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Poesias-->Impressões -- 19/01/2003 - 09:58 (Fernanda Guimarães) |
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Impressões
No silêncio dos lábios
O pensamento busca no olhar
A margem acessível
A palavra possível
Que me leve até mim
Nem sempre me vêem
As planícies ou lagos plácidos
Vejo-me também no inexato
Na escarpa, no sal, na bruma
Que me refazem os passos, o olhar
Vive-se outrossim, no incerto
Na imprecisão do que se pensa saber
À guisa de alguns ventos
Porque seguir em frente
É muitas vezes ter que retornar
Sinto-me no difuso, no indefinido
No espelho baço que acha refletir
O rosto que nem sempre me reconhece
Viver talvez seja não bastar-se
Ser incontido, sonhar e delirar
Mesmo se só nos resta
A memória da esperança...
© Fernanda Guimarães
Em 19.01.2003
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