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Ensaios-->13 – ÓPERA DO SÉCULO 19 -- 26/12/2002 - 10:59 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
13 – ÓPERA DO SÉCULO 19
-compilações da obra de Joseph Kerman, por Coelho De Moraes –
a idéia é popularizar o tema ópera e as críticas sobre essa arte

A situação da ópera, então, pode ser comparada com a da ópera italiana do fim do século 17, antes da reforma de Metastásio. Como aquela época anterior, a ópera contava com serviços de muitos melodistas de qualidade e era dominada pela idéia do lirismo; isso, em si mesmo, não era um defeito. O defeito, como sempre, estava na abissal falta de integração do lirismo num plano dramático sensível. A disparidade reflete de forma aguda a confusão do início do romantismo, sua ruptura da ordem estabelecida no interesse de ideais novos e até então insatisfeitos.
O romantismo exigia um certo imediatismo emocional a que os compositores atenderam através de uma drástica simplificação da forma da ária. Abandonaram as sutilezas e a elaboração formal do século 18, fornecendo, em vez disso, algo mais popular. Os compositores agora escreviam “melodias” e não “composições”; enquanto a ária do século 18 pode servir de modelo para a sonata, a ária do século 19 era moldada sobre a canção popular. Os compositores das líricas cuidadosamente variadas de Metastásio foram capazes de lidar com sentimentos idealizados de todos os tipos da mesma forma retórica, discursiva. Sentimentos imediatos, no entanto, eram mais difíceis de se manipular sob as condições técnicas do século 19; as condições de simplicidade significavam tanto uma limitação quando uma compreensibilidade instantânea. Limitação, falando de forma prática, a uma melancolia pálida, sentimental e a um entusiasmo polido, ardente – ambos igualmente pouco inteligentes, pois a extrema simplicidade formal combina bem com a inexprimibilidade.
A farsa sentimental funcionaria e Rossini e Donizetti produziram, em opera buffa, se não comédia séria no sentido mozartiano, pelo menos obras com algum tipo de integridade estética. Mas, para o melodrama romântico, seu alcance emocional era simplesmente inadequado.
Verdi tinha que aprender a ser implacável com os cantores e consigo mesmo ao restringir as árias a posições emocionalmente apropriadas; tinha, na verdade, que recomplicar a forma, apesar de que, é claro, sob um novo ponto de vista. Estes dois procedimentos exigiram uma boa base de autocompreensão. No final tempos um compositor que manteve sua posição como artista e ser humano do começo ao fim de sua vida, sem perder a verve e a criatividade.

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