentes em meio à desolação geral. Quando a população toda é assolada por ondas de desconforto de toda natureza, começa a desandar, a lastimar-se, a procurar desesperadamente recursos de sobrevivência, mesmo que estejam onerando os seus semelhantes. Vejam, por exemplo, o estágio atual da civilização brasileira. A miséria grassa, mas as pessoas buscam sobrepor-se umas às outras, ao invés de se auxiliarem mutuamente.

O homem temente a Deus, entretanto, confia em que a situação venha a melhorar e age em auxílio dos mais necessitados, sabendo que sua participação, por menos expressiva que possa parecer, será de proveito para alguém.

Esse descortino é o que pedimos em relação aos aspectos espirituais, pois não existe pessoa encarnada que não apresente sérios entraves para seu desenvolvimento. Diante dessas dificuldades, porém, são poucos os que sabem reagir. A maioria busca escamotear as soluções mais eficazes, na tentativa de se subtraírem aos sacrifícios, para usufruírem todas as regalias da presente encarnação. Se cuidassem dessa plantinha que está fenecendo, se aguassem a terra circunjacente, se afastassem as pragas, as ervas daninhas, se cuidassem de seu desenvolvimento, retirando os galhos secos ou afetados pela doença, se administrassem os defensivos agrícolas mais adequados, se adubassem convenientemente o solo, certamente obteriam o que mais desejavam quando em espírito pairavam no etéreo à procura da oportunidade de reencarnar. Esse desajuste entre o procedimento atual e a intenção anterior é que faz com que a colheita seja magra e os benefícios, quando existem, muito poucos.

Vamos, irmãos, pelejar por cuidarmos da vida, pois a ninguém é dado passar por provações substitutivas. Cada qual é responsável pelo seu destino e, se nós não nos conscientizarmos de que temos tarefas regenerativas para realizar, inevitavelmente seremos engolfados pela miserabilidade humana mais grosseira e iremos criar pontos negros difíceis de serem apagados.

Sendo assim, é preferível vida obscura, sem grandes cometimentos nem proezas, esquecida da sociedade naquilo que tem de mundano e supérfluo, mas argamassada firmemente pelas virtudes evangélicas, de sorte a constituir-se em seguro anteparo para preservar o crescimento, a floração, a frutificação e a colheita de extensos bens, que serão armazenados nos celeiros de nossa divina prosperidade.




Comentário



Permitimos a transmissão da mensagem do nosso Roberto para dizermos que estamos aqui presentes para o trabalho. No entanto, como está sendo realizado sob condições bem adversas, vamos liberar o escrevente. Sabemos o que se passa em seu lar(1) e prometemos voltar sempre que possível para prosseguir os trabalhos, que estão bem longe de terminar, se é que terão fim algum dia.

Quanto ao tesouro que representa o aviso do querido Roberto, pouco podemos dizer. Cada palavrinha foi buscada no relicário de bênçãos que a Divina Providência nos prodigalizou para que orientemos os encarnados.

Se alguém achar que poderia ter sido melhor acabado o texto, podemos aceitar a crítica, pois nenhum de nós atingiu desenvolvimento lingüístico para realizar obras literárias. Mas estão espargidas algumas pérolas rústicas, envoltas em palavras não totalmente precisas. Que não tenham estas o destino que Jesus previu para aquelas que são jogadas aos porcos. Que algumas venham a ser apanhadas para serem incrustadas em adornos de virtudes ou enfiadas em cordões de benemerência para apanágio das pessoas de bem.


(1) A casa estava passando por reformas.

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