Usina de Letras
Usina de Letras
63 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62278 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10385)

Erótico (13574)

Frases (50666)

Humor (20039)

Infantil (5455)

Infanto Juvenil (4779)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6207)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Erotico-->IARA DA NOITE (erótico chique) -- 25/12/2002 - 16:05 (Charles DeSilva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quase me afoguei ontem à noite
No mar de nossas paixões.

Deitado na cama, vazia de ti,
Eu ali
Boiava no oceano, distraído...
Quando veio teu pegar macio
Me arrastando ao meio-fundo,
Braças abaixo, para o mundo
Das pernas-de-moça, corvinas,
E garoupas (todas bem femininas,
Para enlouquecer o nadador)
Com seu enlevo sedutor,
Pois não nasceu ainda
Quem não já tivesse provado
Numa noite na vida
Um amor assim, bem salgado.

Num instante
O sal da água na boca,
Mil bolhas na escuridão,
O frio na medula retesada,
Um arrastão
Às profundezas. Avassalador.
E como não pude, nem ninguém,
Resistir às forças desse amor
Que toda noite me tira o sono,
Larguei-me ao abandono,
Ao teu “vem cá, meu bem!”.
Deixei-me então carregar
Arrebatado,
Um perfeito alucinado.


E dizer que naquele momento
Eu flutuava...
Distraído te mirava,
Minha namorada!
Mirava teu espelho na morada
Do firmamento,
Bem desligado das mazelas
Dessa vida insossa que levo.
Chegaste doce, e salgada,
Do silêncio azul-esverdeado
De tuas profundezas.
E bem na hora certa!
Pois a cada dia que passa
Mais e mais tua ausência me aperta.

O ar a rarear,
Pulmões lancinando,
Eu quase me entregando
Àquele doce afogar:
Eras tu ali, toda lânguida, toda Iara,
Sereia longe da areia a me afagar.
Respirei teu beijo oxigenado
Como o boca-a-boca do afogado.
Corpos enroscados emergiram
Num balé de nado sincronizado:
Eu e tu, dois golfinhos no cio
Chegando à tona sem frio,
Sorvendo numa alegria incontida
O ar cálido da vida.

Então, bêbados de pura paixão,
Namorados vivendo aquele Agora,
Continuamos nosso boca-a-boca
Noite afora.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui