Usina de Letras
Usina de Letras
173 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62187 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50587)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->TOLINHO & BESTINHA VIII -- 09/11/2002 - 11:33 (LUIZ ALBERTO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando Bestinha emputecido prestou depoimento arrepiado

- Êpa, eu tumém tô puto, injuriado, amuado, murdido do pôico, puraqui, maió gogó cum esse cominheiro folgado, sigurando na beira du limite, destabocado di jeito ficá pronto prá arriar o sarrafo nesse desinfeliz de modo dispranaviado, sem sabê onde pode s´acabá esse desmantelo! Si tô, ora. Tô tão afogueado de tocá n´mim fica tudo queimado. Si fica, ó. Vô pegá-lo na premera esquina, si vô. Ispremê-lo na algibera di ficá destamaínho! Num adianta s´iscondê in cafua doutro mundo, acho-lo no oco das bandas de longe e mostro-lo quem é qui é o tal. Ôxe, vai si lascá comigo mei metro de inferno adentro de cangalha pru ar! Tô pronto pro maió chabuco e num tem reza forte qui dê jeito! Nem mermo o santo padim pade Ciço descendo aqui sarva a alma dessa desgraceira o cavernoso. Vai si fodê, ora! Vai s-e f-o-d-êêê, comigo! Ou eu num sô eu! Vô isculhambar esse iscritô de bosta que fica inventando merda prá banda da gente. Maió lero, sem-mais-que-nem-prá-que, patati, patatá, raposeiro, disonrando a morá suada c´a gente conquistô, meu! Ôxe, tais pensano quê? Tais penso mermo o quê? Tataritaritatá! Mexeu cumigo, tem treta! Sô bom, maisi cum golpe baixo viro capiroto! Dô extrovengada a três pro quatro e só mi aquieto adispois de vê tudo desarranjado. Dou fé! Sô macho indo e vortando. Num levo desafôro prá casa di jeito nenhum. Num abro nem dibaixo d´água! Nem prum trem! Quanto mais, ó. Buliu cumigo, já viu! Sô chato e meu tuim ajuda. Quano tô injicado, pelejo, sorto os bicho, disincoivo a corage, fico amulestado e só páro quano deixo um estirado. É. Cumigo é assim. Boca falô, cu pagô. E si caçoá de mim, rá, dô retorno do sujeitim vê fúria enviesada de guerra braba! Pió qui saculejo de bombardeio. Brinqui! Brinqui e vai ver o rebuliço na casa da peste. Mai teco! Macacada, ora. Destá! Ora, um cavernoso desse tirano onda prá minha banda! Tolinho tá certo! A gente é qui tem qui tomá conta dessa porcaria de istóra, contando as nossa verdades mais quilara e num deixando esse mequetrefe-duma-figa ficá cum invencionice mais sem pé nem cabeça. Tramóia pura! Coisa de enredeiro, de viado candinha. Hum! Vai sentá num balaio de rôla, pirôbo! Vai dá teu cu nouta horta, fresco-da-gaia-mole! Vai si lascá cumigo. Ora, si vai. Vô me amoitá e só quero vê esse fuleiro vim cum pantim prá minha banda, arrenego e toco fogo, dêxo só o brasêro tostando. Venha prá vê o circo pegá fogo, venha! Venha vê o peso da munheca, safado! Cê vai vê só o desacerto du muque, chegue. Cadê? Fica aí cheio de cunversa mole e se acorvadando prá briga. Chegue! Chegue! Venha vê cum quanto pau se faizi uma canoa, chegue! Dô-li um murro no pau da venta do sangue ispirrá. Tá brincano, meu. Eu sô homi, sou homi e honro as calça qui visto! Venha prá cá! Agora, uns cabra safado desse fica alcagüetano a gente, porra. S´eu mi incruzá com ele, vai ter barraco, aviso logo. Vai, mai si vai! Quero vê ele me dizê na lata o qui diz qui diz, quero vê? Sorto-li um cagaiaço no mei das fuças de ficar zanôio pru resto da vida. Venha qui quero quebrá seus dente, cabra safado! Feladaputa! Guenzo, fi´o duma coiteira quenga! Fi´di-côrno! Tramoiento! Tais pensano o quê? Qui sô frouxo, é? Qui sou maloquêro da sua laia, é? Hum, brinqui. Brinqui qui cê vai vê o intêrro vortano prá sua banda, côrno! Ôxe, pode um negóço desse? E tem mai: eu mermo, num sou Bestinha de nada, tenho tino certo, penso indireitado, saculejo as dúvida e num deixo passá nada sem a prova dos nove. Cumigo é tudo preto no branco. Agora, esse tarzinho qui fica dizendo disso e daquilo da gente, merece c´a gente bote ele no canto dele, iscuiambá-lo mostrando quem é esse cabuloso enredêro qui eu e quaiqué um pode se certificá. Ôxe, bota a gente na maió encurralada da gente ficá no maió sinuca de bico, cara, pode? Pode um negóço desse? Enredando qui só, pode? Espie, tô cum Tolinho e não abro um só centímeto de nada, ôxe! Aviso logo: num sô cofre prá guardá segredo! Si eu disimbucho o que sei, ele tá frito! Fica impiorado mai qui político nas época de inleição! Disculhambo mermo. Ele sabe, mexeu comigo, empena tudo! Num fica pedra sobre pedra.
- Quis brabeza é essa, homi? - indagou Tolinho
- É o mermo injuriamento qui cê tá com esse... esse... farta até nome ruim prá inclassificar esse boateiro-feladaputa! - revidou indignado, Bestinha.
- Tô de quengo inchado tumém. Maisi.... e s´a gente s´ajuntá prá fazê essa milonga do jeito c´a gente qué?
- Cuma é?
- Ara, a gente mostrá pro povo o qui a gente é, assim, preto no branco?
- Tais doido, tais?
- Intenda, rapazi, a gente milhorá a image da gente com os outros...
- Cuma assim?
- Ôxe, o qui dé na telha!
- Num intendi!
- Tu, tamém, hem? Eita besta quadrada da gota!
- Ora?
- A gente chega, conta do jeito da gente, a gente sai qui só artista de cinema, tudo elogiado, tudo qui num queime nosso filme, esquece as seboseira e fala só das coisa boa...
- Peraí, entonsi...
- Isso mermo...
- Entonsi....
- Entonsi o quê?
- Entonsi, noisis faiz...
- Ih, dessa cachola num sai nada qui preste! Você é retardado ou o quê?
- Peraí, disgraçado, dêxa eu vê.... hum....
- Num s´isquente prá gaia num derretê seu juízo, viu?
- Ora...
- Ora o quê, vamo s´imbora qui Boca-de-frô tá s´arrumando prá gente pintá e bordá poraí. Tem um festêro certo que´le tá mi chamando prá ir e tu vai cumigo. Quem cunvida um, cunvida um muntão. Entonsi, lá a gente faiz a maió maruage e depois a gente se limpa.
- É mió, é mió a gente s´intendê cum Boca-de-frô, antes qui entre mai ôtro quaiqué nessa briga. Mai, ói, s´eu incontrá esse desgraçado por aí, num respondo por mim, num respondo por mim.
- Calma, num dêxa esquentá a bunda qui o negóço dá na viadage.
- Êpa!
- Tõ ti avisando, tô ti avisando!!!
- Vamo.
- Bora.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui