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Poesias-->SAUDADES III -- 16/01/2003 - 00:53 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
sento-me à mesa da cozinha



repito o velho ritual

- abro o vinho



enchendo a taça

vejo-te o sorriso



música, fumaça

a brisa da janela



talvez pudesse

sentar-me no jardim

sorver o fumo doce

ligar o som do carro

acender velas

olhar as estrelas

fazer poemas



nada mais disso

além do vinho

e um resto de versos



há frio lá fora



talvez acenda a fogueira

deite-me ao relento

para adormecer vendo estrelas



lua engolindo as centelhas

como devorasse meu coração cansado

de tanta saudade

de tanto engano

de todo esse abandono

disfarçado em inexorabilidade



como foi duro

chegar até aqui

ser o muro intransponível



estou cansada e triste



e tu procuras em mim

novamente

teu velho sonho

sem ver que colhes

as flores negras

da saudade doente



não sou a mesma



se não encontro teu beijo

em novos lábios

se não canto os mesmos versos

pelo amor que tenta chegar-me

não te iludas

- tudo é questão de tempo



agora quero um amor tranquilo

desses de cama e mesa

tento-me a moça que se aquieta

e recebe a oferta do destino

- companhia para a varanda,

palavras mansas,

cozinhar juntos,

juntar as coisas velhas,

o cansaço dos sonhos,

as solidões antigas,

as desesperanças.



receita perfeita

- esquecer-te sem cair no turbilhão.

é como recebesse esse moço

ainda levemente inquieta

mas aquietando-me.



quero-me quase indiferente

algo alegre

- a felicidade deve ser

próxima a isso.



não pode ser aquela amorosidade febril

a arrebatar-me os dias



não sou a mesma

preciso ser outra

diferente





















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