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Ensaios-->Árvore de costado de Maria Cândida de Faria -- 30/11/2002 - 14:22 (Pedro Wilson Carrano Albuquerque) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ÁRVORE DE COSTADO DE MARIA CÂNDIDA DE FARIA (SOGRA DE OTACÍLIA CARRANO E DE ODÍVIA CARRANO)

MARIA CÂNDIDA DE FARIA (1)

1- Maria Cândida de Faria. N. a 15-OUT-1875 no Distrito de Angustura, Município de Além Paraíba (MG), onde foi bat. em 3-JUN de 1876 (2). C. a 14-FEV-1891, em Angustura (MG), c. Franklin de Albuquerque (v. CAPÍTULO XVI). Por seu bom temperamento, revelado na delicadeza com que tratava as pessoas, e a doce fisionomia, recebeu, no âmbito da família, a alcunha de 'Pombinha'. Fal. a 14-JUL-1907 em Porto de Santo Antônio, atual Astolfo Dutra, Minas Gerais (3).

OS PAIS:
2- Joaquim de Faria Salgado. N. em torno de 1855 em S. Sebastião do Alto (RJ), tendo sido bat. em Santa Rita do Rio Negro, atual Euclidelândia, Estado do Rio de Janeiro (4). C. a 02-JUN-1873 em Angustura (MG) c. Emerenciana Cândida da Silva (5) e em 14-JAN-1882, também em Angustura, em segundas núpcias, com Ana Angélica da Silva, viúva de Joaquim Rodrigues Pessoa (6). Filhos: Maria Cândida de Faria, Joaquim de Faria Salgado Júnior, Custódia de Faria (do 1º casamento), Maria e Corina de Faria (do 2º matrimônio). Era fazendeiro (proprietário da Fazenda dos Órfãos, situada no lugar chamado Córrego dos Índios, em São Sebastião do Alto), possuindo engenho de cana de açúcar, serraria e moinho. Fal. a 30-ABR-1912 em S. Sebastião do Alto, Estado do Rio de Janeiro (7), com inventário (8). Há poucos anos, o autor encontrou, no Cartório de Registro de Imóveis de Mar de Espanha (MG), terras ainda em nome de Joaquim de Faria Salgado, localizadas no Município de Leopoldina (MG), que não foram incluídas em seu inventário.
3- Emerenciana Cândida da Silva. Bat. em 22-JAN-1856 na Igreja de São José, em Além Paraíba, Minas Gerais (9). Fal. a 05-JAN-1880 em Angustura, Além Paraíba, Minas Gerais (10).

OS AVÓS:
4- Francisco de Faria Salgado. N. em Remédios, atual Senhora dos Remédios (MG), por volta de 1818, uma vez que na Relação dos Habitantes de Remédios, elaborada em 1819 e encontrada por Douglas Fazolatto no Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Mariana, e na Relação dos Habitantes de São José do Paraíba (MG), preparada em 1831 e guardada no Arquivo Público Mineiro, consta que tinha 2 e 12 anos de idade, respectivamente. É citado na página 111 do livro 'Famílias Fluminenses - Machado Botelho', de José Botelho de Ataíde. Era Tenente-Coronel da Guarda Nacional. É citado, no Almanaque Laemmert de 1870, como um dos eleitores de São Sebastião do Alto (RJ). Agricultor (era dono da Fazenda Córrego dos Índios, do Sítio Córrego Santo e de outras propriedades), foi produtor de café em São Sebastião do Alto. Aparece, nos Almanaques Laemmert de 1855, 1857, 1858, 1861, 1863, 1864, 1865 e 1870 como fazendeiro com engenho. Dedicou-se, também, à pecuária. C. entre 1833 e 1843, provavelmente em S. Sebastião do Alto (RJ), c. Custódia Eufrásia de Moraes, com quem teve os filhos: Francisco de Faria Salgado Júnior, Antônio de Faria Salgado Primo, Custódia de Faria, Cândida Maria de Faria, Emília de Faria, Maria Rita de Faria, Hipólita Maria de Faria, Emerenciana de Faria, Felicíssimo de Faria Salgado, Joaquim de Faria Salgado, Israel de Faria Salgado, Sebastião de Faria Salgado e Luciana Maria de Faria. Segundo Lécio Augusto Ramos, no livro 'A Mesopotâmia Fluminense', teve, ainda, com Belmira Virgínia Damasceno, um filho adulterino: Guido de Faria Salgado. No inventário de sua esposa, aberto em 1893, seu patrimônio foi avaliado em cerca de 93 contos de réis. Fal. a 18-DEZ-1895, com testamento (feito em 3-AGO-1895 e aberto em 20-DEZ-1895), em São Sebastião do Alto, Estado do Rio de Janeiro (11).
5- Custódia Eufrásia de Moraes. N. em torno de 1819 no Estado do Rio de Janeiro. O autor não conseguiu obter os nomes de seus pais, havendo a possibilidade de ser irmã de Joaquina Querubina de Moraes, esposa de seu cunhado Luciano de Faria Salgado. Haveria, ainda, a possibilidade de Custódia ser filha de Antônio Rodrigues de Moraes Coutinho, mas não encontrei seu nome no trabalho inédito 'Moraes Originários de Cantagalo', de José Botelho de Ataíde, guardado no Colégio Brasileiro de Genealogia. Fal. a 18-SET-1892 em S. Sebastião do Alto, Estado do Rio de Janeiro (12).
6- Manoel Rodrigues Pessoa. N. entre 1814 e 1816 em Chapéu d Uvas, atual Paula Lima (MG). Em 1831, com 14 anos de idade, residia em Além Paraíba (MG) com seus pais e o irmão João (13), conforme registrado em relação dos habitantes da localidade arquivada no Arquivo Público Mineiro. C. em torno de 1839 em Além Paraíba (MG) c. Maria Cândida da Silva, com quem teve os filhos: Carlos, Teófilo (bisavô do cavaleiro Nelson Pessoa Filho e trisavô de Rodrigo Pessoa, campeão mundial de equitação) e Boaventura Rodrigues Pessoa, Cândida Maria do Nascimento, Joana, Maria, Brasilina, Emerenciana e Alda Cândida da Silva e Júlio Rodrigues Pessoa. Dedicou-se à lavoura, principalmente à plantação de café, possuindo, em função disso, várias propriedades agrícolas. Fal. a 05-OUT-1886 na sua Fazenda da Boa Sorte, em Angustura, Município de Além Paraíba (MG), tendo sido sepultado no Cemitério da Paróquia de Madre Deus do Angu (14). Seu inventário encontra-se no Fórum de Além Paraíba, Minas Gerais (15).
7- Maria Cândida da Silva. N. entre 1816 e 1824 em Além Paraíba, Minas Gerais (16). Fal. a 10-JAN-1890 em Angustura, Município de Além Paraíba (MG), onde foi sepultada no dia seguinte (17).

