Recebi de um dileto e velho amigo, aqui da usina, um e-mail onde se lê:
“Por que, amiga Milene, você publica artigos, ensaios, ou discursos, clamando no deserto?
Escreva apenas seus poemas ou seus contos e crônicas, sem dar trelas a esses que, na falta de conhecimento das normas da língua, fazem dela o uso mais ordinário possível... Pois, esses seres, sentindo-se ofendidos, partem para a agressão verbal e ofensiva, com a carapuça até os pés. Não gosto que te ofendam minha amiga.”
Eu te respondo, amigo...
Não me importam as ofensas, ou o que possa delas advir. Quem se propõe a escrever tem, na palavra, a ferramenta mais poderosa.
PALAVRAS...
Movem o mundo
Dissecam idéias
Fragilizam seres...
São espadas
São lumes
Às vezes
Perfumes...
Trazem sorrisos
Surpresas
Também causam dor...
Mas no meio delas
Há a flor mais singela
Palavra tão grata
Na medida exata
Que se chama AMOR!
Milene Arder
(Oficina da Palavra)
“Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter”
(Humberto Gessinger, na canção “Ouça o que eu digo, não ouça ninguém”. BMG Ariola, 1988)
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