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Ensaios-->Drummond, o poeta e o mundo -- 01/11/2002 - 00:22 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DRUMMOND, O POETA E O MUNDO


Francisco Miguel de Moura*



Estou comprometido para sempre
eu que moro e demoro há tantos anos
o Grande Hotel do Mundo sem memória.”
CDA





Para nós, brasileiros e leitores, Carlos Drummond de Andrade é o mundo, sua poesia é plural, abarca o mundo e, conquanto não nos esclareça seus mistérios, nos eleva a outros páramos. Quem viveu o mesmo tempo que o poeta de Itabira (e como ele, também desviveu), não pode a esse tempo ficar impune, a esse poeta ficar indiferente. Todos nós fomos, de uma forma ou de outra, por ele influenciados. Esta é a marca dos grandes poetas. Ele deveria ter ganhado o Prêmio Nobel de Literatura para o Brasil.
O Grande Hotel do Mundo de seu poema “A Um Hotel em Demolição”, que é pouco citado por poucos, pouco analisado pelos professores de literatura e pelos críticos, se constitui numa das mais contundentes imagens metafóricas da chamada poesia social. Parece-me muito significativa na obra de CDA. Como gosto das coisas virgens, das coisas não ditas, não exploradas, escolhi de propósito esse poema como fulcro do nosso trabalho.
Peço, porém, um pequeno espaço antes, um parêntese. Começar com o seu “sentimento do mundo” que nomeia o terceiro livro de poemas, poesia pessimista, individualíssima, é, me parece, uma obrigação. Pelo seu efeito multiplicador de atenção. E porque ele nos levaria também ao “Congresso Internacional do Medo”, outra imagem das mais contundentes de CDA, e bastante conhecida e explorada, em cujo momento o poeta avisa:

“Provisoriamente não cantaremos o amor”

pois precisamos cantar (e ):

“Cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas”;

Que se dirá, então, de “Os Mortos de Sobrecasaca”, quando cria o “imortal soluço de vida”?

“Havia a um canto da sala um álbum de fotografias intoleráveis...”

“Um verme principiou a roer as sobrecasacas indiferentes
e roeu as páginas, as dedicatórias e mesmo a poeira dos retratos.
Só não roeu o imortal soluço de vida que rebentava
rebentava daquelas páginas.”

Esse “soluço de vida” fez de sua poesia uma crítica constante, uma crítica criativa porém muitas vezes amarga, embora com um certo e profundo humanismo dentro do seu humor – marca dos grandes artistas. Daí os inúmeros epigramas que povoam seus livros, embora poucos tragam tal indicação. Por exemplo, em Lições de Coisas (1959-1962): “Terras”, “Fazenda”, “O Muladeiro”, “O Sátiro”, “A Santa” e “Vermelho”, partes integrantes do poema “Memória”.
Porque são pequenos, vamos reproduzir alguns para lembrar que outros poetas contemporâneos abusaram e continuam abusando da fórmula que Drummond criou (?) há muitos anos. Talvez nem a tenha inventado. A vantagem é que ele teve a consciência de não repeti-la. Seria fácil, porém mandaria sua capacidade inventiva para as “cucuias”. De antenas sempre ligadas, a eficiência poética drummondiana é imensurável. Vamos às transcrições já anunciadas:
“O Sátiro”:
“Hildebrando insaciável comedor de galinha.
Não as comia propriamente – à mesa.
Possuía-as como se possuem
e se matam mulheres.

Era mansueto e escrevente de cartório.”

“O Muladeiro”:


“José Catumbi
estava sempre chegando
da Mata.
O cheiro de tropa
crescia pelas botas acima.
O chapéu tocava o teto
da infância.
As cartas traziam
cordiais saudações.

José Catumbi
estava sempre partindo
no mapa da poeira.
Almoçava ruidoso,
os bigodes somavam-se de macarrão.
As bexigas
não sabiam sorrir.
As esporas tiniam
cordiais saudações.”