OS BISAVÓS:
8- Teodoro de Faria Salgado. Bat. a 23-ABR-1769 em São Caetano do Xopotó, filial de Guarapiranga, atual Município de Cipotânea, Minas Gerais (18). Alferes da Guarda Nacional (19). Segundo Douglas Fazolatto, em telefonema ao autor, seu nome e o da esposa e filhos encontravam-se na Relação de Habitantes de Remédios de 1819, existente no Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Mariana (Livro 657). João Paulo Ferreira de Assis copiou tal relação (publicada na edição do periódico 'Pólis 30' de abril de 2002), onde se encontram, no verso da folha 14, as seguintes informações sobre Teodoro: branco, alferes, casado, 40 anos, roceiro; esposa: Francisca Maria da Silva, branca, com 32 anos; filhos: Claudino (17 anos), Antônio (16 anos), Venâncio (14 anos), Luciano (14 anos), Feliciano 12 anos), Fortunato (8 anos), Francisco (1 ano), Cândida (10 anos), Mariana (4 anos) e Ana (2 anos); escravos: Vicente Banguela (40 anos), Joaquim Banguela (30 anos), José Banguela (50 anos), Francisco Monjolo (40 anos), Manoel Cassange (20 anos), Manoel Crioulo (40 anos), José Crioulo (30 anos) e Antônio Banguela (40 anos). É o primeiro nome da relação das pessoas que habitavam o Curato de São José do Paraíba (MG) em 1831, guardada no Arquivo Público Mineiro. O livro 'Os Sertões do Leste', de Celso Falabella de Figueiredo Castro, informa que Teodoro ajuizou uma questão contra o Capitão Manoel de Almeida, herdeiro do Padre Miguel Antônio de Paiva, para retificar medição repleta de erros feita pelo Escrivão Antônio de Castro Lima e pelo Louvado Manoel Alves da Silva (pág. 57). Na mesma obra (pág. 95), assim como no Vol. XXI da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (pág. 316), é dito que a Sesmaria do Padre Miguel Antônio de Paiva, que fundou o primitivo núcleo que se transformou na progressista cidade de Além Paraíba, no Sítio das Três Barras, virando para o Aventureiro (cujo título data de 10-DEZ-1816), foi quase toda vendida, mais tarde, a Teodoro de Faria Salgado (pág. 95). No livro 'Além Paraíba na História da Capitania de Minas Gerais', de Egberto Matos, está registrado que Maria Rita de Jesus, irmã de José Pereira de Sousa Massena, transferiu seus direitos sobre terras nas Paragens do Aventureiro e do Limoeiro ao Alferes Teodoro de Faria Salgado, promotor da demarcação, que se efetuou em 16-OUT-1824 (Maria Rita havia recebido essas terras, como sesmaria, em 22-ABR-1818). No artigo 'História do Café na Região do Vale do Paraíba', divulgado pela INTERNET, é informado que a Fazenda do Aventureiro foi adqurida por Maria Pimenta de Almeida Breves, viúva de Luís de Sousa Breves, por compra depois de 1841, do Alferes Teodoro de Faria Salgado, tendo sido dividida em outras cinco fazendas, na Freguesia de São José de Além Paraíba (MG). O primeiro casamento de Teodoro, com Joana Rosa de Sousa (nascida em Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, Minas Gerais, e fal. antes de NOV-1800, filha de João Dias de Sousa e de Esméria Maria dos Prazeres), ocorreu em 10-JUN-1797 em Ouro Preto (MG). Casou-se em segundas núpcias em 11-NOV-1800 c. Francisca Maria da Silva, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Ouro Preto (MG). Filhos (todos do segundo matrimônio): Claudiano, Antônio, Luciano, Venâncio, Felicíssimo (citado como Feliciano na Pólis 30 de abril de 2002), Fortunato de Faria Salgado, Emerenciana (mencionada com o nome de Mariana na mencionada edição da Pólis 30), Ana e Cândida da Silva e Francisco de Faria Salgado (20). Fal. antes de 9-NOV-1857, provavelmente em Além Paraíba (MG).
9- Francisca Maria da Silva. N. em torno de 1772, provavelmente em Piranga, Minas Gerais (21). É possível que após a morte do marido tenha mudado seu domicílio de Além Paraíba (MG) para São Sebastião do Alto (RJ) juntamente com os filhos, órfãos por parte do pai, passando a residir em terras localizadas junto ao Córrego dos Índios, propriedade que passou a chamar-se de 'Fazenda dos Órfãos'. Deve ser a mesma Francisca de Faria que o Almanaque Laemmert de 1857 inclui na relação de fazendeiros de São Sebastião do Alto (RJ) com engenhos de pilões e terreiros de pedra. Fal. em S. Sebastião do Alto (RJ) em 8-NOV-1857 (22).
10- Antônio Rodrigues de Moraes Coutinho (possivelmente). Também aparece em alguns documentos com os nomes de Antônio de Moraes Coutinho e Antônio de Moraes Coutinho e Costa. N. em Portugal. Veio muito moço para o Brasil, dirigindo-se para a capitania de Minas Gerais. C. por volta de 1793 c. Maria Felizarda de Jesus, com quem teve os filhos: Antônio Rodrigues de Moraes, Capitão Felisberto Antônio de Moraes, Felizarda de Jesus, Manoel Antônio de Moraes, Eufrásia de Jesus (há a possibilidade de ser a Custódia Eufrásia de Moraes referida no tópico nº 5), Elias Antônio de Moraes, Antônia Rita de Jesus, José Antônio de Moraes, Tenente-Coronel João Antônio de Moraes (1º Barão das Duas Barras) e Francisca de Jesus. Em 1794, achava-se radicado na Capela de Santo Amaro (atual Queluzita), então filial da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Campo Alegre dos Carijós (atual Conselheiro Lafaiete), Minas Gerais, onde era proprietário da Fazenda Campo Alegre. Fal. no Termo de Bonfim (MG) por volta de 1834 (23).
11- Maria Felizarda de Jesus (provavelmente). Teria, também, usado o nome de Maria Felizarda de Sousa. N. por volta de 1790 em Bonfim (MG). É provável que seja a mesma Maria Felizarda da Costa, nascida em Minas Gerais, que contraiu matrimônio c. José da Rosa Pires. Fal. antes de 1821 (23).
12- Manoel Rodrigues Pessoa. N. em torno de 1752, pois na 'Relação de Habitantes do Curato de São José do Paraíba' de 1831 possuía 78 anos de idade. Dedicou-se à lavoura. Com a esposa Joana Joaquina do Nascimento teve, pelo menos, os filhos Manoel e João Rodrigues Pessoa. Provavelmente, Manoel era, também, pai do Francisco Rodrigues Pessoa que recebeu, em 12-JUN-1812, sesmaria no Sertão do Rio Novo, abaixo da Cachoeira da Fumaça e do Ribeirão de São Domingos, Freguesia do Pomba, Termo de Barbacena (MG), e do Joaquim Rodrigues Pessoa que, com 34 anos de idade, residia em São José do Paraíba (Além Paraíba) em 1831. Recebeu, em 22-AGO-1797, sesmaria na Paragem da Batalha, situada na Freguesia de Congonhas do Campo, Termo da Vila de São José, Comarca do Rio das Mortes (MG) e ,em 10-DEZ-1818, sesmaria na Paragem João Gomes, Caminho do Mato, Freguesia de Nossa Senhora da Assunção, Termo de Barbacena (MG), cfe. 'Catálogo de Sesmarias' publicado na Revista do Arquivo Público Mineiro (Ano XXXVII). Deve ter falecido em Além Paraíba (MG).
13- Joana Joaquina do Nascimento. N. em 1782, aproximadamente (24). Em 1831, em Além Paraíba (MG), cuidava do governo de sua casa, de acordo com o mapa resultante do recenseamento da população da localidade. Em 1854, seu nome estava entre os grandes fazendeiros da jurisdição da Vila Leopoldina (MG), conforme mencionado na pág. 109 do livro 'Os Sertões de Leste - Achegas para a História da Zona da Mata', de Celso Falabella de Figueiredo Castro. Fal. a 11-SET-1870 em Angustura, Município de Além Paraíba, Minas Gerais (25).
14- Capitão Manoel Joaquim da Silva Freire (parentesco com Maria Cândida da Silva, citada no item 7, sujeito a confirmação). Foi Presidente da Câmara Municipal de Cantagalo em 1851, tendo sido citado, no Almanaque Laemmert de 1853, como uma das autoridades daquela cidade. C. c. Ana Cândida de Oliveira, com quem teve os filhos: Francisca Cândida, Maria Honorata (esposa de Antônio de Faria Salgado), Coleto e Joaquim Higino da Silva Freire, Guilhermina Cândida Freire e Maria Cândida da Silva (26).
13- Ana Cândida de Oliveira ou Ana Cândida Teixeira (provavelmente).

