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Artigos-->ERRAR É HUMANO. MAS TEM CURA -- 17/02/2002 - 10:59 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Sempre tem uma palavra da moda. E a moda que está na moda chama-se “recall”, que significa, conforme consta do Aurélio, “convocação que o fabricante ou distribuidor faz ao consumidor, para retorno de produto já vendido, no qual se descobriu, posteriormente, defeito ou problema”.



Na semana passada, e ainda nesta, o assunto tomou assento na cadeira cativa da imprensa e promete demorar a sair. Tudo por conta da notícia veiculada pela montadora de automóveis GM que anunciou o recall de veículos da linha 2002 para corrigir problemas no sistema de freio a disco. O problema envolve mais outras três montadoras: Fiat, Volkswagen e Ford , clientes do mesmo fornecedor, a multinacional alemã Continental Tevês, fabricante da peça com defeito. Total de veículos envolvidos: mais de 100 mil.



O assunto ganha importância na medida em que fica evidente o risco de vida a que ficaram expostos os compradores dos veículos defeituosos. Parece que a ineficiência não é privilégio do setor público.Mas, como não convém remar contra a maré, entendo que a idéia do recall poderia ser melhor aproveitada. A seguir, alguns exemplos:



recall para a troca dos parafusos que sustentam os cabos de distribuição de energia elétrica, fabricados há anos, e que só servem para produzir falta de energia e tensão no Brasil;



recall para o salário mínimo, a fim de que estes rendimentos possam atender às necessidades básicas do trabalhador e de sua família, nos termos garantidos pela Constituição Federal;



recall para que seja corrigido o defeito nos vencimentos do servidor público, em cumprimento ao que estabelece a Constituição, que garante a revisão anual, geral e linear dos seus vencimentos, mantendo o poder aquisitivo de compra e possibilitando sua sobrevivência e de seus familiares; extensivo aos aposentados e pensionistas;



recall para as ações na área de saúde, a fim de evitar a proliferação de doenças infecto-contagiosas, como a dengue, que apareceu no início do século passado, mas que foram totalmente banidas e que, agora, retornam com toda força, provavelmente motivadas pelas chuvas que tanto ajudaram o governo na questão da falta de energia;



recall para o Congresso Nacional, a fim de que a Instituição, que melhor simboliza a nossa democracia, e que se constitui no mais importante órgão responsável pelo processo decisório brasileiro, possa, finalmente, encontrar e consertar as ferramentas necessárias para votar e aprovar as grandes reformas ainda pendentes, mas que, até agora, por conta de ferramentas enferrujadas e desalinhadas em relação às atuais e urgentes necessidades do país e da população, não saíram do papel;



recall para todos os políticos que apresentaram defeitos por conta dos quais foram cassados ou renunciaram aos respectivos cargos e que agora pretendem voltar ao cenário político;

recall para os jogadores da seleção brasileira, incluindo a comissão técnica, que não andam, decididamente, bem das pernas;



recall para todos os presidentes eleitos e que assumiram o poder a partir de 1995. Estes presidentes apresentam muito defeitos, alguns dos quais irreparáveis, em face, principalmente, do pouco tempo que resta para correção dos erros. E, fionalmente:



recall para os eleitores que insistem em votar errado, sem qualquer critério de escolha, acreditando, ingenuamente, que a política nada tem a ver com sua vida e de sua família. E com isso, cometem um grande erro, um grande defeito: passam a acreditar nas pesquisas eleitorais e votam mais pela embalagem do produto do que pelos programas de governo apresentados pelos candidatos, vale dizer,o seu conteúdo.



Domingos Oliveira Medeiros. 17 de fevereiro de 2002 – correções.



































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