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Ensaios-->Premissa Falsa, Amigo Dante -- 13/12/2002 - 16:44 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Premissa Falsa
(por Domingos Oliveira Medeiros)

O nosso companheiro Dante Cardoso Pinto de Almeida está equivocado no seu pequeno ensaio “O Fruto Proibido, o Bem e o Mal”. A premissa que ele levanta tem um erro de origem. É, portanto, falsa. A premissa de que “uma coisa só é errada a partir do momento que se diga que ela é errada”, não possui base de sustentação capaz de comprová-la. Simplesmente porque ela é ilógica e impossível de confirmação. O ato de dizer que alguma coisa está certa ou errada irá depender da formação de juízo de cada pessoa.

Desse modo, considerando que as pessoas são diferentes, e que possuem, por isso mesmo, cada qual, a sua própria verdade ( que é sempre uma verdade aparente ) jogamos fora a possibilidade de garantia da verdade única: a verdade verdadeira.

De outra parte, Adão e Eva foram colocados no paraíso tal como os animais. Sem roupa e sem preconceitos ou maldades. Assim, o ato sexual, da mesma forma que acontece com os animais, era para acontecer em função da perpetuação da espécie. Na época do cio. Do mesmo jeito que os animais irracionais. Estes animais, como é sabido, não fazem sexo, apenas, pelo prazer que o sexo proporciona.

Nem o homem, à luz da teologia, deveria fazê-lo. Pelo menos, na forma do que se pode entender como prazer sexual dos nossos dias. Onde fazer sexo virou mania, compulsão e, exagerando um pouco, sinônimo de comer uma boa feijoada, urinar, tomar alguns sorvetes, comer chocolates, enfim, a qualquer hora e a qualquer tempo. Sem compromissos com eventuais resultados do ato. Da procriação. Do cuidado e do amparo.

Faz-se sexo, hoje, como quem vai ao cinema. Ao bar. Ao passeio. À diversão. Ao banheiro. Faz parte da programação. Faz parte da “necessidade”. Tal como a sobremesa, após o almoço. Ou vice-versa. Desde que sejamos motivados para tal. Ou seja, basta olhar uma revista de mulher nua ou um cruzar de pernas feminina, por exemplo, que o homem “moderno” sente desejo para a prática sexual: Basta o chamado “tesão”. O cio constante dos racionais.

Tesão, ao meu ver, exatamente, como a fome de quem não sente fome. A fome de quem não precisa de comida. A fome do esfomeado. Do que vive para comer. E não do que come
Para viver. Não sabe alimentar-se.

Domingos Oliveira Medeiros
13 de dezembro de 2002



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