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Cordel-->Espaço e silêncio -- 16/09/2003 - 20:57 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clic"ali,oh:=>>>Espere o gato passar






—Será que o que queremos
é tentar compreender
o "nada", ou já sabemos,
e ele queremos ter?

—Não, não necessariamente.
Garimpamos umas pistas
de um nível consciente,
as dimensões nunca vistas

que Não Manifesto tem,
que você pode trazer
pra sua vida, também,
e com Ele conviver.

Não é nossa intenção,
nada de tentar saber,
nada de compreensão,
nada de querer reter.

"Existência" o espaço
não tem. E quem quer provar
o contrário tem fracasso,
"existir" é "destacar".

Espaço não se destaca,
não deixa se compreender,
vai ficar qual pilha fraca
quem quiser o entender.

No entanto, acredite,
em si mesmo não existe,
mas, deixa que você fite
as outras coisas em riste.

Silêncio, também, não tem
uma certa "existência",
Não Manifesto, também;
deles só temos ciência.




Então, o que acontece
quando nossa atenção
sai do que nos aparece,
e pomos concentração

no espaço em si mesmo?
Qual será a essência
de um recinto, a esmo,
ou da sua dependência?

Os quadros, sofás, a mesa,
estão dentro do recinto,
mas entenda, por fineza,
nunca formam labirinto,

eles não são o recinto.
E, também, a estrutura,
teto, chão, paredes pinto;
mas isso tudo não dura,

a essência é que fica,
espaço vazio, claro.
O "nada" se justifica,
neste momento não raro.

Recinto não haveria,
se espaço não houvesse.
E "nada" existiria,
"nada" que nos abastece.

Como espaço é "nada",
importa mais entender
que a coisa despregada,
o que não se pode ver,

vale mais que o notado,
mais que o que lá está.
Assim, conscientizado,
sinta o espaço lá.

Nada pense a respeito,
sinta bem o que há lá,
o que é do mesmo jeito,
"nada" é o que mais há.

Ao agir dessa maneira,
dentro de você sucede
uma mudança ligeira
de consciência, que cede

os espaços dos objetos,
que estavam lá na mente;
agora, estão repletos
de espaço consciente.

Em outras palavras, digo
que você não vai pensar
em arroz, feijão ou trigo,
e, ao mesmo tempo dar

ao espaço atenção,
ou ao silêncio dali,
pra observar o vão,
pro Não Manifesto vir.

Tirando a atenção
dos objetos no espaço,
tira a concentração
deles, que fazem mormaço,

na sua mente também.

Você não pode pensar
e ficar bem consciente
do espaço, do calar
do silêncio envolvente.

Ao tomar a consciência
do espaço, do deserto
sem miragem, da essência,
você fica bem desperto,

consciente do espaço
que é vazio na mente,
e dá o primeiro passo
pra receber, reluzente,

a consciência mais pura,
Não Manifesto, total.
Assim, o espaço dura
pra você como portal.

O nada é amparado
pelo espaço que há
e por todo o calado,
o silêncio que faz lá.

Os dois, que de fora são,
expressam serenidade,
o núcleo da criação,
a pura Realidade.

E muitos seres humanos
nunca ficam cônscios disso,
dessa dimensão; por anos,
e não querem compromisso.

Pra eles nada existe,
nenhuma serenidade,
o silêncio que persiste
não tem menor validade,

espaço interior
não tem nunca serventia,
Deus não dá o amor
pra quem nisso mais se fia.

Pensam que já bem conhecem
o mundo e suas formas,
da essência se esquecem,
só vivem das suas normas.

E, sendo as formas instáveis,
vivem bem amedrontados,
com percepções imutáveis
e sempre apaixonados.

Se o mundo acabar,
por qualquer revolução,
Não Manifesto sobrar
é a grande previsão.

Nada real pode ser
ameaçado. Se há
irreal, paz em você
nunca acontecerá.

Mantida a conexão
com nosso Não Manifesto,
vem a valorização,
o amor, em cada gesto,

um respeito mais profundo
a cada forma de vida,
ao manifesto, ao mundo,
Vida Única, guarida.

Você, então, cônscio fica
de que as formas se vão,
que lá fora há titica;
dentro, há revolução,

você "conquistou o mundo,"
nas palavras de Jesus,
salvou-se bem lá no fundo,
sem carregar maior cruz.

Pra outra margem passou,
como colocou o Buda,
e nunca imaginou
que teria tal ajuda.


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