OS TRISAVÓS:
16- André de Faria Salgado. N. por volta de 1742 em Piranga, Minas Gerais (27).
17- Maria Angélica de Faria.
18- Antônio da Costa e Silva (28).
19- Rosa Ferreira de Sousa.
26- João Afonso Rodrigues (29). Foi-lhe concedida, em 30-OUT-1782, sesmaria na Paragem do Sertão, Circuito do Rio Pomba, Distrito da Vila de São João del Rei (MG), conforme registrado no 'Catálogo de Sesmarias' publicado pelo Arquivo Público Mineiro em 1988. Nos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira, Manoel da Silva Espíndola, que trabalhava na Fazenda do Acácio, de propriedade do inconfidente José Aires Gomes, declarou que tal bem, localizado na Freguesia de nossa Senhora da Assunção do Caminho do Mato, Termo da Vila de São João del Rei (MG), confrontava com terras de João Afonso Rodrigues (30).
27- Maria Joaquina do Nascimento (29).
28- Caetano da Silva Freire. N. por volta de 1758 em Guarapiranga (atual Piranga), Minas Gerais. Transferiu-se para Cantagalo nos últimos anos do Século XVIII, obtendo uma sesmaria no Córrego do Bom Sucesso, região antes ocupada pelo Alferes Francisco de Paula Viana. Concorreu para a fundação da Irmandade do Sacratíssimo Sacramento em 1804, ano em que adquiriu a Sesmaria de Viana, tornando-se, então, um dos mais prósperos fazendeiros de Cantagalo. Ascendente da Família Silva Freire que tanto contribuiu para o progresso da região. Exerceu, em Cantagalo, vários cargos públicos de projeção, entre eles o de Presidente da Câmara Municipal (1818) e o de Juiz Ordinário. Em 1826, foi nomeado, juntamente com Miguel Antunes de Moraes, avaliador dos bens do espólio de João Machado Botelho, conforme registrado por José Botelho de Ataíde no 'Famílias Fluminenses - Machado Botelho (De Cantagalo)'. Fal. em Cantagalo (RJ) em 20-DEZ-1833. Do casamento c. Maria Clara Teixeira originaram-se os filhos: Comendador Joaquim José da Silva Freire, Capitão Manoel Joaquim da Silva Freire, Ana Clara Teixeira (ou Ana da Silva Freire), José Joaquim, Antônio, Francisco Luís, João, Isabel e Maria Clara Teixeira, casada c. Antônio de Faria Salgado, também chamada de Maria Clara da Silva Freire (31).
27- Maria Clara Teixeira. N. por volta de 1764 em Catas Altas da Noruega (MG). Fal. em Cantagalo (RJ) em 10-ABR-1853.

OS TETRAVÓS:
32- Antônio de Faria Salgado. N. em 4-JUL-1698 em Santa Maria do Telhado, Concelho de Vila Nova de Famalicão, Distrito de Braga, Portugal, tendo sido batizado no mesmo lugar em 6-JUL-1698 (32). O autor teve a oportunidade de consultar o processo 'De Genere et Moribus' de seu filho com o mesmo nome, que se encontra no Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, onde encontrou valiosas informações sobre Antônio de Faria Salgado (o pai) e demais ascendentes (33) C. por volta de 1735, em Piranga (MG), c. Inácia Pereira Dias, com quem teve os filhos: Antônio de Faria Salgado, Miguel de Faria Salgado, Arcângela, Ana Inácia, Joana e Rosa de Faria e André de Faria Salgado. Obteve duas sesmarias: a primeira, em 22-ABR-1749, junto ao Rio do Chopotó, Freguesia de Piranga, Termo de Mariana (MG), e a segunda, em 13-SET-1753, na Paragem de Pirapetinga, Freguesia de Guarapiranga, Termo de Mariana, Minas Gerais (34). Em 11-MAI-1764 foi nomeado para a demarcação de divisa de terras em Mariana (MG), conforme publicado em Revista do Arquivo Público Mineiro. Fal. a 28-OUT-1788 em Piranga (MG), encontrando-se o seu inventário na Casa Setecentista de Mariana (MG).
33- Inácia Pereira Dias. N. e foi batizada em 1715, aproximadamente, na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Guarapiranga (atual Piranga), Minas Gerais, onde faleceu.
56- Caetano da Silva Freire. Fal. em 8-DEZ-1780 em Pirapetinga, Piranga (MG). C. c. Catarina Batista de Jesus, com quem teve, entre outros, os filhos Caetano da Silva Freire e Miguel Félix da Silva (que contraiu matrimônio em 20-FEV-1790, em Mariana, Minas Gerais, c. sua cunhada Ana Clara Teixeira).
57- Catarina Batista de Jesus (também citada como Catarina Maria da Encarnação).
58- Pedro Teixeira. C. a 02-ABR-1763 em Piranga (MG). Os dados sobre Pedro Teixeira, ascendentes e sua esposa foram extraídos de livros guardados no Arquivo Arquidiocesano de Mariana.
57- Clara Maria Alves.

OS PENTAVÓS:
64- Bernardo de Faria Salgado (ou Bernardo da Rocha). N. por volta de 1679 na Freguesia de São Cosme do Vale (orago: São Cosme e São Damião), Concelho de Vila Nova de Famalicão, Distrito de Braga, Portugal. Fal. e foi sepultado solteiro na mesma localidade em que nasceu no dia 17-JAN-1750 (35).
65- Domingas de Sousa. N. na Freguesia de Santa Maria do Telhado, Vila Nova de Famalicão, Braga, Portugal. Fal. em Portugal (36).
66- Sargento-Mor Mateus Pereira Dias. N. na Freguesia de Mártires (orago: Nossa Senhora), Concelho e Distrito de Lisboa, Portugal. C. em Taubaté (SP) com Maria Rodrigues Montemor.
67- Maria Rodrigues Montemor. N. em Taubaté (SP). Fal. antes de 20-JAN-1731.
116- Sargento-Mor Domingos Teixeira. N. por volta de 1700 na Freguesia de São Pedro, Termo de Barcelos, Arcebispado de Braga, Portugal. Filhos conhecidos oriundos do casamento c. Maria Soares: Pedro Teixeira e Maria Teixeira
117- Maria Soares. N. em Guarapiranga (MG).
118- Fabião Martins Moreira.
119- Ana Maria Alves. Fal. a 30-DEZ-1746 em Barra do Bacalhau, atual Guaraciaba (MG).

OS HEXAVÓS:
128- Sebastião de Faria Salgado. N. em S. Martinho do Vale, Vila Nova do Famalicão, Distrito de Braga, Portugal. Citado no Título Farias do 'Nobiliário de Famílias de Portugal', de Manoel José da Costa Felgueiras Gaio, e no Título 'Farias Machados, da Bagoeira - Desentroncada' do livro 'Pedatura Lusitana', de Cristóvão Alão de Moraes. Formou-se em Coimbra, Portugal, e foi Procurador de Cortes por Vila do Conde, no ano de 1668, com o Dr. Inácio Ribeiro Maio. C. na Freguesia de Vila do Conde, Concelho de Vila do Conde, Distrito do Porto, Portugal, em 10-SET-1657, c. Joana da Rocha da Fonseca, com quem teve os filhos: Antônio, Francisco, Jerônimo e Bernardo de Faria Salgado (37).
129- Joana da Rocha da Fonseca. N. em S. Martinho de Gondomar, Concelho de Guimarães, Distrito de Braga, Portugal.
130- Antônio de Sousa. N. em Santa Maria do Telhado, Vila Nova de Famalicão, Distrito de Braga, Província do Minho, Portugal, onde faleceu.
131- Catarina Antônia. N. e fal. em Santa Maria do Telhado, Vila Nova de Famalicão, Distrito de Braga, Portugal.
132- Manoel Dias. N. e fal. em Portugal.
133- Simoa Pereira. N. em N. Sª dos Mártires, Concelho e Distrito de Lisboa, Portugal.
134- Francisco Rodrigues Montemor. N. por volta de 1665 em Portugal. C. em Taubaté (SP) com Andresa de Góes de Matos. Foi sertanista de Mato Grosso, tendo feito explorações no Rio Sararé, onde se dedicou à mineração. Fal. em 19-OUT-1739 em Taubaté (SP).
135- Andresa de Góes de Matos. Fal. em 20-JAN-1731 em Taubaté (SP).

OS HEPTAVÓS:
256- Belquior Godinho (ou Belquior Godinho do Canto). N. na Ilha Terceira, Portugal. Provavelmente, era descendente de John of Kent, que deu origem aos Cantos da Ilha Terceira. Filhos com Antônia de Faria Salgado (ou Antônia de Faria): Sebastião de Faria Salgado e Ângela do Rosário (freira em Santa Clara de Vila do Conde, Portugal).
257- Antônia de Faria Salgado (ou Antônia de Faria). C. em primeiras núpcias na Freguesia e Concelho de Vila do Conde, Distrito do Porto, Portugal, com Belquior Godinho do Canto. Em segundas núpcias casou com Francisco Lopes da Rocha, Desembargador do Porto, Portugal. Filhos oriundos do segundo casamento: Frei Jerônimo e as freiras Maria e Catarina, do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde, Portugal.
258- Jerônimo da Rocha da Fonseca.
259- Ana dos Reis. N. na Freguesia de Azurara (orago: Santa Maria), Concelho de Vila do Conde, Distrito do Porto, Portugal.
270- Jaques Félix. Paulista, n. por volta de 1635. Foi sertanista que combateu índios da vertente oposta da Mantiqueira, explorando todo o Vale do Rio Paraíba, com provisões dos Capitães-Mores de Itanhaém, Francisco da Rocha e Vasco da Mota, respectivamente de 20-JAN-1636 e 30-JUN-1639. Também penetrou nos mesmos sertões à cata de ouro em 1646, por ordem do Governador do Rio de Janeiro e Adminsitrador-Geral das Minas, Duarte Correia Vasqueanes. Então Taubaté já era vila, por promisão do Capitão-Mor Governador de Itanhaém, Antônio Barbosa de Aguiar, data de 5-DEZ-1645. Jaques Félix, o Moço, foi casado com Páscoa Leite, tendo sido inventariado em Taubaté em 1716, deixando geração. Fal. em 1712 em Taubaté (SP).
271- Páscoa Lobo de Oliveira.