“A Santa”:

“Sem nariz e fazia milagres.

Levávamos alimentos, esmolas
deixávamos tudo na porta
mirávamos
petrificados.

Por que Deus é horrendo em seu amor?”

“Vermelho”

“O frango degolado
e sua queixa rouca,
a rosa no ladrilho
hidráulico, formando-se,
o gosto ruim na boca
e uma trova mineira
abafando o escarlate
esvoaçar de penugem
saudosa de ser branca.
Pinga sangue na xícara:
a morte cozinheira.”


“Fazenda”:

“Vejo o Retiro: suspiro
no vale fundo.
Retiro ficava longe
do oceanomundo.
Ninguém sabia da Rússia
com sua foice.
A morte escolhia a forma
breve de um coice.
Mulher, abundavam negras
socando milho.
Rês morta, urubus rasantes
logo em concílio.
O amor das éguas rinchava
no azul do pasto.
E criação e gente, em liga,
tudo era casto.”

Na cidade, as virtudes fogem de casa para os hotéis, motéis, periferia. Porque o homem se desliga da natureza. Num livro que deixou escrito mas não publicado, “O Amor Natural” (1992), Carlos Drummond de Andrade aborda muito bem a poesia obscena, podemos dizer erótica, mas não chega ao pornográfico. Um grupo de 39 poemas que fariam parte dessa obra foi entregue pelo Autor a uma professora universitária, Lúcia Pazo Ferreira, que, pretendendo escrever uma tese sobre o assunto, o fez e apresentou na UFRJ, onde conclui por um fundo místico no erotismo de Drummond e defende que o poeta se afastara da crua pornografia. Seria ingenuidade se assim não tivesse feito. Em defesa desse princípio, apontem-se algumas epígrafes de outros ilustres poetas do passado, o tom solene dos poemas (alguns bem lúdicos), uma espécie de reverência à revolução sexual aqui processada nos anos 70 (século XX), além de outras afirmativas. Drummond foi corajoso cedendo aqueles textos à mestra, sabendo como sabia que Bocage, Gregório de Matos, Bernardo Guimarães e outros tantos, de cá e de lá de Portugal, foram censurados por levarem o erotismo para a literatura. Mas não chegou à ousadia de publicar o livro perturbador, que sai apenas depois de sua morte, por iniciativa de membro familiar que o guardava e o aprovava. Uma poesia eficiente, bem humorada, jogando habilidosamente com palavras como “bunda”, “vulva” “pênis”, “nádegas”, “vagina”, “ânus”, tudo num tom muito clássico, favorecendo, assim, o amor e a beleza.
Mas deixemos a análise de “O Amor Natural” para ocasião mais propícia e voltemo-nos logo ao poema citado no início e ao tema que nos move nesta oportunidade. A eficácia da lírica (e diria também da epopéia) de Drummond desponta a cada passo da mais leve análise que se fizer, seja sobre poemas curtos ou longos, seja elegendo as sátiras ou os cantos amorosos. São exemplares: a) no primeiro poema há pouco recitado, o verso “e se matam as mulheres”, puxando-o do assunto banal, cômico, para o lado sério, trágico da vida; b) no segundo, os versos “o chapéu tocava / o teto da infância”, tirada lírica de mestre, dentro da banalidade em que ressalta o cômico do personagem e forma então a bela imagem de transposição do tempo. Teríamos muito que nos estender na explicitação dos itens criatividade, excentricidade e novidade da poética drummondiana, acrescentando o espanto que gera cada nova leitura. Drummond é indiscutivelmente um poeta sério e um poeta novo. É fonte inesgotável.
Na análise sobre o poema do hotel em demolição, achamos estranha, bem estranha sua forma. Em matéria de estrofação, por exemplo, é bastante irregular. Há estrofes de 2, 5, 6, 27 e até de 57 versos. Mais à frente encontramos um trecho em prosa – três parágrafos em português e outro misto de espanhol/inglês – completando a estranheza que certamente vai causar ao leitor desavisado, além do soneto, no final, para mostrar que a fachada (a entrada ou saída?), fica sempre bem arrumadinha. Considero-o um poema épico, se se pode construir um épico modernamente. Está no livro “A Vida Passada a Limpo” (1954-1958), de indispensável leitura:

