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Ensaios-->Cegueira de FHC e Terrorismo de Serra -- 16/10/2002 - 12:27 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A CEGUEIRA DE FHC E O TERRORISMO DE SERRA
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Apesar das deficiências que lhe são próprias, agravadas pelos defeitos dos homens, o regime democrático ainda é o que de melhor temos para a organização de nossa sociedade, posto que nos garante, quando menos, um mínimo de liberdade e de justiça. Fico feliz quando vejo um órgão da imprensa, com o é o caso do Correio Braziliense, traduzir esta liberdade e esta justiça em termos práticos, publicando artigos de relevada significância, com a imparcialidade que se faz necessária, e com observância rigorosa da fidelidade dos fatos noticiados.

Na edição de 13 de outubro corrente, tive a oportunidade de tomar ciência de um fato muito grave que acontece em nosso país, sem que nossas autoridades tenham, até agora, tratado do assunto com a merecida atenção. Refiro-me à reportagem divulgada no caderno SAÚDE, do sobredito jornal, de autoria de Solano Nascimento, segundo a qual, nos últimos sete anos, pouco mais de 36 mil crianças brasileiras morreram em conseqüência de problemas surgidos por conta de carência aguda de vitamina A.

Esta vitamina é fundamental para a formação e funcionamento do sistema imunológico e atuam no sentido de criar barreiras que impedem a ocorrência de males como diarréias e infecções que, quando não levam ao óbito, deixam seqüelas irreversíveis, como a cegueira, por exemplo, principalmente em crianças desnutridas, que não possuem condições de ingerir esta vitamina através de alimentos de origem animal, como carnes, leite, ovos e vegetais, principalmente os de coloração amarela, segundo os especialistas.

A reportagem nos dá conta de que o governo federal criou em 1983 um programa de suplementação, que consistia na distribuição de cápsulas para suprir às necessidades da citada vitamina. “o programa atingiu seu ápice em 1994, no governo do presidente Itamar Franco,quando 3,2 milhões de cápsulas foram distribuídas no Nordeste e no Vale do Jequitinhonha, a porção mais pobre do solo mineiro. O número caiu no ano seguinte, o primeiro de Fernando Henrique Cardoso, e depois o programa foi suspenso por três anos. (...) de lá para cá o número de doses distribuídas para os nordestinos cai anualmente.” Este ano ainda não teria sido distribuída uma só cápsula.

E o assunto, como sempre, acaba no famoso jogo de empurra. O Ministério da Saúde diz que delega competência aos Estados. Estes aos Municípios. E ficam trocando farpas entre si, enquanto nossas crianças vão morrendo ou ficando cegas.

Consultado a respeito, o Ministério da Saúde teria dito que está sendo feito um planejamento para enriquecimento de alimentos como a margarina e o óleo vegetal, a exemplo do iodo, no sal de cozinha. E que tudo estaria na dependência de uma pesquisa que irá a campo, ainda este ano, para determinar os índices de carência da vitamina A. O detalhe é que, segundo a reportagem, desde 1995 que esta pesquisa estaria programada. Para os especialistas, os levantamentos até agora já realizados seriam suficientes para iniciar o programa de enriquecimento, sem necessidade de nova pesquisa.

Enquanto isso, Maria José, uma criança de oito anos, “perambula pelas ruas de chão batido de um povoado no sul do Piauí, guiada pela mão de um dos nove irmãos, quase tão magros como ela. Rafael, 10 anos, vive na Baixada Fluminense e lamenta a perda da visão de um dos olhos. E tantas outras crianças, no Brasil inteiro, estão desamparadas pela cegueira do governo. Cegueira que, entre outras coisas, acabou com o INAN, Instituto de Alimentação e Nutrição, que tratava deste assunto, e a SUCAM, que cuidavas de campanhas de saúde pública, vacinação e prevenção de doenças como a dengue e a febre amarela, que estão voltando ao nosso convívio.

E o candidato oficial do governo, que vivenciou de perto todo esse estado de coisas, vive, agora, alardeando seu título de melhor Ministro da Saúde. Mas pratica o terrorismo eleitoral.

No horário eleitoral gratuito de ontem, aparece a grande atriz Regina Duarte, obedecendo a um “script” de pânico. De medo. Sugerindo que a vitória do Lula trará o desequilíbrio. Causará horrores inimagináveis. E a atriz, a toda hora, diz que está com medo. Não fosse uma grande atriz, até daria para acreditar nessa grande mentira e covarde apelação de jogo sujo, tão freqüente na campanha de Serra. Mas, felizmente, o povo não é burro. Está acostumado a assistir televisão. E sabe que tudo não passa de uma farsa. Criada por uma mulher de nome “Purcina”, que foi amante de um tal de “Sinhozinho Malta”, por sinal um inescrupuloso fazendeiro que lhe prometia milagres na novela Roque Santeiro, da Rede globo de Televisão.

Como tudo não passa de ficção de novela, vamos votar no outro candidato que nos parece mais interessado em resolver problemas do que criar ou esconder outros.

Domingos Oliveira Medeiros
16 de o utubro de 2002




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