Meu amigo leitor:
Saudações!
Está claro para nós que o texto anterior irá obrigá-lo a requerer uma boa explicação pelo formato e pelos dizeres incompreensíveis de que se vazou a mensagem do filho no etéreo ao velho pai encarnado e caduco.
É que, acreditando que iria estabelecer contato espiritual, o autor desejou ultrapassar os vínculos meramente intelectuais ou puramente sentimentais, transformando sua comunicação numa charada para os leigos, como nós mesmos.
Pôs quase tudo em métrica canhestra, repetiu uns sons como se rimas fossem e demonstrou, com exemplo muito discutível, como é que se daria uma transmissão que objetivasse retirar do marasmo aquela mente destituída de aspirações existenciais de caráter espiritual.
Ficaremos na expectativa de que algum leitor esteja na situação que, mais ou menos, descrevemos, ou seja, de quem preza tanto a matéria a ponto de reverenciá-la como o fulcro de toda a existência. É, vamos dizer assim, um alerta esquisito para muitos homens sem fé que poderão assombrar-se, se Deus quiser, com o retrato três por quatro de seu próprio semblante moral.
Em tempo e sem pós-escrito, afirmamos que este texto vale para a sugestão de lídima iniciativa a quem está lendo e desfrutando, de algum modo, do ritmo que aplicamos às composições. Qual iniciativa? A de presentear os amigos com um exemplar, sem esquecer de apensar dedicatória ilustrativa do quanto ficaria satisfeito de que o livro venha a ser lido, conquanto possa incentivá-los a comentários os mais cáusticos.
Interessados na divulgação do Espiritismo por meio da mediunidade, caso aquele desfrute acima mencionado não se realize na realidade, então que o presente não seja este livro, mas outro de conteúdo doutrinário, que sempre se há de buscar divulgar a verdade espírita.
Um abraço ao leitor destemido, que outro não teria chegado até aqui.
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