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Ensaios-->Sobre Cotidiano dos Direitos Humanos -mscxI -- 02/10/2002 - 16:37 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

LIVRO: O COTIDIANO DOS DIREITOS HUMANOS
AUTOR: Luciano Mariz Maia
Editora Universitária – João Pessoa, 1999, 380 páginas
Por: m.s.cardoso xavier

Diz o adágio popular: “filho de peixe, peixinho é”, “o que é de raça arrasta”. Luciano Maia tem de quem herdar qualidades tão sensíveis e profundas. O seu pai, o Dr. Octavio Mariz Maia (falecido) foi médico, não só de corpo, mas de almas. Pessoa bem dotada intelectualmente, ímpar, de extraordinárias qualidades no trato da sensibilidade humana.
Uma força transcendental impeliu-me ao lançamento do livro de Luciano Maia, e eis que conheço o filho do meu grande amigo. Passados mais ou menos 30 anos. Jovem simpático, brilhante, herdeiro da inteligência genética. Um intelectual e humanista sui generis. Síntese da têmpera de sua gens, vivência atuante no setor jurídico, pleno de serenidade reflexiva e sabedoria.
Acaba de produzir uma obra relevante para os leitores paraibanos e brasileiros. Nada neste livro fugiu à visão de humanista socialista, portador de uma cultura geral significativa. Proclama e defende os direitos de todos à tudo que têm direito: a habitação condigna, o respeito aos deficientes, os sem terra, o respeito à mulher, ao consumidor, aos barraqueiros da orla, ao ensino etc. Acende questionamentos pertinentes à eleição, inelegibilidade, governos, reeleição, torturas no cárcere, segurança nas estradas e nas ruas, liberdade de expressão, o dióxido de carbono, injustiças, respeito às minorias (homossexuais, ciganos etc.). Enfim, conclama a erradicação de todas as injustiças que campeiam neste país. Paz na terra com justiça no campo!
Livro magnífico intrínseca e extrinsecamente. Composto de crônicas e artigos em estilo próprio e criativo. Linguagem límpida e direta, simultaneamente metafórica quando soe ser, sob uma terminologia jurídica da qual é conhecedor teórico. Neste mister, traz à lume exemplos práticos do seu dia-a-dia profissional Temas palpitantes da atualidade. Além disto, livro divina e adequadamente ilustrado! Usa trocadilhos e títulos para seus capítulos de modo criativo e humorístico!
Demonstra inquietações legítimas, se faz porta-voz desta tão conturbada época, de crises múltiplas, elucidando questões com clareza. Revela seu agudo senso crítico em torno dos conflitos e contradições sociais de sua cidade, do seu Estado e consequentemente do país.
Livro excelente, axiologicamente falando. Seus capítulos plenos de direitos humanos, denuncia os desmandos e desrespeitos, sem pedantismo. Vivemos uma sociedade sem ética. Predomina o egoísmo exacerbado, as competições desenfreadas, os conchavos de várias ordens, os casuísmos, na qual a axiologia está relativizada, ou pior, deturpada.
Luciano Maia não é apenas uma cultura jurídica tão jovem, é acima de tudo um perscrutador e tradutor dos desmandos e injustiças, que só enxerga, quem traz dentro de si, alto senso de direito natural.
Assaz oportuno se faz a edição desta grande obra: “O Cotidiano dos Direitos Humanos”. Vale como fonte importante para o futuro, cujo autor estudioso e testemunha ocular dos fatos do seu tempo-ocorrências, que agridem os direitos humanos. Ele registra, analisa, denuncia, com elegância e sem radicalismos.
Revela-se um bom escritor, perscrutador dos paradoxos de sua comunidade. Inumeráveis problemas são objeto de sua preocupação e abordagem neste livro, desde o soldo do soldado ao dióxido de carbono. Enfim, o cotidiano da urbe, o autor conhece e opina com senso de justiça e equilíbrio-testemunha no decorrer de sua vida de cidadão e profissional.
Alia sua cultura erudita com a sabedoria popular do seu povo, para extrair lições e prescrever atitudes mais equilibradas, tendo em vista a preciosa vida e “viver” humano.
Não esqueçamos: o livro traz anexos finais valiosos, tais quais: “A Declaração Universal dos Direitos do Homem” (1948) e outros muito importantes e atuais.
Fechando com chave de ouro este sucinto comentário acerca deste bonito livro, vai uma assertiva linda do seu autor: “... Mas nem só com balas se mata... Às vezes, vidas são tiradas... Outras vezes, mata-se com palavras. E com palavras se lançam sementes que germinam a desonra, a desconfiança, o desrespeito, o ódio e o desamor. Palavras que matam, por dentro, porque eliminam a crença nos homens e aniquilam a esperança.”

Maria do Socorro Cardoso Xavier
Ensaísta, Poeta, Professora
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