“Como escorre
escada serra abaixo a lesma
das memórias
de duzentos mil corpos que abrigaste
ficha ficha ficha ficha ficha
fichchchchch
O 137 está chamando
depressa que o homem vai morrer
é aspirina? padre que ele quer?
Não, se ele mesmo é padre e está rezando
por conta dos pecados deste hotel
e de quaisquer hotéis pelo caminho
que passa de um a outro homem, que em nenhum
ponto tem princípio ou desemboque;
e é apenas caminho e sempre sempre
se povoa de gestos e partidas
e chegadas e fugas e quilômetros.
Ele reza ele morre e solitária
uma torneira
pinga
e o chuveiro
chuvilha
e a chama
azul do gás silva no banho
sobre o Largo da Carioca em flor ao sol.

(Entre tapumes não te vejo
roto desventrado poluído
imagino-te ileso
emergindo dos sambas dos dobrados da polícia militar, do coro ulu-
lante de torcedores do campeo-
nato mundial de rádio
a todos oferecendo,Hotel Avenida,
uma palma de cor nunca esbatida.)

A transcrição recai justo sobre o trecho que me parece mais ilustrativo. O hotel é o local especial em que se tem o privado e o público, num mesmo plano e ao mesmo tempo. É que ali se atropelam todos os dramas do mundo, mais os dramas particulares, todas tragicomédias ou tragédias simplesmente geradas pela cidade e pelo cidadão. Um hotel em demolição é o desaparecimento de tudo aquilo, e mais, a satisfação de ter vivido junto com semelhantes tão dessemelhantes, representando portanto o universo, um universo – no caso – em demolição. E, como poeta que registra as emoções, está no fogo cruzado do mundo. Poeta e mundo fundidos. E confundidos. Uma prova são os versos das estrofes seguintes:

“Eras o tempo e presidias
ao febril reconhecimento de dedos
amor sem pouso certo na cidade
à trama dos vigaristas, à esperança
dos empregos, à ferrugem dos governos
à vida nacional em termos de indivíduo
e a movimentos de massa que vinham espumar
sob a arcada conventual de teus bondes.”

Ou a definição:

“Todo hotel é fluir.”

Ou o soneto final:

“Já te lembrei bastante sem que amasse
uma pedra sequer de tuas pedras
mas teu nome – A V E N I D A – caminhava
à frente de meu verso e era mais amplo

e mais formas continha que teus cômodos
(o tempo os degraus e a morte os salva),
e onde abate o alicerce ou foge o instante
estou comprometido para sempre.

Estou comprometido para sempre
eu que moro e desmoro há tantos anos
o Grande Hotel do Mundo sem gerência

em que nada existindo de concreto
– avenida, avenida – tenazmente
de mim mesmo sou hóspede secreto.”

