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Ensaios-->Um instante antes da morte -- 15/12/2002 - 16:22 (Carlos Alberto Coelho (Denúncia Vadia)®) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Pensei brevemente na vida como algo finito e nas implicações que isto traria e devo admitir, este panorama é algo aterrador.
Admitamos que a vida tem fim, que ela acaba em si mesma e que após a morte, nada mais existe. Por um instante experimentemos o pensamento de que finda a vida de um indivíduo, algo finito e mensurável, o curso das coisas após esta morte seria algo infinito, pois o tempo não para. Assim , se após a morte, o tempo é infinito, diante disto, a vida resume-se a um instante.

Abolidas as concepções de Céu, Inferno, Purgatório, Reencarnação e outras máximas religiosas e dogmáticas, quais seriam as implicações sobre as transgressões, crimes e os prejuízos de indivíduos a outros indivíduos e a vida em geral? Exposta à ótica de que o indivíduo é unicamente um ser orgânico, tudo aquilo que ele faz aqui, senão fosse compensado aqui mesmo, não faria a menor diferença e não teria a menor implicação futura.

Um homicídio, por exemplo, seria algo semelhante a se eliminar um inseto, pois que tipo de punição acreditamos que teremos se matarmos um mosquito ou uma barata? Nenhuma, cremos que nenhuma. Assim, o indivíduo que mata outro indivíduo, crendo que morrendo tudo acaba, não tem a menor preocupação com o que poderia ocorrer-lhe após sua morte e apenas cuidaria de proteger-se nesta vida.

Imaginemos que tudo isso fosse verdade, que perspectiva nebulosa e desalentadora pairaria sobre a mente de tod indivíduo de bem. Se toda a sorte de um assassino fosse dependente de sua astúcia de fugir des perseguições ou, em sendo pego, da astúcia de seu advogado em ludibriar a lei e a ignorância e fragilidade daqueles que são escolhidos para julgar, a ordem do mundo estaria miseravelmente comprometida.

E o que nos impede, quando impede, de transgredir e violentar o direito dos outros? Justamente o fato de crermos que a vida é uma jornada contínua e que a morte não é um fim e sim uma transposição de estágio e que a Justiça Divina impera sobre o conjunto de leis sociais.
Enquanto respeitarmos a Lei do Universo e crermos na aplicação da Lei da Ação e Reação, neste estágio da vida ou na sua continuidade, após a morte, a ordem do mundo estará assegurada.

Quando deixamos de crer em Deus, tornamo-nos uma ameaça constante à humanidade.

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