OUVIR E ENTENDER MÚSICA – parte DOZE
OS QUATRO ELEMENTOS DA MÚSICA – TIMBRE (metais e percussão)
por Coelho De Moraes baseado na obra de Aaron Copland
Nos metais encontraremos: Trompa, Trompete, Trombone e Tuba, basicamente.
A Trompa tem um timbre redondo, acariciante, suave, quase líquido. Quando no forte é majestática. Pode usar a surdina, enfiando-se a mão na boca do instrumento, conseguindo-se um som sufocado e áspero.
O Trompete é brilhante., agudo, autoritário. Clímax é com ele, ms pode ser muito cantável. Também usa surdina, com a mão ou com um tampão. O pessoal do jazz é bem craque no uso constante e surdinas.
O Trombone também tem o seu som nobre e majestoso. Em fortíssimo produz um efeito brilhante, grandeza a e solenidade.
A Tuba tem sua aparência espetacular. Ela se apossa do instrumentista. Para toca-la é necessário bons dente e um imenso reservatório de ar. Raramente melódico – Quadros de Uma Exposição é um deles, na versão Ravel – mas, de maneira geral ele é um reforço dos baixos.
Na percussão não encontraremos timbres definidos. Serão usados para reforço de efeito rítmico, para reforço de momento de clímax ou para acrescentar colorido. Na maneira de ver de Copland eles terão maior valor quanto menos forem usados. Na minha visão de brasileiro, isso depende. O uso da percussão em nossas músicas dá a característica e singularidades para nossas obras e um bom exemplo é Villa-Lobos, acrescentando uma multiplicidade de instrumentos de percussão africanos e indígenas que os Europeus ou Americanos, por exemplo, nunca viram, e não podem dar sua opinião sobre eles.
Teremos tambores, do pequeno tã-tã ao bombo.
Os tímpanos têm timbre definido e podem usar uma pedaleira para buscar grandes posicionamentos cromáticos. Sugiro ouvir O Guia para O jovem Instrumentista de Benjamin Britten. O tímpano tanto emerge de um longínquo rumor de tempestade misteriosa até o ribombar de trovões. A Grande caixa intensifica esses sons.
Al´me desses temos os pratos, o gongo, o triângulo, a matraca, pandeiros, chocalhos, reco-recos, e muitos outros.
Há mais: celesta (um teclado com sons celestiais – de caixa de brinquedos), o carrilhão (uma secessão de tubos de ferro de vários tamanhos a serem percutidos), o xilofone (teclas de madeira, cada uma com um tamanho, portanto, sons diferentes, percutidas), o vibrafone (o mesmo que o anterior podendo ser de metal, a tecla), os sinos, a harpa (instrumento melódicos de extrema sensibilidade), dando mais colorido orquestral do que barulho.
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