OS OCTAVÓS:
512- Antônio Rodrigues.
513- Inês Godinho. N. na Ilha do Faial, Açores, Portugal.
514- Antônio Francisco Salgado. C. na Freguesia de Vila do Conde (orago: São João Batista), Concelho de Vila do Conde, Distrito do Porto, Portugal. Com Maria de Faria teve os filhos Lourenço de Faria, Manoel da Consolação (frade de Santo Elói), Antônia de Faria e Francisca de Faria.
515- Maria de Faria.
540- Domingos Dias Félix. Paulista, penetrou o sertão dos índios puris e guarumimis, auxiliando a fundação de taubaté, em 1636. Foi Juiz Ordinário na Vila de Taubaté em 1650, tendo sido casado com Susana de Góes e deixado geração. Fal. em 1660 em Taubaté (SP).
541- Susana de Góes.

OS NONOS AVÓS:
1030- Lourenço de Faria.
1080- Jaques Félix. Paulista, n. por volta de 1576. Casou em 1575, em Santos (SP), com uma filha de Jerônimo Dias. Posteriormente, casou-se em São Paulo (SP) com Francisca Morzilho. Em 1598, dizendo-se morador antigo de São Paulo, com filhos, obteve uma sesmaria no caminho de Ibirapuera. Tomou parte na bandeira de Tenório de Aguilar, aos bilreiros, saindo de São Paulo em 1608, regressando em 1610 por ter sido destroçada a leva. Exerceu cargos na Câmara da Vila e obteve outras sesmarias em 1616, 1628 e 1632. Com seus filhos, combateu índios guarumimis ou guarulhos, puris e caetés, que ficavam em território atualmente pertencente a Minas Gerais, na vertente de além Mantiqueira, no alto Sapucaí. Explorou também grandes tratos do Vale do Rio Paraíba, onde fundou, em 1636, um arraial, no antigo local de uma aldeia indígena, que tomou por isso o nome de Taubaté. Em novembro de 1640 já era falecido, deixando geração.
1081- Francisca Morzilha.
1082- Gabriel de Góes. N. em São Vicente (SP).
1083- Inês Gonçalves.

OS DÉCIMOS AVÓS:
2060- Manoel Vaz, que, segundo Cristóvão Alão de Moraes, foi 'homem muito honrado'. Filhos com a esposa Isabel de Faria: Frei Antônio de Faria e Lourenço de Faria.
2061- Isabel de Faria. No livro Pedatura Lusitana, é dito que ela devia pertencer aos Farias de Barcelos.
2160- Jaques Félix. Flamengo, foi morador primitivo de Santos (SP), onde tomou parte nos combates contra os tamoios e onde se casou com uma filha de Gonçalo Camacho. Fal. antes de 1605.
2161- ..... Camacho.
2162- João Morzilho. Português, foi casado com Catarina Alves. Foi sertanista que esteve na bandeira de Nicolau Barreto ao Guairá, em 1602, e que em 1613 seguiu com o Capitão André Fernandes para o sertão do Paraúpava, onde faleceu, deixando geração. Silva Leme grafa como Marzillo o seu apelido.
2163- Catarina da Luz (ou Catarina Alves).

OS DÉCIMOS PRIMEIROS AVÓS:
4322- Gonçalo Camacho. N. em Viana, Portugal. C. em São Paulo (SP).
4323- Catarina Ramalho.
4326- Marcos Fernandes.
4327- Maria Afonso.

OS DÉCIMOS SEGUNDOS AVÓS:
8644- Baltazar Nunes.
8645- ..... Camacho.
8646- Jorge Ferreira.
8647- Joana Ramalho.

OS DÉCIMOS TERCEIROS AVÓS:
17292- Gaspar Ferreira. N. em Portugal.
17294- João Ramalho.
17295- Bartira.

Notas Explicativas:

1- Faria é um sobrenome português toponímico, ou seja, que tem origem em topônimo (nome próprio de lugar). Assim, derivou de solar no Julgado de Faria, do Termo de Barcelos, em Portugal. A Família Faria é muito antiga, havendo indícios de sua existência desde a época em que os romanos se encontravam na Península Ibérica, tendo sido verificada a sua presença na fundação do reino português. Ainda hoje, podem ser vistas, no Monte da Franqueira, as ruínas do castelo que Gonçalo Nunes de Faria defendeu no tempo de Fernando I, Rei de Portugal (falecido em 1383); o pai de Gonçalo, Nuno Gonçalves de Faria, prisioneiro dos castelhanos que atacavam o castelo, foi morto por não querer persuadir o filho a entregar a propriedade.

2- Certidão de batismo de Maria Cândida de Faria, emitida pela Paróquia de Mãe de Deus de Angustura em 14-JAN-1989: 'Certifico que revendo os assentamentos de batizados desta Paróquia à fls. 68 do Livro 07, se encontra o termo que, para aqui, se transcreve em forma equivalente ou textual: Nome: Maria. Aos 3 dias do mês de junho do ano de 1876, batizei solenemente a Maria, nascida aos 15 dias do mês de outubro de 1875, filha legítima de Joaquim de Faria Salgado e de Emerenciana Cândida da Silva. Foram padrinhos: Manoel Rodrigues Pessoa e Custódia Eufrásia de Moraes. Para constar lavrei o presente termo que assino: Pe. Henrique de Sousa Borges Accioli. Pároco'.

3- Descobrir onde faleceu Maria Cândida foi, durante muitos anos, um desafio para o autor. Não havia parente vivo ou outra pessoa que soubesse onde ocorreu o óbito. As constantes mudanças de domicílio do esposo Franklin de Albuquerque também dificultavam a procura. Sabendo que seu pai, nascido em 15-MAR-1904, tinha 3 anos de idade quando perdeu a mãe, o autor enviou cartas às paróquias e cartórios de todas as cidades onde, segundo informações recebidas, tinham residido Maria Cândida e o marido, nada encontrando, porém, naquelas localidades. Expediu, então, correspondência aos demais cartórios da Zona da Mata Mineira e de cidades fluminenses mais próximas com solicitação de procura do registro procurado, providência que se mostrou infrutífera. Quando o autor, já com algum desânimo, estudava a possibilidade de Maria Cândida ter falecido em uma cidade fora da região, talvez no Rio de Janeiro (RJ), onde poderia estar tratando da saúde, recebeu, em sonho, comunicação de sua avó de que seu óbito havia ocorrido em Porto de Santo Antônio. Impressionado com o fato, procurou as cópias dos expedientes encaminhados anteriormente a diversas localidades mineiras, constatando ter havido consulta a Astolfo Dutra (atual nome de Porto de Santo Antônio), sem resposta afirmativa, o que lhe deu a convicção de que o sonho não tinha fundamento. Algumas semanas após o acontecimento aqui narrado, o autor, ao pesquisar jornais mineiros do início do Século XX guardados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, observou, com surpresa, na edição do jornal 'Cataguases' de 18-OUT-1908, o nome de Franklin de Albuquerque em relação dos eleitores do Distrito de Porto de Santo Antônio, o que indicava que Maria Cândida ali residia por volta de 1907, época em que faleceu. A descoberta levou-o a solicitar novamente ao Cartório do Registro Civil de Astolfo Dutra, desta vez com mais confiança, a certidão de óbito de sua avó, recebida alguns dias depois, com o seguinte teor: 'Ênio Vieira da Silva, Escrivão de Paz e Oficial do Registro Civil da Cidade de Astolfo Dutra, Comarca de Cataguases, Estado de Minas Gerais e República Federativa do Brasil, na forma da lei etc., CERTIFICO que revendo em meu cartório o livro nº 04 do Registro Civil de Óbitos, nele à fls. 173 verso, sob o termo nº 87, foi lavrado o assento de 'MARIA CÂNDIDA DE ALBUQUERQUE', falecida aos quatorze de julho de 1907, às 14 horas, em domicílio à Rua Prefeito José Vieira, antiga Rua do Comércio, distrito desta cidade, do sexo feminino, de cor branca, profissão: doméstica, natural de Angustura, deste Estado, domiciliada e residente neste distrito, com 30 anos de idade, casada com Franklin de Albuquerque, filha de Joaquim de Faria Salgado e de Dona Emerenciana Cândida de Albuquerque. Foi declarante: Manoel Joaquim de Azevedo Braga. Causa da morte: morte natural. O sepultamento foi feito no cemitério desta cidade. Observação: deixou cinco filhos menores. O referido é verdade de que dou fé. Dado e passado nesta Cidade de Astolfo Dutra aos 28 de fevereiro de 1992. O Oficial do Registro Civil'.

