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Artigos-->POR QUE AINDA FALAM EM SUICÍDIO? -- 21/10/2011 - 22:59 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 











                       POR QUE AINDA FALAM EM SUICÍDIO?



 



 



    Francisco Miguel de Moura, Escritor, Membro da Academia Piauiense de Letras



 



            Muitos crimes de homicídio já aconteceram em Teresina, nas últimas décadas e os poderes constituídos não conseguiram apontar e prender os criminosos.  O caso da Fernanda Lages é mais um. O Piauí possui tantas deficiências, tantas fraquezas... Neste particular, será mais uma. Falta de inteligência não é, pois aqui e alhures a inteligência do piauiense é proclamada e provada.



         A família de Fernanda Lages nunca admitiu que sua morte tenha sido por suicídio. E conforme foi divulgado pela revista “Cidade Verde”, de 9-10-2011: “Em 20 de setembro, os promotores de Justiça se reuniram para analisar o inquérito, declararam que o vigia Domingos Pereira estaria escondendo algum fato em seu depoimento e trabalham com a hipótese de homicídio”.  Um dos delegados que atuou no caso declarou, a certa altura, que a hipótese de suicídio estava descartada. Depois volta (ele ou outro) a dizer que ainda está trabalhando com as hipóteses de homicídio e suicídio. As duas reconstituições do crime mostraram que não se tratava mesmo de suicídio, inclusive pelas lesões corporais já verificadas no corpo de Fernanda Lages. É o que foi divulgado.



            Tantas voltas, tantos vaivens, e não se encontra o assassino (ou os assassinos) da moça, estudante de Direito – pessoa alegre, sorridente, pelas fotos que se viram nestes meses. Segundo Homero, “quem ri muito está de bem com Deus”. Mas se a morta era boa pessoa ou não, não importa: Preocupante é que há um crime, e não existe crime sem criminoso, como não existe crime perfeito. Quando há vontade dos poderes públicos todo assassino é encontrado, pois todo crime deixa pista.



            Por que, feito todo o trabalho do inquérito, não indicam quem matou e quem mandou matar Fernanda Lages? Desconfiando dessas protelações (para ver se o povo esquece) foi que o deputado Robert Rios, ex-Secretário de Segurança, sugeriu: “O que está colocado é que uma pessoa poderosa, rica, de influência política teria assassinado essa moça e que as autoridades estariam escondendo. Então, seria bom que o governador solicitasse um delegado federal de fora, que não conhecesse os poderosos do Estado, para concluir esse inquérito”.



           É praticamente incontestável que a jovem Fernanda Lages, apesar de estudante de Direito, era ingênua. Entretanto, por ser expansiva, mantinha relacionamentos abrangentes, era alegre e gostava de viver a vida, inclusive na noite. Daí se concluiria ser ela um arquivo vivo que, de uma hora para outra, queimou-se. Quem estaria interessado na queima desse arquivo? Já fizeram várias investigações, mas nisto não se falou.



         Falta, segundo falam por aí, à boca pequena, uma interrogação mais cerrada em cima do vigia Domingos Pereira, que viu, na madrugada, uma mão que abria o portão. Depois da mão, naturalmente houve ruídos, senão gritos. Se alguém entrou, alguém saiu. Se o vigia estava dormindo, a partir do momento em que alguém entrou no local deve ter despertado e ficado atento, pois já o dia vinha amanhecendo. Depois, ainda segundo a revista mencionada, ele disse, na primeira entrevista, que “não pagará por erro de ninguém”.



         Talvez eu esteja esquecido, mas não ouvi falar nem li nada sobre quem vinha no carro com Fernanda Lages. Ou ela vinha só no seu carro?  Nem se outro carro parou junto ao dela, no mesmo momento em que chegava, ou algum tempo depois. Se esse outro carro era de amigo dela ou de parente, conhecido, desconhecido. Para mim ainda há muitas perguntas. E o que o povo sabe é que, no meio de tanto puxa-encolhe de informações sem resultado, a bravura dos promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha impressiona.


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