Usina de Letras
Usina de Letras
139 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50608)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES -- 10/11/2002 - 21:38 (DENIS RAFAEL ALBACH) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Foi quando descobri que Clara Luz não era feliz que me dei conta de procurá-la para uma conversa.Contou-me de seus sentimentos e de sua vida de desastre na casa de sua madrasta. Seu olhar escondia duas coisas importantes e que só fui me dar conta enquanto conversávamos. O primeiro de tudo era o medo e desengano que tinha por Vitória, sua madrasta. O segundo, era seu amor platônico que parecia impossível.Amava ao belo filho de Vitória, a mulher que tirava a sua paz.
Vitória era uma mulher tão linda quanto invejosa. A vida, ao rumo de seus conservados mais e quarenta anos, tinha mudado nela algumas coisas. Desde que havia se separado de seu ex-marido, perdera o interesse pelos homens.
Clara Luz era a perseguida de seus sonhos e devaneios. O tempo já era moderno e uma mulher amar outra mulher era algo comum e praticável. Assim era que Vitória sentia grande interesse por Clara Luz, admirando a beleza e ternura da moça que amava em escondido seu filho sedutor.
Clara Luz já não se sentia feliz e satisfeita no lugar em que estava. Viver naquela casa como uma simples empregada não era para ela tão mal assim, mas viver sobre a perseguição e assedio da mulher que tomava conta de si não lhe satisfazia. O amor inalcançável pelo filho dela, somente isto era o suficiente para retê-la naquele lugar, ainda que a fizesse sofrer.
Um dia, Vitória a desejou com ardência:
- Desejo que sejas minha, visto que sua beleza me parece agradável. És mais bela que eu e seu corpo me seduz. Deixa-me tocar em ti, Clara Luz!
A pobre moça, indignada por achar tudo tão estranho e não estar envolvida naquele mundo, ignorou a presença da outra, estando mais tarde a relatar tudo ao belo príncipe de seus sonhos,o filho da madrasta.
Contou-lhe do seu amor por ele e da obsessão de Vitória por possui-la. Avisou-lhe que estaria deixando a casa e partindo para algum lugar desconhecido. Vitória imediatamente soube da intenção de Clara Luz e percebeu que estava sendo desprezada pela moça que ela desejava.
Pagou uma boa quantia em dinheiro ao motorista para que a levasse embora, para um lugar longe e perigoso, desse-lhe uma surra, deixasse-a nua, amarrada numa mata fechada para que fosse morrendo aos poucos. O motorista,obediente, naquela mesma tarde,levou Clara Luz para um matagal distante, tirou dela a sua roupa, amarrou-a num tronco de arvore, nua e como prova de tudo, trouxe para Vitória a calcinha que Clara Luz usava.
Vitória deixou guardada a calcinha de Clara Luz embaixo de seu travesseiro.Dormiria com ela em todas as noites, sentindo o cheiro do corpo da moça.
Na mata, na mesma noite, Clara Luz foi encontrada por sete homens que atravessam o lugar na volta para casa. Eles a viram e a cobiçaram .Seus olhos, na figura nua daquela moça mulher, despertaram sua atenção. Ainda assim, com medo e fraca, Clara Luz pediu-lhes para que a levassem consigo pois tinha sede e fome.
Os sete homens que moravam numa casa pequena e simples, repartida em alguns aposentos, levaram-na para que fossem morar com eles. Nas primeiras horas,Clara Luz ganhou comida e uma muda de roupa de mulher que havia passado por lá.
- Tu és prostituta? Perguntou um deles.
- Não! – respondeu-lhe Clara Luz, e a seguir narrou os fatos para todos.
Eles se olharam entre si e palpitaram o mesmo desejo. O guia da casa, falando por todos, anunciou a pobre moça o que fariam com ela.
- Será agora a nossa mulher, a mulher de cada um daqui. Você ira limpar,passar, cozinhar, lavar para cada um e nos servir sexualmente,satisfazendo nosso prazer.
Clara Luz ficou aqueles dias na casa dos sete homens que a abusaram sexualmente, todos menos um que não gostava de mulher.Tinha outro,o mais moço, que era também delicado e frágil, tinha o rosto sem pelos e o corpo despido como de mulher , este se tornou amigo comum de Clara Luz e ouvia suas histórias e seu sonho de amor com o filho de Vitória.