4- Esta informação encontra-se no assentamento relativo ao primeiro matrimônio de Joaquim de Faria Salgado. O autor esteve em Euclidelândia procurando o registro de seu batismo, descobrindo que o livro que deveria contê-lo foi queimado em incêndio ocorrido na casa paroquial.

5- Certidão de casamento fornecida pela Paróquia de Mãe de Deus de Angustura em 14-JAN-1989: 'Certifico que, revendo os Livros de Assentamento de Casamento desta Paróquia, encontrei o seguinte termo que transcrevo (Livro nº 01-A, Folha nº 35-v): Aos 2 de junho de 1873, na Igreja Matriz, perante o Revmo. Henrique de Sousa Borges Accioli e as testemunhas Caetano de Faria Salgado, Joaquim Higino da Silva Freire e Elisa Maria da Conceição Ferreira, receberam-se em matrimônio Joaquim de Faria Salgado e Emerenciana Cândida da Silva, ele filho de Francisco de Faria Salgado e Custódia Eufrásia de Moraes e ela filha de Manoel Rodrigues Pessoa e Maria Cândida da Silva'. Os noivos eram primos de 3º grau, como revela processo de casamento de seus irmãos Francisco de Faria Salgado Júnior e Maria Cândida da Silva, arquivado na Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro (RJ).

6- Certidão de casamento fornecida em 10-FEV-1990 pela Paróquia Mãe de Deus de Angustura: 'Certifico que, revendo os Livros de Assentamento de Casamento desta paróquia, encontrei o seguinte termo, que transcrevo (Livro nº 01-A, Folha nº 46): Aos nove de abril de 1882, na Igreja Matriz de Mãe de Deus, perante o Revmo. Vitorino José da Costa e Silva e as testemunhas Maria Cândida da Silva Salgado e Francisco de Faria Salgado, receberam-se em matrimônio Joaquim Faria Salgado e Ana Angélica da Silva, ele com 24 anos de idade, filho de Francisco de Faria Salgado e Custódia Eufrásia de Moraes, ela com 42 anos de idade, filha de Francisco da Silva Chaves e Maria do Sacramento Chaves. O Pároco: Vitorino José da Costa e Silva'.

7- Certidão do óbito de Joaquim de Faria Salgado fornecida em 12-JUN-1989 pelo Cartório do Registro Civil de São Sebastião do Alto (RJ): 'O Cartório Único do Registro Civil de São Sebastião do Alto - RJ certifica que à fls. 102-v do livro nº 3, sob o nº 35, de registro de óbitos consta o de Joaquim de Faria Salgado, falecido em 30 de abril de mil novecentos e doze, às 21 horas, na Fazenda dos Órfãos, neste 1º Distrito, do sexo masculino, de cor branca, idade: 56 anos, profissão: lavrador. Estado civil: casado; residência neste município. Natural deste Estado. Causa mortis: Natural, sem assistência médica. Testemunhas: Ladislau de Carvalho Bastos e Júlio Vieitas. Local do sepultamento: Cemitério Público desta cidade. Foi declarante: Francisco Teixeira Cipriano. Termo lavrado em 1º de maio de 1912'.

8- O inventário de Joaquim de Faria Salgado está arquivado no Fórum de São Sebastião do Paraíso (RJ). Como curiosidade, é transcrita, a seguir, petição, constante do processo, apresentada ao Juiz pelo avô do autor: 'Ilmo. Sr. Dr. Juiz Municipal. Diz Franklin Sezinando de Albuquerque, viúvo e tutor nato de seus filhos menores: Jarbas com 18 anos, Odilon com 14 anos e Wilson com 12 anos, que, tocando aos mesmos e aos seu filho maior Leônidas de Albuquerque, em partilha por falecimento de seu avô Joaquim de Faria Salgado, 3 quartas e um celamim de terras, avaliadas por 48$750, parte no engenho 20$000 e parte no moinho 10$000, todos estes bens na Fazenda dos Órfãos neste Município (Documento nº 1), acontece que o suplicante, por falta de prática de negócios forenses, fez venda por procuração (Documento nº 2) dos referidos bens ao Sr. Custódio Teixeira de Carvalho pela quantia de 80$000 (Documento nº 3), mas agora, informado do erro que cometeu e precisando legalizar a venda, precisa de um alvará de V. Sa. autorizando-lhe a retificar a escritura da venda pela quantia de mais 780$000 que se acha convencionada com o mesmo Sr. Teixeira de Carvalho, havendo assim grande vantagem para os órfãos. Nestes termos, requer a V. Sa. que juntada esta aos autos do referido inventário e ouvidos os interessados, inclusive o Sr. Curador de Órfãos, e havendo acordo, se digne V. Sa. de ordenar a expedição do alvará na forma requerida, comprometendo-se o suplicante no prazo legal a entrar com a importância pertencente aos órfãos para os cofres da Caixa Econômica Federal em 3 cadernetas, depois de deduzidas as despesas e custas do processo. São Sebastião do Alto, 5 de agosto de 1916. Franklin Sezinando de Albuquerque'.

9- Termos de certidão do batismo de Emerenciana, fornecida em 18-JAN-1989 pela Paróquia de São José, de Além Paraíba (MG): 'Certifico que revendo os livros de assentamentos de batizados desta paróquia, às fls. 03 do Livro 2-C se encontra o Termo de Batismo que para aqui se transcreve em forma equivalente ou textual: Nome: Emerenciana. Aos vinte e dois dias do mês de janeiro de mil oitocentos e cinqüenta e seis foi solenemente batizada Emerenciana, filha legítima de Manoel Rodrigues Pessoa e de Maria Cândida da Silva. Foram padrinhos: João Rodrigues Pessoa e Cândida Maria da Silva, representados pelo Sr. Caetano de Faria Salgado. E para constar, lavrou-se este termo que assino. Pároco: Bento José da Cunha'.

10- As informações sobre o óbito de Emerenciana Cândida da Silva foram extraídas de seu inventário, arquivado no Fórum de Leopoldina (MG).

11- O local e a data do falecimento de Francisco de Faria Salgado e os dados a respeito de seu testamento foram extraídos de seu inventário, conforme informado em carta de 19-DEZ-1989 da Sra. Dionéia Latini Daflon. Os nomes dos filhos legítimos constam do inventário de Custódia Eufrásia de Moraes e do livro 'A Mesopotâmia Fluminense', onde o autor se enganou, apenas, ao citar entre eles um 'Luciano', que, na verdade, era a filha Luciana Maria de Faria, que foi casada com Davi da Silva Queiroz.

12- Teor de certidão do óbito de Custódia Eufrásia de Moraes fornecida pelo Cartório de Registro Civil de São Sebastião do Alto (RJ) em 24-OUT-1989: 'O Oficial do Registro Civil de São Sebastião do Alto - RJ certifica que às fls. 147-v e 148 do Livro nº 1, sob o nº 78, do registro de óbitos consta o de Custódia Eufrásia de Moraes, falecida em 18 de setembro de mil oitocentos e noventa e dois, às 17 horas, do sexo feminino e de cor branca. Filiação: não consta. Estado civil: casada. Residência: não consta. Idade: 73 anos. Natural deste Estado. Causa mortis: sem assistência. Testemunhas: Francisco de Paula Machado e Augusto Correia Neves. Local do sepultamento: Cemitério Público deste Distrito. Foi declarante: Custódio Teixeira de Carvalho. Termo lavrado em 19 de setembro de 1892. Observações: Casada com Francisco de Faria Salgado, morreu intestado e deixou os seguintes filhos: Antônio de Faria Salgado Primo, Francisco de Faria Salgado Júnior, Luciana Maria da Faria, Felicíssimo de Faria Salgado, Custódia de Faria, Joaquim de Faria Salgado, Cândida Maria de Faria, Maria Rita de Faria, Emília de Faria, Hipólita Maria de Faria, Emerenciana de Faria, Israel de Faria Salgado e Sebastião de Faria Salgado'.

