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Poesias-->12. TRABALHO E PRAZER -- 18/01/2003 - 07:30 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Faze de conta que este verso existe

Tão-só para deixar-te muito triste,

Porque não és capaz de copiá-lo.

É como o santo que se vê na igreja,

Que me sugere que no Céu esteja,

Perante o qual eu me envergonho e calo.



Quem se sentir mui pobre dentro d’alma

Há de rogar ao Pai com fé, que acalma

O seu desejo intenso de progresso.

Se a alta escada sobe ao infinito,

Querer chegar ao topo, enquanto aflito,

É estar fadado, sim, ao insucesso.



É passo a passo que se vai adiante,

Sendo o primeiro dar ao semelhante

O mesmo amor que a gente dá p’ra si.

Aí, na Terra, esparramei rancor,

Mas, cá no etéreo, tenho de compor

Outra canção e não a que vivi.



A penitência é dura e é gostosa:

Enquanto se compõe a tosca glosa,

A turma sua sangue em cada rima.

Mas, ao chegar ao fim, deste poema,

A gente quer sentir a dor suprema,

Para sentir também a tua estima.



— “Poeta, por que sofres tanto agora,

Se sabes qual a lei que aí vigora,

Para levar-te ao Pai, sem atropelo?”

É que essa lei exige permanente

Estudo e que o trabalho dê à gente

Claríssima noção para fazê-lo.



O mestre é responsável pelo aluno

E diz a ele ser inoportuno

Fugir da prática do bem agora.

O aluno, malicioso, quer saber

Em que momento irá espairecer,

E o mestre lhe responde: — “À mesma hora.”



Não é difícil pressupor que, um dia,

Iremos decifrar esta poesia,

Para que se descubra a realidade.

Assim, na vida, tudo é compromisso,

Seja o bom poetar, seja o serviço

Que se presta ao irmão, caso se agrade.



Menosprezar a hora em que viceja

A inspiração, por pobre quanto seja,

É o mesmo que falhar na pontaria.

Se a nossa meta é vir fazer um verso,

Por que ficar em sombras muito imerso.

A refulgir o Sol, em alegria?!



Façamos o melhor que for possível,

De modo a refletir o nosso nível,

Na busca do evangelho de Jesus.

Um titubeio aqui logo se cura,

Pois não só no deserto é que há secura.

E, mesmo havendo, há um resplendor de luz.



É sempre grato vir dizer ao povo

Que a graça do Senhor temos de novo,

Pois é eterno o seu amor por nós.

O povo simples sabe bem que é isso

Que me mantém atento ao compromisso

E silencia, p’ra me ouvir a voz.



Sou responsável, pois, por esta trova,

O que, de resto, a rima bem comprova,

Pois desempenho com amor à lida.

Da mesma forma, o verso que contemplo

Também o meu labor sirvam de exemplo,

A incentivar a luta pela vida.



Esta é a medida com que dou meu passo.

Estou contente e o meu amigo abraço,

Para firmar a fé em teu futuro.

Do mesmo modo que me leste agora,

Confrange o coração, medita e ora,

Que o Pai há de fazer-te bem mais puro.



Caso prossigas com desconfiança,

Por teres casos tristes na lembrança,

Imita o pensamento de Jesus.

Verás que a tua sina é tão pequena

Que há de parecer simples, amena,

Perante o sofrimento lá da cruz.



Eu sei que queres te encontrar comigo,

Porquanto, em alguns pontos, eu te intrigo,

Às vezes a sorrir, outras, bradando.

É que os meus versos têm todas as rimas,

Assim como, na Terra, existem climas

Nos quais o vento sopra, forte ou brando.



A estrela que me guia, neste ensejo,

A pairar, lá no alto, esconde o pejo,

Ao perceber que o orgulho me domina.

E manda me dizer que é mais perverso

Quem é muito raposa, neste verso,

Colhendo o fruto verde da doutrina.



Por isso, eu me despeço, envergonhado,

E rogo que me deixem deste lado,

A meditar sobre a malícia minha.

E mais eu vou pedir a todo o mundo:

Que olhem bem na alma, lá no fundo,

A ver se alguma dúvida se aninha.



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