Se eu escrevesse mil estrofes
De nível Prêmio Nobel
Seria, então, muito pouco
Para expressar no papel
A construção, com valia,
Da grandeza da poesia
De Rubênio no cordel.
Na nossa Usina de Letras
Têm muitos cobras no verso,
Poetas que quando falam
Já vem o poema expresso
Quer cantando a natureza
Ou protestando a rudeza
Das chacinas do universo.
Têm os poetas que cuidam
Dos problemas sociais,
Que condenam um sistema
De homens tão desiguais...
Que sentem, se preocupam...
E nos espaços que ocupam
Fazem-se arautos da paz.
Tem Domingos de Oliveira
Grande poeta e parente
Que saiu lá de Pombal,
Daquele solo inclemente
Sempre ao lado da família
Para cantar de Brasília
Toda dor da nossa gente.
Tenho muita admiração
Por esse grande poeta,
Quando cavalga no verso
Não deixa a porteira aberta.
Forte e duro feito brita
Protesta, se ergue, grita
Com sua verve inquieta.
Tem a grande poetisa
Que é a Socorro Xavier,
Sabendo bem escrever,
E escreve o que bem quer
Seu estilo, com galhardia,
Só prestigia a poesia,
Só engrandece a mulher.
Mas, todos são muito bons,
Deles nunca tiro a vista,
Há alguns que eu ao lê-los
Sigo com eles na pista,
Outros, eu vou descobrindo,
É como se fosse ouvindo
Um poeta repentista.
Mas, o Rubênio Marcelo
É um poeta cantador,
É um filósofo no verso,
Um grande conhecedor...
É um vate fenomenal
Que a história universal
Põe no seu verso e dá cor.
Porém, esse grande vate
Que é romancista, contista
E músico que em si reúne
As qualidades dum artista,
Justifica o dom divino,
Pois, além de nordestino
É filho de repentista.
A você, todo o sucesso:
Na família,
Na profissão,
Na literatura.
Cordiais Saudações,
Medeiros Braga
medeirosbragab@bol.com.br
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