OS SONHOS DE INDEPENDÊNCIA
TRAZEM NOVAS FRUSTAÇÕES
Escrevo com muita dor
Vendo o mártir Tiradentes
Sendo morto, esquartejado,
Por ter plantado a semente
Para um povo ser feliz
Que era o de ver seu país
Algum dia independente.
A semente foi plantada,
A árvore cresceu, floriu,
Mas, o rei de Portugal
Que pra colônia fugiu
Maquinou um novo estorvo
Tirando do nosso povo
Os seus sonhos de Brasil.
Dois séculos quase se vão
De sofrimento, sem glória
De muito sangue, com o qual
Se escreveu parte da história,
Mas, sempre com confiança,
Com muita garra e esperança
Que o povo tem sem vanglória.
Depois de quase dois séculos
De luta, pois, nossa gente
Lutou por um operário
E fez dele presidente
Para tornar, na nação,
Nosso povo cidadão
E o país independente.
E para nossa tristeza,
Às vésperas da independência
Assistimos indignados
O FMI, com excrescência,
Afirmar sem consultar
Que o Brasil vai recuar
No seu PIB sem clemência.
Senti-me diminuído
Ao ler essa informação,
É como se o país fosse
Um pinico de nação...
Onde qualquer magnata,
O chamado caixa alta,
Faz a sua defecção.
Até mesmo o presidente
Que boas lembranças trago
Vejo também humilhado
Tomando um remédio amargo
Sem governo e sem poder,
Sob controle, pra ser
Um pau mandado no cargo.
Eu estava com muita fé,
Com entusiasmo, contente
De que, com Lula assumindo
O posto de presidente,
Quando o dia SETE chegasse
Eu, então, comemorasse
Um país independente.
Mas, foi grande meu engano
E maior a decepção,
Maior ainda a revolta
Com o peso do grilhão.
Mas, nós iremos de novo,
Organizar todo povo
Pra libertar a nação.
Não temos outra saída,
Não vemos outra opção.
Façamos alguma coisa,
Sigamos essa lição:
“É preferível acender
Uma vela, a maldizer,
Sempre e sempre, a escuridão!”
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