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Ensaios-->Bolsas de Valores ou, a História escrita para trás... -- 28/11/2002 - 19:58 (Ricardo Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bolsas de Valores ou, a História escrita para trás...

Ricardo Oliveira 14/09/98

Aconteceu assim:

“0 público reagia como uma só vontade. Quando se espalhava a notícia de que Gould ou Rockefeller estavam comprando ações de estradas de ferro, de minas de cobre ou de acerias, o público corria para essas ações, na esperança do ganhar também alguma coisa.
0 fato de que esse ganho era raro não diminuía a confiança do povo, e essa fé tornou possível uma verdadeira escamoteação financeira.
Um dos exemplos clássicos é a compra da Anaconda Copper Company por Henry Rogers e William Rockefeller sem o gasto de um único dólar.

Foi assim o negócio :

1. Rogers e Rockefeller deram um cheque de 39 milhões de dólares a Marcus Daly pelas propriedades de Anaconda, com a condição de que o cheque seria depositado no National City Bank, intocado, durante certo período.

2. Em seguida, estabeleceram uma organização que existia apenas no papel, conhecida como Amalgamated Copper Company, com funcionários seus como pseudodiretores, e fizeram a Amalgamated comprar a Anaconda - não a dinheiro, mas com 75 milhões em ações da Amalgamated, impressas com essa finalidade.

3. Rogers e Rockefeller retiraram do National City Bank um empréstimo de 39 milhões para cobrir o cheque que haviam dado a Marcus Daly, e, como garantia dessa dívida, deram 75 milhões de ações da Amalgamated.

4. Venderam, em seguida, as ações da Amalgamated no mercado (através de seus corretores), por 75 milhões.

5. Com o dinheiro assim levantado, pagaram os 39 milhões de empréstimo do Nacional City Bank e embolsaram 36 milhões de lucro no negócio.

É claro que essa competição desenfreada se fazia com desonestidade surpreendente. .....”
(Heilbroner, R.L.,INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DAS IDÉIAS ECONÔMICAS, ZAHAR EDITORES, 4ª edição, 1974, pag. 192, Rio de Janeiro.)

Segundo o livro citado, estes fatos ocorriam há um século atrás, ( “Em 1881, quando uma grande ventania derrubou as linhas telegráficas em Nova York, Jay Gould...” idem, pag. 191 ).... e, não menos por aqui, no Brasil, em São Paulo, assistíamos a um discurso que guardava relação crítica, não só com estes idos tempos, mas com uma surpreendente previsão de nossa época atual.

Não ficamos presos numa “dobra de tempo” de ficção científica, mas, isto sim, dobramo-nos ao atendimento de uma vaidade imperial por governantes sem compromissos quer com seus eleitores, quer com a nação que dizem representar....

“Promettendo grandes reformas que nunca apparecem, e digamos de passagem, que muitas dellas nunca hão de apparecer, está hoje empunhando o septro do mando um outro partido visionario, procurando alliar, cumulo do impossivel, a monarchia soberana, com a soberania da nação!

Para este tambem ella é legitima.

Apresenta como sua conquista, a eleição directa, que aristocratisou o voto, e que alias era patrimonio de todos os partidos; e vem nos dizer que as grandes reformas altamente reclamadas pelo paiz serão feitas, esquecendo-se que uma Carta constitucional que dá ao monarcha, inviolavel e sagrado, a chave, de todos os poderes, colloca a sua vontade superior a da nação!

Subindo ao poder, o partido liberal não levou comsigo o direito de demorar-se depois de cumprido aquillo para que tinha sido chamado.”

(Francisco de Campos Andrade Junior, estudante do Segundo Anno da Academia de São Paulo, em 20 de agosto de 1881 - DISCURSO - mantido o texto no original em - REVISTA VIRTUAL

A composição do registro da História das Idéias Econômicas com o Discurso proferido por este brasileiro que já desmascarava, àquela época, a fraude constitucional, deve nos servir de alerta... Assistimos, como tetraplégicos virtuais, sermos roubados, fraudados, enganados e idiotizados por pseudos estadistas e por informações eivadas devícios.

Mentem para nós e rimos de nossa sorte.
Poderiam, pelo menos, nos advertirem com um cartaz... “SORRIA.... VOCÊ ESTÁ SENDO ROUBADO”

Ainda nos dizem que, se mudarmos... será pior.

Será possível que nos apliquem ainda mais esta...

O resultado da eleição determinará quem estará “empunhando o septro do mando”.
O imperador atual, mantenedor de seus privilégios ou, um outro, disposto a transformações e mudanças.

A falta de legitimidade da representação do eleitor, a fraude, o instituto da reeleição, a mentira lavada e deslavada, a dívida pública inconfessável, o nepotismo, a desproporcionalidade na representação eleitoral na Câmara dos Deputados e no Senado, nos trazem aos nossos dias e a nossa realidade.

E, o que temos, de REAL.

1. Uma moeda que representa, não um valor para a sociedade mas, a vaidade de um Presidente.

2. Um juros que representa hoje, um valor agregado superior a dez, quinze ou vinte vezes o valor nominal da inflação. ( imagine a inflação hoje a 0,8% ao mês e juros a 14 %... se tivéssemos uma inflação a 80 % ao mês - como já aconteceu - os juros, proporcionalmente, estariam a 1.400 % .... ABSURDO DOS ABSURDOS ...)

3. Um governo que vende o patrimônio público para comprar apoio de especuladores internacionais...
( alguns capitais, até que não são de especulação mas, não é com estes que ele faz negócios...)

4. Uma eleição viciada na origem, pelas suas próprias regras... Que, se diz ganha, por institutos particulares de pesquisa... não pela falta de oposição mas, isto sim, pelo impedimento a que a oposição se manifeste e pelo favorecimento àqueles que construíram, para si, seus castelos com a completa vassalagem, já incluída, a seu serviço.

Bem, não é uma questão de Fé aceitar estes fatos em nossa sociedade doente e, mantida assim, pelos governantes e representantes já viciados em desmandos e desatinos sociais...

Eles riem de nós.... enquanto nós, roubados em nosso patrimônio e em nossas vidas, estamos sorrindo...

O que nos salva é que um ESTADO é fruto de Idéias e de Ideais e, um ESTADO, podemos transformar e/ou construir num único dia.

Quer estando lá ou, parando de sorrir... para quem nos trata como idiotas.
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