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Poesias-->O PRIMATA -- 22/01/2003 - 03:19 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Longe.


O tremor de terra vem longe,


vem pela fresta matinal.


O tremor


arrasta sem epicentro


o seu contorno sísmico,


simiesco.


O tremor de terra caminha,


palmilha toda a falha geológica:


a cidade metrificada,


a imobilidade geral,


um sentimento de nulidade que permeia


o mundo sapiens sapiens.


O tremor quase pensante avança,


cavidade regular grunhindo


outra forma de existir


em estalo superior.


Vejam. Mais um membro articulado


destruindo corcovados de cimento súbito.


Não sobrará pedra em cima de pedra.


Nossa espécie agoniza


profundamente.








Repare,


este tremor


infecção otológica


dilatando-se


às cinco da manhã,


não é o simples adoecer


do teu corpo indefeso,


mas a percepção


do nosso próximo passo evolutivo,


o catalisador de precipícios,


o homem fenda.





(22)





Do livro "BORBOLETAS NOTURNAS NÃO EXISTEM"


E-mail do autor: fontenelleph@ig.com.br











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