Depois desta leitura, resta comentar e esmiuçar as invenções de palavras, os ritmos diversos como ecos, rimas e arritmias, repetições, etc. etc. É uma espécie de poema concreto, objetivo e, ao mesmo tempo, portador daquela ânsia ou angústia do infinito, do indizível, do que não se consegue pegar. Reúne a fotografia sentimental de uma cidade à comunidade da alma humana na sua eterna solidão, reúne a humanidade que mostra o que não é e esconde o que poderia ser, ao homem que peca, sonha, sofre, mente, zomba, goza, vive. E morre, mas deixa sua poesia, sua lembrança, sua imagem no que fez, pensou, sentiu e sonhou.
Outro aspecto que é preciso investigar na poesia de Drummond é justamente o fato de ainda não sabermos porque ela se tornou a referência de toda a poesia brasileira. Com se faz um poeta forte? Os poetas fortes são os que influenciam. Será que os poetas fortes tiveram influência de alguém que desconhecemos?
Sobre o assunto escrevi, noutra oportunidade, um artigo em que comentei que os escritores de modo geral, e não somente os poetas, sentem ou sentiram algum dia a angústia da influência. Atrás do escritor de hoje está toda a literatura do passado, desde que a história é história. É um peso muito grande a carregar. Era muito mais fácil ser escritor antigamente. A primeira coisa que baixa é a angústia de não encontrar, 'no molambo da língua paralítica', como diria o poeta Augusto dos Anjos, a necessária e correta palavra ou frase portadora de sua emoção, de tal forma que vá fielmente cair no coração dos leitores.
Há alguns anos apareceu um livro e uma tese do crítico inglês Haroldo Bloom, com o título de 'A Angústia da Influência - Uma Teoria da Poesia'. Á primeira vista, achei a obra difícil, maçante, e pensei até que fosse mais uma bossa intelectual que um tratado sério da influência poética. Enganava-me. Lendo um poema de Marly de Oliveira, uma das mais lídimas representantes da poética de 1945, logo nos primeiros versos senti um sabor ao mesmo tempo doce e acre da influência de Drummond. A poesia começa assim:

'Não ficarão as coisas findas
senão na imaginação
ou na lembrança que a vida
pouco a pouco modifica.'

O poema de Drummond que me veio à lembrança, imediatamente, foi aquele:

'As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão'.

