OUVIR E ENTENDER MÚSICA – parte ONZE
OS QUATRO ELEMENTOS DA MÚSICA – TIMBRE (madeiras)
por Coelho De Moraes baseado na obra de Aaron Copland
Instrumentos de sopro feito de madeira. Era assim na época clássica. Hoje a flauta, por exemplo, é feita de metal. As clássicas madeiras serão: Flauta, Oboé, Clarineta e o Fagote.
Primos da flauta: o flautim e a flauta em sol; o oboé se relaciona com o corne inglês que não é nem corne e nem inglês. São primos da clarineta a clarineta pícolo e a clarineta baixo. Com o fagote temos o contra-fagote .
Depois incorporou-se o saxofone ( Ravel e Villa-Lobos) com sua família de soprano, alto, tenor. Muito incorporado aos grupos de jazz e aos grupos de rock.
A orquestra toda tocada a plenos pulmões mas, ainda se ouvirá o flautim soando lá encima. É um instrumentos para ser usado com todo cuidado. É brilhante, penetrante e muitas vezes dobra a flauta em oitava.
A flauta – usada na transversal - tem uma qualidade suave e fluente. (Abertura de L’après midi d’un faune, de Debussy) - É ágil, é individual e expressiva nos graves. Das madeiras é a que toca mais notas por segundo.
O oboé tem o som anasalado, ( ouvir Sheherazade, de Rimisky Korsakov) lembra o som do oriente médio, dos árabes, seguramente pastoral, dado às suas origens. O corne inglês é uma espécie de oboé barítono.
A clarineta (abertura da Rhapsody in Blue, de Gershwin) é flexível, aberta, um tanto irreal. Um instrumento frio e direto e muito brilhante. É quase tão ágil quanto a flauta, bastante cantante. Nos graves é quase espectral. Vai do sussurro ao fortíssimo. O clarone, o clarinete baixo, atinge registros graves de poderosa fantasmagoria.
O fagote é versátil.Nos registros agudos é um tanto queixoso. Nos mais graves é capaz de grande comicidade (O aprendiz de feiticiro, de Paul Dukas). É empregado para dar expressividade às partes baixas, junto ao contra-fagote. Pode muitas vezes dobrar os cellos ou baixos, aveludando os desenhos dos arcos.