13- João Rodrigues Pessoa foi um dos primeiros fazendeiros de Itaperuna (RJ). Chegando á localidade em 1866, procedente de Chapéu d Uvas (MG), fixou-se na Fazenda da Reserva, que compreendia 250 alqueires e foi comprada de José Bastos Neto. Casou-se a primeira vez com Antônia Ferreira e a segunda vez, após enviuvar-se, com Rita Cândida Barbosa. O Livro 'A Terra da Promissão - História de Itaperuna', do Major Porfírio Henriques, traz estas notícias e informações sobre a descendência de João Rodrigues Pessoa.

14- Na pagina 19 do Livro de Óbitos nº 3 da Paróquia de Madre Deus do Angu, em Angustura (MG), encontra-se o seguinte assentamento: 'Aos 5 de outubro de 1886 faleceu na Fazenda da Boa Sorte, em Madre Deus do Angu - MG, de meningoencefalite aguda e difusa, Manoel Rodrigues Pessoa, casado com Dona Maria Cândida da Silva Pessoa, de idade de 72 anos, fazendeiro, natural de Chapéu d Uvas, Barbacena, filho legítimo de Manoel Rodrigues Pessoa e de Dona Joana Joaquina do Nascimento. Foi sepultado no Cemitério da Paróquia de Madre Deus do Angu'.

15- O inventário de Manoel Rodrigues Pessoa encontra-se arquivado no Fórum de Além Paraíba (MG), compreendendo a partilha de bens avaliados em mais de 102 contos de réis. No processo encontra-se uma relação de 2-JUL-1886 com os seguintes dados sobre 41 escravos de Manoel (4 africanos e 37 brasileiros): número de ordem da presente matrícula, número de ordem da matrícula anterior, número de ordem na relação, nome, sexo, cor, idade, estado civil, naturalidade, filiação, profissão, valor dado conforme tabela (por extenso) e observações. Ali se vê que o preço de cada escravo variava de 150 a 900 mil réis e as profissões por eles exercidas eram: trabalhador de roça, costureira, matador de formigas, engomadeira, cozinheira, tropeiro, roceiro, carreiro e lavadeira. Quatro dos escravos relacionados encontravam-se fugidos desde 24-ABR-1883: Calisto (cor: mista; idade: 38 anos; estado civil: solteiro; naturalidade: Minas Gerais; filiação: filho de Maria; profissão: trabalhador de roça; valor: 800 mil réis), Horácio (preto, 31 anos de idade, solteiro, natural de Minas Gerais, filho de Inês, trabalhador de roça, avaliado em 800 mil réis), Luís (preto, 37 anos, solteiro, natural de Pernambuco, filiação desconhecida, trabalhador de roça, avaliado em 800 mil réis) e Antônio (pardo, 41 anos, cearense, filiação desconhecida, trabalhador de roça, avaliado em 600 mil réis). A fuga de escravos era comum, retratando o clima de revolta disseminado entre a população escrava. A edição de 7-NOV-1880 do jornal 'O Leopoldinense', editado em Leopoldina (MG), traz um anúncio, a seguir transcrito, que mostra como a imprensa era usada para a captura dos fugitivos:

'Escravo Fugitivo. Fugiu da Fazenda da Santa Cruz, sito em Santa Bárbara do Rio Novo, pertencente a Araújo Maia & Irmão, o escravo Antônio, de estatura regular, de 20 anos, muito esperto, bem preto. Tem bonita figura, olhos vivos, pés pequenos, sinais de cicatriz no calcanhar do pé direito, peito largo e orelhas pequenas. Levou japona nova e roupa com o nº 42. É natural de Pernambuco e pertenceu a Ernesto José Felipe Santiago. Consta que foi visto perto da Estação de Bicas no dia 18. Gratifica-se a quem o prender e levar à Rua Municipal nº 17 ou à referida Fazenda'.

A mesma edição do 'O Leopoldinense' contém dois outros anúncios que revelam a forma hedionda como eram tratados seres humanos reduzidos à escravidão, há pouco mais de um século:

'Aluga-se uma negrinha de 10 anos de idade, com princípios de copeira e mais serviços domésticos, muito própria para mucama de crianças, por ser muito carinhosa e ativa. Informações nesta tipografia'.

'Escravos à venda. Acha-se um comboio na Cidade de Leopoldina, no rancho do Sr. João Lourenço, com gente toda moça, homens e mulheres, idade de 12 a 20 anos. Os preços são pelo menos que puder ser, não deixando prejuízo ao negociante'.

16- Durante muito tempo, o autor acreditou que Maria Cândida da Silva fosse filha de Antônio da Silva Freire e de Emerenciana Cândida da Silva, de Cantagalo (RJ), suposição que abandonou ao compulsar, no Arquivo Judiciário do Rio de Janeiro, o inventário de Antônio. Trabalhando com hipóteses, imaginou, então, que se tratasse da filha de Simpliciano Garcia de Matos e de sua esposa Emerenciana, com o mesmo nome, nascida por volta de 1820 e residente em Leopoldina (MG) em 1831 (conforme relação de moradores arquivada no Arquivo Público Mineiro), o que foi rechaçado pelo historiador Douglas Fazolatto, de Juiz de Fora (MG), possuidor de dados sobre a família de Simpliciano. Julgou-se, posteriormente, que Maria Cândida fosse filha de Teodoro de Faria Salgado e de Francisca Maria da Silva, vizinhos dos pais de seu esposo em Além Paraíba; esta possibilidade caiu quando o autor verificou, em documentação recebida de Marco Polo Teixeira Dutra Phenee Silva (inventário de Felicíssimo de Faria Salgado), que a filha de Teodoro com o nome de Cândida havia falecido antes de 28-DEZ-1880. O autor registra este 'vai e vem' para mostrar que, muitas vezes, o pesquisador parte de hipóteses e evidências para o encontro, ou não, da verdade, acreditando, agora, que Maria Cândida da Silva poderia ser filha de Manoel Joaquim da Silva Freire, por cinco motivos: 1º) consta que a esposa de Manoel Rodrigues Pessoa pertencia à Família Silva Freire; 2º) Joaquim Higino da Silva Freire, filho de Manoel Joaquim da Silva Freire, foi padrinho de casamento de Emerenciana, filha de Maria Cândida; 3º) o sobrenome Silva era usado, na região, pelas mulheres da Família Silva Freire; 4º) o parentesco da filha Emerenciana com o esposo Joaquim de Faria Salgado, que, ao que tudo indica, era também ligado aos Silva Freires; 5º) a idade de Maria Cândida da Silva e dos prováveis irmãos; 6º) o nome de provável irmã: Francisca Cândida da Silva. A solução para a questão poderia estar em trabalho inédito de José Botelho de Ataíde a respeito da 'Família Silva Freire', referido em seu livro 'Famílias Fluminenses - Machado Botelho (de Cantagalo). A propósito, pelas publicações daquele ilustre genealogista, ele teria levantado as genealogias das seguintes famílias fluminenses: Machado Botelho (de Cantagalo), Dias Ribeiro, Vieira de Sousa, Rodrigues Franco, Gonçalves Lima, Teixeira de Carvalho, Van Erven, Correia da Rocha, Teixeira Portugal, Gonçalves de Moraes, Moraes (de Cantagalo), Silva Freire, Bogado, Dutra de Escobar (de Piraí) e Avelar e Almeida. Destas obras, somente duas foram publicadas (Machado Botelho e Dutra de Escobar) e duas foram localizadas pelo autor deste livro (Avelar e Almeida e Moraes de Cantagalo). Infelizmente, as demais obras de José Botelho de Ataíde, escritas com grande dedicação e sacrifício, desapareceram, deixando um vazio na história das famílias do Estado do Rio de Janeiro.

