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Poesias-->Caçadores de Poesia -- 20/01/2003 - 02:31 (Luísa Ribeiro Pontes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Agoniza a tarde ao relento impuro

das noites algures entre o nada e o tudo,

sob a velha ponte em arco herético,

onde me refugio, esperando o escuro.

E a coberto dele vejo desfilar,

caçadores imberbes cegamente atentos,

ao fulgor surdo dos meus versos.

Caçam com a mesma cegueira

com que proferem boçal asneira,

sobre tudo e nada enfim...

como se nas miras aguçadas

não houvesse mais do a vontade eivada

de destruir a primeira conjugação

da volátil inspiração desassombrada.

E os tiros caem sem remissão, um a um em profusão,

como oráculos com sentido, atavismos que assobiam

nos depurados ossos do poema por nascer.

Na voz da lua o lamento da onírica vestal

do sentimento, a toca onde se esconde o sonho

para depois, em reinvento. E então fez-se silêncio,

que os corvos modularam impacientes.

Ganharam os caçadores sedentos

do sangue ímpio das palavras

ou delas será a natureza de finos punhais

que se cravam imperantes, nos peitos irrelevantes

de quem caça a poesia?

Não, o meu pobre sujeito poético suspira aliviado.

Ainda não foi desta que fui eliminado.





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