As “coisas findas” ficaram sublinhadas, agarradas, gritando na minha mente. Drummond de Andrade é um poeta imenso. Seria um pecado não ter lido CDA, sendo um poeta ou leitor brasileiro, contemporâneo. Mesmo não o tendo lido, não significa que não tenha o dever moral (talvez seja melhor dizer ético e também estético) de lê-lo e assimilá-lo.
Só então comecei a dar razão a Harold Bloom. Ele diz, bem no inicio de sua teoria, que “os poetas fortes fazem a história deslendo-se uns aos outros, de maneira a abrir um espaço próprio à fabulação”.
Sabemos muito bem que o que diz Marly de Oliveira não é o mesmo que disse Drummond. Entretanto, nós que cuidamos da forma, não podemos descurar dessas nuanças e minúcias. A fonte de Marly foi Drummond e não o contrário. Se temos que considerar um maior e outro menor poeta, é nessa ordem que os temos aqui.
Na busca do poema de Drummond, senti que ele 'desleu” muitos outros poetas nossos e certamente também estrangeiros. Precisaria pesquisar suas leituras, suas influências, se tivesse que fazer um trabalho profundo sobre sua poética. Seguindo a teoria de Bloom, o que colocamos aqui foi apenas uma indicação de que Drummond não tem precursor, pelo menos nosso conhecido até agora.
Já no miolo da sua explicitação teórica, Harold Bloom sai com esta forte argumentação, complementar: 'Os poetas, à medida que se tornam fortes, não lêem mais a poesia de X, porque os poetas realmente fortes só são capazes de se ler a si mesmos.'
Se isto não tivesse saído da pena de um critico da altura de Haroldo Bloom, talvez fosse um escândalo. Antes de ler o crítico Harold Bloom, eu já havia dito e escrito conceito semelhante. Haroldo Bloom e a crítica de modo geral, pelo menos nos seus princípios, não têm nada de original. A crítica em si mesma é uma atividade intelectual, que revolve e debate idéias. E as idéias estão no ar, qualquer pessoa pode pegá-las e subscrevê-las, transformá-las para melhor ou pior. O filósofo inventa a teoria. Mas o crítico critica a obra e a teoria. O resultado melhor da crítica é sua parte prática, é o que fica: a indicação dos melhores autores, das melhores obras, o julgamento, em forma de artigos, ensaios, livros, em bom estilo. Quem possui um estilo é escritor, seja criador de obra poética, de ficção ou de crítica.
Certamente Drummond permanecerá como um dos nossos ícones poéticos, ao lado de Fernando Pessoa e de mais alguns. “Nossos” aí significa da língua portuguesa e, portanto, do mundo. Não direi que teve a repercussão internacional que merece. Mas um dia terá. Um dia – quando o Brasil for uma das maiores nações em leitores, literatos, mestres e doutores, e nos tornamos um país exportador de cultura.
Finalizando, coloco alguns pequenos dados biográficos que possam ajudar a situar nossa conversa e o objeto dela. Cabe aqui a transcrição de um depoimento importante, recente, de quem escreveu e publicou um livro sobre Drummond – o Prof. Edmilson Caminha. Falando ao jornal “Correio Corisco”, nº 37, de outubro do corrente ano, declara, parece-me que bastante emocionado: “A grande lição que Drummond nos deixou foi a de uma integridade, de uma honradez, de uma correção de princípios, de uma lealdade para com os amigos, sem par. Isso, para mim, é algo admirável. Eu tenho o hábito de tomar certas pessoas como modelo. Nos momentos cruciais, quando tenho que tomar alguma decisão importante, eu me pergunto: o que o Drummond faria numa hora dessas? Essas pessoas passam a servir de farol, de norte, de rumo. Uma luz a me guiar. Essa é a grande lição que o poeta me deixou.”
Não tenho esse hábito do Prof. Caminha, mas concordo que o poeta de Itabira deixou uma lição de poesia e de vida, sem esquecer que, ao contrário da maioria dos grandes poetas – Castro Alves um deles – Drummond também foi um grande prosador, limpo, correto, enxuto, chamando-nos sempre para a reflexão mais escondida, mais funda.
Drummond de Andrade nasceu no dia 31 de outubro de 1902 (Itabira do Mato Dentro – MG) e faleceu no dia 17 de agosto 1987 (Rio de Janeiro-RJ). Entre uma data e outra, muitos livros, muita matéria nos jornais, uma vida de funcionário público modesto e, em Belo Horizonte e Friburgo, um estudante bastante rebelde, chegando a ser expulso do Colégio dos Jesuítas dessa última cidade. Formou-se em Farmácia, mas não seguiu a profissão.
Mas a vida de um poeta, já disse alguém mais sábio do que eu, começa é com seu primeiro poema, seus primeiros versos, que, no caso de Drummond, se deu apenas em 1930, com “Alguma Poesia” (apenas 300 exemplares) e seu programa poético está contido no “Poema das Sete Faces”, especialmente nos versos iniciais: “Quando nasci, um anjo torto / desses que vivem na sombra / disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.”
E ele foi. E foi.






___________________________
* Francisco Miguel de Moura é membro do Conselho Estadual de Cultura, da Academia Piauiense de Letras, da UBE-PI, e escritor consagrado, já tendo publicado mais de 20 obras.

Bibliografia:

1. Andrade – Carlos Drummond de. OBRA COMPLETA, prosa e poesia, Editora Aguilar, Rio de Janeiro, 1964.
2. Andrade – Carlos Drummond de. O AMOR NATURAL, poesia, Editora Record, Rio, 1992.
3. Moura – Francisco Miguel de. A CRÍTICA DOS CRÍTICOS – UM LIVRO, artigo, jornal “Meio Norte”, Teresina, 04-05-2001.
4. Caminha – Edmílson Caminha. ENTREVISTA, matéria publicada no jornal “Correio Corisco”, Teresina, outubro de 2002.
5. Coutinho – Afrânio et Ali. ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, Ed. Min.da Educação/Fundação de Assistência ao Estudante, Rio de Janeiro, 1990.
6. Bloom – Harold. A ANGÚSTIA DA INFLUÊNCIA, crítica, trad. de Arthur Nestrovski, Imago Editora, Rio, 1991.



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