17- O falecimento de Maria Cândida da Silva está registrado, também, às fls. 114 do Livro de Óbitos nº 01-C do Cartório de Registro Civil de Angustura, onde é dito que: a) o óbito ocorreu às 3 horas do dia 10-JAN-1890, na Fazenda Boa Sorte; b) a falecida era branca, domiciliada e residente em Angustura, com 62 anos de idade e viúva de Manoel Rodrigues Pessoa; c) foi declarante: Teófilo Rodrigues Pessoa; d) o atestado de óbito foi firmado pelo Dr. Antônio Luís Monteiro da Silveira; e) o sepultamento foi feito no Cemitério da Vila; f) deixou os filhos: Cândida, Teófilo, Carlos, Boaventura e Joana. O inventário encontra-se guardado no Fórum de Além Paraíba (MG). Na página 84 do Livro de Óbitos nº 3 da Paróquia de Mãe de Deus de Angustura (MG) consta que o corpo de Maria Cândida da Silva Pessoa, branca, com 62 anos de idade, viúva de Manoel Rodrigues Pessoa, brasileira, foi sepultado em 11-JAN-1890 no Cemitério da Paróquia.

18- O batismo de Teodoro de Faria Salgado foi encontrado pelo autor na folha 154 do livro com o registro dos batizados realizados em Guarapiranga (MG) no período de 1757 a 1773, guardado no Arquivo Eclesiástico de Mariana (MG). Consta do referido assentamento que Teodoro era filho de André de Faria Salgado e de Maria Angélica.

19- O título de alferes consta de vários documentos e publicações a respeito de Teodoro de Faria Salgado.

20- Os nomes dos filhos de Teodoro de Faria Salgado foram extraídos das seguintes fontes: a) de apontamentos de Marco Polo Teixeira Dutra Phenee Silva extraídos do inventário (arquivado na Comarca de Campos) de Felicíssimo de Faria Salgado, que faleceu, sem filhos, em Natividade de Carangola (RJ), em torno de 1880; b) de dados levantados por Douglas Fazolatto na Relação de Habitantes de Remédios (MG) de 1819, existente no Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Mariana e publicada por João Paulo Ferreira de Assis no periódico 'Pólis 30' (edição nº 39, de abril de 2002); c) da Relação de Habitantes de São José do Paraíba (MG) em 1831, guardada no Arquivo Público Mineiro.

21- Francisca Maria da Silva talvez fosse sobrinha de Miguel Félix da Silva e de Caetano da Silva Freire, que se estabeleceram em Cantagalo (RJ), e neta de Caetano da Silva Freire e de Catarina Batista de Jesus. Assim, seria parente de Maria Cândida da Silva, esposa de Manoel Rodrigues Pessoa, o que explicaria o parentesco de 3º grau de seus descendentes Joaquim de Faria Salgado e Emerenciana Cândida da Silva.

22- Em livro que se encontra nos arquivos da Paróquia de São Sebastião do Alto (RJ) está registrado o óbito de Francisca Maria da Silva, como segue: 'Aos nove de novembro de mil oitocentos e cinqüenta e sete, foi sepultado em cemitério particular desta freguesia o cadáver da finada Francisca Maria da Silva, viúva de Teodoro de Faria Salgado, de idade de 55 anos, branca, o qual foi encomendado em missa de corpo presente, e fiz este assentamento. Pe. Francisco Alves Pereira de Castro'. A idade de Francisca não está correta, pois, nesta época, ela já teria cerca de 68 anos (conforme registrado em mapa, de 1831, com dados sobre os habitantes de Além Paraíba, Minas Gerais, guardado no Arquivo Público Mineiro).

23- Os dados sobre Antônio Rodrigues de Moraes Coutinho e sua esposa Maria Felizarda de Jesus foram extraídos do livro 'João Antônio de Moraes - 1º Barão das Duas Barras', de Judite de Moraes Veiga, e do trabalho inédito 'Genealogia Fluminense - Moraes (Originários de Cantagalo)', de José Botelho de Ataíde, em poder do Colégio Brasileiro de Genealogia.

24- Se considerada a idade contida no levantamento populacional feito em 1831 em Além Paraíba, Joana teria nascido em torno de 1782; levando-se em conta, porém, o registro de sua morte na Paróquia da Mãe de Deus de Angustura, transcrito na Nota Explicativa nº 25, ela teria nascido por volta de 1771.

25- Teor do assentamento relativo ao falecimento de Joana Joaquina do Nascimento encontrado nos arquivos paroquiais de Angustura (MG): 'D. Joana Joaquina do Nascimento. Em 11.9.1870, na Fazenda Boa Sorte, com o sacramento da extrema-unção, faleceu pelas seis horas da manhã D. Joana Joaquina do Nascimento, branca, brasileira, de idade de noventa e nove anos, viúva de Manoel Rodrigues Pessoa. Seu cadáver foi amortalhado no hábito de nossa Senhora de Monte do Carmo e depois de encomendado solenemente por mim, foi sepultado no dia seguinte por volta do meio dia no cemitério público desta Freguesia de Nossa Senhora de Madre de Deus. E para constar, faço este assentamento, que assino. Vigário Henrique de Sousa Borges Accioli'. É interessante registrar um fato ocorrido quando o autor tentava descobrir notícias sobre o óbito de sua tetravó Joana Joaquina: pesquisa nos livros de Angustura mostrou-se infrutífera, motivo por que desistiu da tarefa e dirigiu-se a Leopoldina, onde se acomodou no Hotel Ritson; notou o autor, porém, que havia esquecido em Angustura caderno com suas anotações de viagem, o que o obrigou a retornar àquele Distrito. O caderno esquecido encontrava-se no interior de um dos livros de óbitos da Paróquia e, surpreendentemente, na página onde estava registrado o falecimento de Joana Joaquina da Conceição.

26- Dados extraídos do Almanaque Laemmert de 1853 e dos livros 'Famílias Fluminenses - Machado Botelho (De Cantagalo)', de José Botelho de Ataíde, e 'Terra de Cantagalo', de Acácio Ferreira Dias.

27- Cfe. inventário de Antônio de Faria Salgado, guardado na Casa Setecentista de Mariana (MG), e registro de batismo de Teodoro de Faria Salgado.

28- Como o autor não havia conseguido descobrir o nome do pai de Francisca Maria da Silva, registrou no livro 'Encontro com os Ancestrais' o seu entendimento de que se tratava de um dos filhos de Caetano da Silva Freire e Catarina Batista de Jesus. Entretanto, descobriu posteriormente, nos registros de casamento da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, de Ouro Preto, o casamento de Francisca com Teodoro de Faria Salgado, onde consta que ela era filha de Antônio da Costa e Silva e de Rosa Ferreira de Sousa.

29- Joana Joaquina do Nascimento, citada no item 13, era irmã de Ana Isabel do Nascimento, que, segundo Wilson de Lima Bastos em seu livro 'Engenheiro Henrique Halfeld - Sua Vida, Sua Obra, Sua Descendência', casou-se em 2-OUT-1805, em Chapéu d Uvas, com José Nunes de Campos e era filha de João Afonso Rodrigues e Maria Joaquina do Nascimento.

30- O termo de juramento encontra-se transcrito na página 414 do Volume nº 6, da obra 'Autos de Devassa da Inconfidência Mineira' publicada em 1982 pela Câmara dos Deputados, em conjunto com o Governo do Estado de Minas Gerais.

31- As informações sobre Caetano da Silva Freire (o filho) foram retiradas das obras 'Terra de Cantagalo', de Acácio Ferreira Dias, 'A Mesopotâmia Fluminense', de Lécio Augusto Ramos, 'Cantagalo, da Miragem do Ouro ao Esplendor do Café', de Clélio Erthal, e 'Famílias Fluminenses - Machado Botelho (De Cantagalo)', de J. B. de Ataíde.

32- No Arquivo Distrital de Braga, Portugal, o autor encontrou, no Livro Misto nº 2, Fls. 42-v, de Registro de Batizados da Freguesia de Santa Maria do Telhado, Concelho de Vila Nova do Famalicão, o seguinte assentamento: 'Aos seis dias do mês de julho do ano de mil e seiscentos e noventa e oito, batizei a Antônio, filho de Domingas de Sousa, solteira, do lugar de Pedregal, o qual nasceu aos quatro do mesmo mês e ano. Foram padrinhos Antônio Álvares, do lugar de Letira (?), e Ana, solteira, filha de Pedro João do Pedregal, todos desta Freguesia. O sacerdote Pedro Domingos da Silva'.

