Os ventos de agosto
alam meus pensamentos
ao redor, pradarias branquicentas
pela ação do sol
e a ausência da chuva!
a calor é infernal,
revolve as idéias
e fazem as cebolinhas verdes
contorcerem-se a minha frente,
formosas, com um caixilho na ponta.
--estavam prontas para parir no árido
um tapete esfarrapado
contorce-se enroscado nas farpas do varal
-- o suor escorre em bicas pela fronte!
bafejado pelos ventos de agosto
na ponta do casebre,
pende uma gaiola velha, vazia
o bafejo dos ventos de agosto,
levara o canto para além da aridez da vida
e, a gaiola vazia de bacuri, contorce-se
no mesmo ritmo das cebolinhas,
presa por um elo metálico,
enferrujado!
|