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Poesias-->Voltei mãe -- 10/08/2000 - 23:04 (Eliosmar Veloso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mãe, quando eu partir,

A senhora me viu sair

Com minha mochila nas costas,

Ficou derramando lágrimas,

Sem lembrar de tuas mágoas

Prevendo talvez minhas derrotas.



Eu fui para um mundo cheio,

Procurando talvez um meio

De minha vida arrumar.

Mas logo veio a saudade

Queira voltar para minha cidade

E a senhora poder abraçar.



Disseste-me em prantos derramados

- Vá filho querido e amado,

O mundo pode te ensinar,

A ser um homem de bem

Fico daqui rezando também

Para teu ideal encontrar.



Eu fui pensando de um jeito,

Mesmo com uma grande dor no peito

Em terras distantes cheguei,

Sendo por muitos ignorados,

Por muitos outros magoado

Chorava muito, querendo voltar.



Mas, meu orgulho mãe, era tanto,

Não me deixava ver o quanto

Naquele momento eu sofria.

Ficava agüentando abusos

De muitas pessoas intrusas

Assim minha vida vivia.



Mãe... entre todos os sofrimentos

Passando muitos tormentos,

Um dia, resolvi voltar.

Enfrentei inúmeras dificuldades,

Motivadas talvez, pela saudade

Até em casa eu chegar.



Chegando em casa, mãezinha

As coisas que eram minhas,

Encontrei no mesmo lugar.

Esquecendo todo o passado,

Te abracei muito apressando,

Querendo um beijou te dar.



Não te dei um beijo apenas

Te dei muitas dezenas,

Tentando um dia recuperar,

Todo o tempo que foi perdido

E o mau tempo que foi vivido

Por mim em outro lugar.



Mãe, nos mundo onde andei,

Coisas más eu encontrei

Sem falar em maus amigos.

Como a senhora falou,

O mundo lá fora me ensinou

Mas com severos castigos.



Mas tudo isso mãe, acabou,

Meu sofrimento passou,

Estou novamente aqui.

Voltei agora para ficar,

Não quero mais te largar,

E pelo mundo sair.



Mãe, agora estou aqui,

Agradeço muito a ti,

Por de volta me aceitar.

Coração de mãe é grande,

E por onde o filho ande,

Ela não o pode desprezar.



Mais uma vez mãe, perdão,

Por te magoar, então,

Sem em teu sofrimento pensar.

A senhora é uma santa,

Que teus filhos acalenta,

E por eles se põe a chorar.



Mãe, quero te abraçar,

Quero teu rosto beijar,

Quero tudo esquecer.

Quero sentir teu calor,

Sentir também teu amor,

E feliz poder viver.

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