33- O ator, ao ler o livro 'Arquidiocese de Mariana - Subsídios para a sua História', do Cônego Raimundo Trindade, verificou, à página 136 daquela bela obra, que um homônimo de seu antepassado Antônio de Faria Salgado, de Guarapiranga, foi ordenado em Mariana, pelo Frei Manoel da Cruz, em 29-SET-1760. Dirigiu-se, então, a Mariana, onde, com o apoio do Padre Flávio Carneiro Rodrigues, que era responsável pelo Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, teve a oportunidade de consultar o processo 'De Genere et Moribus' do Padre Antônio e descobrir, ali, a sua ascendência até Sebastião de Faria Salgado, citado por Felgueiras Gaio no Título 'Farias' de seu 'Nobiliário de Famílias de Portugal', bem como comprovar o fato de que o sacerdote era filho do Antônio de Faria Salgado que veio para o Brasil no início do Século XVIII, nascido em Santa Maria do Telhado em 1698.

34- Data de 1375 a Lei de Sesmaria, posteriormente incorporada às Ordenações Afonsinas e conservada nas Ordenações Manuelinas (1521), Filipinas (1603) e na recompilação ordenada por D. João IV. O Regimento de Tomé de Sousa, de 17-DEZ-1548, cuidou das sesmarias tendo em vista o meio colonial. As cartas de sesmarias eram doações de terras feitas em troca de obrigação do donatário de aproveitamento da nova propriedade e o pagamento de dízimo à Ordem de Cristo. Em um momento em que a questão fundiária é tão discutida, o autor julga interessante a transcrição, aqui, do texto da carta de sesmaria concedida a Antônio de Faria Salgado em 1753, constante da página 641 da Revista do Arquivo Público Mineiro (Ano XX - 1924): 'José Antônio Freire de Andrada, Tenente-Coronel da Cavalaria e Governador Interino das Capitanias do Rio de Janeiro, Minas Gerais, etc., faço saber aos que esta minha Carta de Sesmaria virem, que tendo respeito a me representar por sua petição Antônio de Faria Salgado, que ele era senhor e possuidor de um sítio na Freguesia de Guarapiranga, Termo da Cidade de Mariana, na paragem chamada Pirapetinga, cujo sítio confrontava da parte de cima com José Gonçalves Viana, e da debaixo com Domingos Rodrigues da Cunha, e da outra com Antônio Pereira de Sousa, e porque queria viver com sossego e sem perturbação de pessoa alguma como também possuir o dito sítio com melhor título, me pedia por fim e conclusão de sua petição lhe mandasse passar Carta de Sesmaria de meia légua de terra em quadra e que esta fizesse pião onde mais conveniente fosse na forma das Ordens de Sua Majestade, ao que atendendo eu e ao que responderam os oficiais da Câmara da Cidade de Mariana e os Digníssimos Provedor da Fazenda Real e Procurador da Coroa e Fazenda desta Capitania, a quem ouvi de lhes não oferecer dúvida na concessão desta Sesmaria, por não encontrarem inconveniente que a proibisse, pela faculdade que Sua Majestade me permite nas suas Reais Ordens, e ultimamente na de treze de abril de 1738 para conceder Sesmarias das terras desta Capitania aos moradores dela que me as pedirem: Hei por bem fazer mercê como por esta faço de conceder em nome de Sua Majestade ao digno Antônio de Faria Salgado por Sesmaria meia légua de terra em quadra que compreenderá o seu sítio de que está de posse sito na referida paragem, e dentro das mais confrontações acima mencionadas fazendo pião aonde pertencer com declaração porém que será obrigado dentro de um ano, que se contará da data desta, a demarcá-la judicialmente sendo para esse efeito notificados os vizinhos com quem partir para alegarem o que for a bem de sua justiça e ele o será também a povoar, e cultivar a dita meia légua de terra ou parte dela dentro de dois anos, a qual não compreenderá ambas as margens de algum rio navegável, porque neste caso ficará livre de uma delas o espaço de meia légua para o uso público, reservando os sítios dos vizinhos, com quem partir a referida meia légua de terra, suas vertentes e logradouros, sem que eles com este pretexto se queiram apropriar de demasiadas, em prejuízo desta mercê que faço ao Suplicante, o qual não impedirá a repartição dos descobrimentos de terras minerais que no tal sítio hajam ou possa haver, sem os Caminhos, serventias públicas que nele houver, e pelo tempo adiante pareça conveniente abrir, para melhor comodidade do bem comum, e possuirá a dita meia légua de terra com condição de nela não sucederem religiões por título algum, e acontecendo possuí-la será com o encargo de pagarem dela dízimos como quaisquer seculares, e será outrossim obrigado a mandar requerer a Sua Majestade, pelo seu Conselho ultramarino confirmação desta Carta de Sesmaria dentro de quatro anos, que correrão da data desta a qual lhe concedo salvo o direito régio e prejuízo de terceiro, e faltando ao referido não terá vigor e se julgará por devoluta a dita meia légua de terra dando-se a quem a denunciar tudo na forma das ordens do dito Senhor. Pelo que mando ao Ministro a que tocar, dê posse ao Suplicante da referida meia légua de terra em quadra, compreendendo nela o seu Sítio de que está de posse feita primeiro a demarcação e notificação como nesta ordeno, de que se fará termo no Livro a que pertencer, e assento nas costas desta, para a todo o tempo constar o referido na forma do regimento, e por firmeza de tudo lhe mandei passar esta Carta de Sesmaria por duas vias por mim assinada e selada com o selo de minhas armas que se cumprirá inteiramente como nela se contém, registrando-se nos Livros da Secretaria deste Governo e onde mais tocar. Dada em Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto aos treze de setembro do ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1753. O Secretário José Cardoso Peleja a fez escrever. José Antônio Freire de Andrada'.

35- Teor do registro do falecimento de Bernardo de Faria Salgado (ou Bernardo da Rocha), constante do Livro de Óbitos nº 1, Fls. 1-v, da Freguesia do Vale de São Cosme e São Damião, Concelho de Vila Nova do Famalicão:
'Bernardo da Rocha, solteiro, do lugar de ...... desta Freguesia faleceu com todos os sacramentos aos dezessete do mês de janeiro do ano de mil e setecentos e cinqüenta com a mortalha do hábito de São Francisco. Foi sepultado no dia seguinte na Capela do Senhor desta Freguesia. Fez testamento inscrito em que deixou a seu irmão Antônio de Faria por seu herdeiro e testamenteiro e que seu corpo fosse amortalhado em hábito de São Bernardo havendo comodidade deve ir buscar que fosse acompanhado para a sepultura por vinte padres a cada um dos quais se daria um tostão de esmola, e que não podendo fazer-lhe ofício do corpo presente, se lhe faria no primeiro dia desimpedido o primeiro ofício de vinte padres a cada um dos quais se daria de esmola duzentos réis e que nos dois dias seguintes se lhe fariam dois ofícios de dez padres, cada um a quem se daria a esmola costumada na Freguesia e que seu herdeiro e testamenteiro lhe mandaria logo dizer aonde lhe parecesse trinta mil réis de missas cada uma de esmola de tostão. Como tudo melhor constava do mesmo testamento a que me reporto e para constar fiz este assento. O Cura Pe. Bento Ferraz'. Apesar de não ter casado com Domingas de Sousa, foi, segundo o processo 'De Genere et De Moribus' de seu neto ordenado em Mariana (v. Nota Explicativa nº 33), pai de Antônio de Faria Salgado, que veio para o Brasil.

36- Registro do batismo de Domingas de Sousa, contido no Livro Misto nº 2, Fls. 5 - verso, da Freguesia de Santa Maria do Telhado, Concelho de Vila Nova do Famalicão: 'Domingas - Filha de Antônio de Sousa e de sua mulher Catarina Antônia. Batizei aos dez de fevereiro de mil seiscentos e setenta e cinco. Foram padrinhos Belquior Fernandes, de Cosme do Vale, e Domingas, solteira do lugar de São Martinho do Vale. Abade João da M. Alves'.

37- Os dados sobre Sebastião de Faria Salgado e seus ascendentes foram extraídos dos processos 'De Genere' de seu filho Jerônimo de Faria Salgado (de 16-JUN-1706) e do neto José Antônio de Faria (de 25-AGO-1755), que se encontram guardados no Arquivo Distrital de Braga, e de seu bisneto Antônio de Faria Salgado, existente do Arquivo Arquidiocesano de Mariana, bem como do Título Farias do livro 'Nobiliário de Famílias de Portugal', de Felgueiras Gaio.
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