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Ensaios-->OUVIR E ENTENDER MÚSICA – parte QUATORZE -- 05/03/2003 - 12:25 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OUVIR E ENTENDER MÚSICA – parte QUATORZE
(texturas musicais)
por Coelho De Moraes baseado na obra de Aaron Copland

MONOFONIA: É a música mais simples. Uma linha melódica, sem qualquer tipo de acompanhamento. No mais simples de tudo seria uma pessoa cantando sozinha, ou um instrumentista de clarineta tocando sozinho. A música hindu ou chinesa é monofônica. Nenhuma harmonia no sentido ocidental acompanha as suas linhas melódicas. No caso ocidental o nosso exemplo é o canto gregoriano ou cantus planus ou cantochão, de origem obscura, mas que provavelmente é um sucedâneo dos cantos cristãos das catacumbas.
HOMOFONIA: É ligeiramente mais difícil de ouvir do que a MONO. Consiste de uma melodia principalmente e um acompanhamento de acordes. Pense naqueles livrinhos para violão que encontramos em qualquer banca. Uma sucessão de acordes e o cantor. A maior parte do que chamamos música popular hoje – 2003 – é Homofônica. Foi invenção dos primeiros compositores italianos de ópera, buscando maneira mais direta de passar o drama para a platéia.
POLIFONIA: É a mais complexa pois usa planos melódicos diferentes. Três quatro ou mais vozes caminhando separadamente, cada voz impondo um pulso, impondo uma melodia. É necessário mais atenção por parte do ouvinte. São melodias separadas e independentes que se entrelaçam no meio do caminho, periodicamente e formam harmonias. Devemos Palestrina ou Orland de Lassus, de modo diferente de quando ouvimos Chopin e Schubert, tanto do ponto de vista emocional como do técnico. É necessário ouvir muitas vezes a mesma música, tentando separar as vozes.
A textura polifônica implica na questão de saber-se quantas vozes independentes o ouvido humano pode captar simultaneamente. Alguns acham que a Polifonia é uma idéia falsa, idéia artificial imposta às pessoas. Ninguém conseguiria ouvir dessa maneira. Mas, acredito que uma peça a duas ou três vozes, com um pouco de treino é passível de audição. De quatro vozes para mais teremos problemas verdadeiros. Tente no começo com três vozes e para isso escolha Ich ruf’zu dDir, Herr Jesu Crist, de Bach.
A vantagem dessa música polifônica é que a cada audição você ouvirá uma novidade. Há sempre um novo valor a ser ouvido e interpretado por vários ângulos.
Os compositores contemporâneos marcaram um aposição de renovar a escrita polifônica, aproveitando para reagir contra a música do século XIX, claramente homofônica.
O novo tipo de polifonia dos contemporâneos resulta no contraponto linear ou “dissonante”. É mais fácil de ouvir no sen5tido de que não há harmonias sedutoras pelo meio do caminho. A nova técnica rompe com essas regras também. As vozes parecem espetar-se do que unir-se, porque é sua separação que interessa ao compositor. Nesse caso, ouvir Marienleben de Paul Hindemith.
Para ouvir a música Polifônica há maior esforço intelectual para o ouvinte e para o compositor.
Mas, é possível passar de um tipo para o outro. Numa mesma composição pode-se ouvir Monofonias, Homofonias e Polifonias, obtendo-se maior variedade de expressão. Um exemplo: O Allegretto da 7ª Sinfonia de Beethoven.
Mais à frente, quando discutirmos sobre as formas fugatas aumentará a compreensão da textura polifônica.

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