Outro dia, em um desses momentos filosóficos me prendi a um tema: a vida.
A partir do momento em que nascemos temos uma única certeza: o fim é a morte. Então se o fim é a morte, na verdade, não estamos vivendo, estamos morrendo! Estranho, não?
Porém é verdade, em toda nossa existência morremos um pouco a cada dia, até chegarmos ao fim, mas se este não é mais a morte, ele passa a ser vida, e se relacionarmos nossa existência com a vida, na realidade, não existimos dessa maneira que conhecemos. Nossa existência vem antes de nascermos, pois antes era vida, e depois que morremos, ou melhor vivemos.
Depois desse raciocínio "transviado", quando uma pessoa disser que apenas quer aproveitar a vida, eu logo direi: - Não, você quer aproveitar a morte!
Se encararmos dessa maneira, no nascimento, (na morte), de um bebê devemos usar roupas pretas e prestar nossos sentimentos aos familiares, e em um velório, levaremos balões coloridos e daremos parabéns aos mesmos.
Dessa forma várias dores seriam evitadas, se enfrentaria tudo de maneira mais amena, e nosso sofrimento aqui, na morte, seria recompensado com uma vida purificada no futuro, e ao perder um ente querido devemos ficar felizes, afinal ele foi viver...
É, se vivo ou morro já não sei, mas pensar acho que vai acabar me matando, ou melhor me fazer viver. Ih! Acho que não sei mais nada!
|