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Ensaios-->OUVIR E ENTENDER MÚSICA – parte DEZESSETE -- 07/03/2003 - 14:44 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OUVIR E ENTENDER MÚSICA – parte DEZESSETE
(FORMAS FUNDAMENTAIS – formas seccionadas binária e ternária)
por Coelho De Moraes baseado na obra de Aaron Copland

Toda música pode ser feita de secções, desde os longos poemas de Strauss bem como os FireWorks de Hændel.
A mais simples forma é a binária. A-B. Teve papel preponderante entre 1650 e 1750. O fim da secção A em geral com sinal de repetição. É até fácil de ver. Às vezes o sinal de repetição também aparece no final de B. Dessa forma teremos A-A-B-B, ou :A: :B:
Deve-se levar em conta que muitas vezes , com exímios instrumentistas, as repetições eram muito exatas para o setor de acompanhamento enquanto os solistas efetuavam criações ad libitum , ou seja à vontade, obedecendo o formato e obedecendo a moda da época, o estilo.
Em todas as outras formas a seção B indicaria um seção independente, no entanto, nesse caso, há uma correspondência entre as formas. Na seção B há elementos de A. Há um forte sentimento de cadência que acompanha cada parte.
A forma binária foi muito usada em peças curtas para cravo, escritas durante os séculos XVII e XVIII. A suíte do século XVII compreendia quatro ou cinco dessas peças que aproveitavam, principalmente, as formas de dança: a allemande, a courante, a sarabanda e a giga. Menos usadas eram a gavotte, a bourrée, o passepied e a loure.
Sugere-se ouvir Couperin e Domenico Scarlatti, em geral, peças para cravo. Couperin pela sutileza e Scarlatti pelo brilhantismo.

A forma ternária continua a ser usada até hoje. Minuetos de Haydn ou Mozart. Aqui, a seção B – também chamada seção de trio – constrasta com a seção A. Pode ficar assim: Minueto-Trio-Minueto. O Trio como uma peça independente. Como o retorno à primeira seção é um arapetição exata, era normal não se escrever de novo. Os compositores colocavam Da Capo, ou seja, Da Cabeça, Do Começo. Eis o formato A-B-A.
O minueto foi se alterando. Da dança da época de Haydn foi se transformando no Scherzo beethoveniano. De algo gracioso para uma abordagem dinâmica.
Beethoven sugeriu alterações nas terminações de cada seção. A partir dele de seção para seção será aplicada uma ponte, para definir uma continuidade, permitir um fluxo musical.
Um exemplo típico de minueto será o de Haydn; um quarteto para cordas opus 17, nº 5.
Um exemplo moderno de minueto será o Le Tombeau de Couperin, de Ravel. Nesse caso o formato será A-B-A’. A seção A’ é uma combinação de A e B, aparecendo uma Coda (uma cauda, um trecho final) bastante elaborada.
Outros exemplos de formas ternárias: berceuse (canções para ninar), rêverie (canções sonhadoras e de devaneio), a balada, a elegia, a valsa, o estudo, o capriccio, o improviso, o intermezzo, a mazurka, a polonaise... Não são fundamentalmente ternárias mas, em geral foram assim construídas.
Em resumo: Uma primeira parte; a parte média contrastante; o retorno á primeira parte, definirão a forma ternária. E, modernamente, a inclusão das pontes de ligação entre as partes. As pontes podem ser construídas com elementos de cada parte.

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