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Ensaios-->Nem tudo é feito para respostas -- 05/12/2002 - 12:37 (ligia mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A mulher também pára de perdoar?Depois da primeira gravidez? Depois do primeiro amante? Depois do primeiro tapa?
Talvez pare de relevar, de ponderar... porque o meio em que vive exige a postura, porque a mágoa causada parece insuportável, mas não pára... porque tem em seu colo a adoração e mesmo que essa sensação temporariamente se perca, ela retorna e o não perdoar dói mais, machuca a alma, o respirar... então para ter alívio, se sentir de novo capaz de viver... ela perdoa... e sempre... e mais uma vez. Os valores de perdão para com ela não mudam, o que mudam são as prioridades. Amantes, rolos, sexo, desejo, nada altera a frustação, a decepção em saber-se mais uma, em saber-se só mãe e não mais mulher... talvez o tapa fosse consensual e ele jamais teria percebido se a reação dela não fosse calar. Ele pensa ser medo, para ela pode ser tesão.

A mulher pára de eriçar o biquinho do seio? Depois da primeira amamentação? Depois do primeiro ano com um homem? Depois do primeiro implante de silicone?
Esse sim, depois da minha transa forçada, do primeiro beijo mal dado, da primeira ausência induzida, da primeira amante descoberta, do primeiro porre solitário. E ela ainda vai tentar se excitar na lingerie nova, no jantar supresa, no vinho de marca, no sorriso maroto, no roçar das coxas. Mas no momento do toque, da química da pele, do estremecer de olhos, do colar dos lábios, se ela não conseguir fechar a gaveta das marcas... os seios não se eriçarão nem com chuva fria, nem com lábios quentes... já bem se sabe que um olhar pode deixá-los novamente nessa postura divina.

A mulher pára de vestir calcinhas provocativas? Depois da primeira cueca rasgada de seu amor? Depois que o fabricante de sua marca preferida faliu? Depois de descobrir que seu amor tem uma amante?
Depois da rotina, da falta de incentivo, de dengos e trejeitos que fizeram ela começar a se sentir mais sensual, desejada. A cueca rasgada pode ser motivo para um presente combinando casualmente com o robe que ela usa e sorri baixinho. Uma amante fere, mas pode ser um estímulo para vôos antes duvidosos, na cama, na casa, no mundo. A rotina e falta de amor próprio, o desleixo, fazem com que qualquer coisa sirva porque nada mais diferencia o trivial do especial.

A mulher pára de massagear os pés e fazer cafuné em quem ama? Depois que a manicure lhe diz que não faz bem às unhas? Depois que colocaram uma televisão no quarto?
Não acredito, ela tenta às vezes se desvencilhar da posição de apoio, meio mãe, quase amante... mas os olhos brilham num carinho terno, as mãos se deliciam ao deslizar pelos cabelos muitos, ou não, que aos poucos fazem quem está no colo sussurar palavras desconexas e até adormecer... lhe confiando o sono que ela vela... que tanto satisfaz. Guardiã das sensações impulsivas que o relaxamento traz, ela se sente assim e permanece.

A mulher pára de responder questionários? Depois que aquele teste da revista disse que ela não ia conseguir o homem dela de volta? Depois que começou a fazer análise?
Depois que ela cresce, se sente segura... capaz de se aceitar como é... de sentir a plenitude dos seus sentimentos. Todas aquelas perguntas parecem hieróglifos quando se sabe as respostas, quando se traça o próprio caminho pensando, analisando e constatando que sentir e viver esses sentimentos é o melhor que existe dentro delas.

Talvez não sejam respostas objetivas, claras, mas sensações, movimentos corporais e, principalmente, conhecimento do que já senti, vivi, ajudei...reneguei...

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