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Ensaios-->Enganos e Vaidades e Verdades -- 02/12/2002 - 19:49 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Enganos, Vaidades e Verdades
(por Domingos Oliveira Medeiros)

O companheiro Júlio Cesar, se assim me permite, nos dá conta de que “o maior engano do usineiro, é o acto de consultar várias vezes a sua própria página”, numa suposição, correta, e por extensão de entendimento, de que quantidade nada tem a ver com qualidade.

Realmente, custa-me acreditar que existam pessoas que, uma vez afeiçoadas ao ato de pensar e de escrever, procurando repassar experiências, emoções e conhecimentos diversos, enfim, possa arrumar tempo e disposição para se dar ao luxo de alimentar atos de vaidade e de puro egocentrismo. Mero dado estatístico, na acepção do termo utilizada, se não me falha a memória, por Pedro Calmon (?) um dos educadores deste país, que teria dito, há tempos, que “Estatística é como mulher de biquine, mostra quase tudo, mas esconde o essencial”.

Na mesma linha de raciocínio, agregando valor à discussão, o nosso respeitável amigo e escritor Geraldo Lyra, no sem artigo intitulado “Vaidades dos mais Lidos”, nos relata um fato ocorrido por volta do início da década de cinqüenta, na calçada da Academia Brasileira de Letras, envolvendo o escritor Viriato Correia, que teria pensando, referindo-se, naturalmente, à citada Academia, “que esta Casa ainda seria minha”, posto que, como justificativa para o seu “direito líquido e certo”, teria dito, para consumar o previsível fato: “Sou o escritor mais lido do país”.

Tem razão o nosso prezado e respeitável Geraldo Lyra, quando reconhece a relatividade entre o fato de ser muito lido e à qualidade do que se é lido. Ter quantidade de leituras, não é a mesma coisa do que ter quantidade e qualidade de leitores.

Tudo irá depender da demanda. Que em economia chamamos de demanda efetiva. Ou seja, aquela relativa ao consumidor que quer – e pode – comprar. Diferente da demanda quantitativa, que até gostaria de comprar, mas não tem recursos para tal.

Em literatura, poderíamos traçar um parâmetro de demanda: entre o leitor que ler, porque gosta e compreende, e o leitor que lê, por curiosidade ou porque clicou” no lugar errado.

Pode ser a demanda causada pela leitura infantil, como pode ter vários outros motivos. Gostos por este ou aquele assunto. Preferências não muito justificáveis. Mera curiosidade pelo título da obra, enfim.

Tudo que disse, até agora, foi para manifestar minha opinião. Objetivando acrescentar mais um componente à discussão suscitada pelo Júlio Cesar

No meu modo de ver, ficou faltando uma alusão aos que não se enquadrariam nos exemplos anteriormente citados. Aos que conseguem juntar qualidade com quantidade. Como é o caso, por exemplo, do Rubenio Marcelo, do Mestre Egídio e do próprio Daniel Fiuza Pequeno, entre outros.

Do que jeito que o nosso colega Júlio Cesar colocou a questão, ficou, para mim, a impressão de que qualquer outra forma, que termine por registrar maior quantidade de leitores, seria, em tese, mal vista. Por isso, o pretenso reparo.

A bem da verdade, a quantidade e a qualidade precisam de justificativas mensuráveis através de instrumentos mais apropriados. Mais verdadeiros. E nada mais verdadeiro do que as críticas e as sugestões sobre o que escrevemos. Os elogios e os agradecimentos. A troca de emoções. Pessoas que se identificam com as mensagens. E que fazem questão de dizer, quando menos, via e-mail, apenas “muito obrigado”. Como é bom escutar “ bons obrigados”. Ainda que seja apenas um. Muito embora não possamos, a rigor, negar que nestes casos a quantidade conta muito.


Domingos Oliveira Medeiros
02 de dezembro de 2002





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