Uma vez, Vitória quis saber profundamente o que o motorista havia realmente feito com a moça, já que ela não sentia que Clara Luz havia partido para a eternidade. Arrependido, o motorista disse que provavelmente teriam encontrado a pobre moça e a levado embora. Depois, colocou-se na presença do filho de Vitória e disse toda a verdade sobre a maldade de sua mãe e o destino de Clara Luz.
Passados mais alguns dias, Vitória após ter mandado um detetive investigar sobre o paradeiro da enteada, seguiu na direção do endereço que ela estava. Havia se produzido totalmente diferente. Colocou uma peruca loira, roupas diferentes das quais sempre usava, óculos escuros e uma maquiagem diferente que disfarçava sobre quem realmente era. Havia comprado para dar de presente a Clara Luz uma caixa de bombons italianos envenenados.
Clara Luz não entendeu o motivo da visita do porque uma mulher chique e rica ir visitá-la num lugar humilde e simples como aquele. Vitória a viu como antes, ainda que a moça estivesse vestida com roupas velhas e rasgadas. Perguntou-lhe com quem morava e o que fazia da vida. A moça disse-lhe que vivia fugida de uma mulher que a desejava, mas que vivia aprisionada com sete homens que a estupravam todas as noites. Sete menos um que não gostava de mulher.
Vitória mentiu a razão da visita, dizendo que procurava uma fazenda distante para comprar onde houvesse uma floresta para fugir da cidade grande, estando envolvida com a natureza. Tirou de sua bolsa uma caixa de bombons , dando-lhe de recordação para a moça que a tinha recebido com simpatia. Despediu-se de Clara Luz que não lhe reconhecera, dando-lhe um beijo suave em seu rosto.
Mais tarde, quando o devaneio tomava conta de sua mente, em sua mansão, Vitória chamou seu filho, contando-lhe de sua loucura. Confessou ter envenenado Clara Luz . Passou o endereço ao filho e confessou-se arrependida. Por último lhe disse:
- Admirava sua beleza e isto me fez desejá-la. Depois foi passando o tempo e a figura de sua imagem dominava a minha mente que passei a venerá-la e foi indo assim que sua figura não saiu mais de meu pensamento, e apenas fui cobiçando sua beleza e pureza que tive vontade de possui-la.
Seu filho a deixou em paz correndo em busca de salvar Clara Luz caso houvesse tempo. Vitória, na sua loucura e arrependimento, partiu veloz, dirigindo seu carro indo-se sem direção em busca de tirar sua vida. Seu carro foi parar num precipício, trazendo-lhe sua morte.
O príncipe de Clara Luz a encontrou na velha casa sendo socorrida por sete homens. O príncipe era lindo, alto e muito sedutor. Era realmente como Clara Luz havia descrito. Mas ela estava impossibilitada de vê-lo. A morte quase corria em seu sangue por causa do efeito do veneno dos bombons. Ele a levou consigo para o hospital junto de um dos sete homens.
Passaram-se alguns dias até que teve recuperação.Ela o viu. Soube de tudo que havia acontecido durante os dias que esteve em coma. Lamentou a morte de Vitória e disse-lhe do amor que sentia por ele.
- Sentia – disse ela – não sinto mais. A vida me fez ver coisas que antes desconhecia. Não sei se meu final vai ser feliz como os contos de fada, nem sei se vou viver feliz para sempre com alguém. Não me pertenço mais. Fiquei viciada em ter e ser de muitos homens. Um homem apenas não me basta. Vivo com sete homens que me possuem. Sete menos um que não gosta de mulher. Você pode ir me visitar de vez em quando, pois voltarei com eles.
E foi assim que recebemos a visita daquele príncipe em nossa pequena casa todos os fins de semana. Clara Luz saia com um dos homens a passear por entre a floresta, enquanto outros cinco trabalhavam fora e só voltaria ao anoitecer. Era assim que agora Clara Luz se sentia mais feliz vivendo com sete homens e dormindo com os sete, sete menos um que agora já mantinha algum tipo de relação com o príncipe, pois este não gostava de mulher.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui