OUVIR E ENTENDER MÚSICA – PARTE DEZOITO
(FORMAS FUNDAMENTAIS – forma rondó e forma livre)
por Coelho DE Moraes, baseado na obra de Aaron Copland
Fórmula Rondó: A-B-A-C-A-D-A e assim vai.
A característica básica é retorno ao tema principal, depois de cada digressão. O tema principal é o que importa. O número de digressões é variável e acidental. A digressão fornece contraste e equilíbrio.
Há rondós lentos e rondós rápidos. Em geral são leves, bem humorados, em estilo de canção, aparecendo no último movimento de uma sonata tradicional. Encontramos o Rondó em Couperin e Walter Piston.
No começo – Haydn e Mozart – as divisões entre as seções eram bem marcadas. Em desenvolvimentos posteriores apareceram as pontes e as buscas para uma fluência musical mais consistente.
No último movimento da Sonata nº 7 em Ré Maior, de Haydn temos um Rondó em que a cada repetição de A ou do tema há uma variação. Um Rondó moderno, com amplas variações ousadas a cada repetição do tema é o Till Eulenspiegel de Strauss.
É um arranjo livre de seções, portanto, não há fórmula.
Caberá ao compositor buscar uma fórmula para aquela forma específica de obra que estiver compondo. Urge buscar o equilíbrio e a organicidade. Exemplos a serem ouvidos obrigatoriamente: O prelúdio nº 20, em Dó menor de Chopin na forma A-B-B ou A-B-C-A; o Assustado das Peças Infantis de Schumann, no formato A-B-A-C-A-B-A. Não esquecer da suíte opus 14 de Bela Bartók.
Fica aqui a insistência para que o caro leitor procure as peças sugeridas e estude-as, ouvindo prazerosamente.