184 usuários online |
| |
|
Poesias-->ninguém percebe nossos desaparecimentos -- 12/01/2003 - 21:06 (CARLOS PARÁ) |
|
|
| |
ninguém percebe nossos desaparecimentos
e eu te apuro sem apuros
sem espantos
entras
(entranhas distraídas) e me dissolves
és a chave dos rios sem foz
abrindo afluentes no meu sonho
renovas a vida com águas noturnas
a envolver e a fundir verbos íntimos na saliva
do tempo esquecido
de um não-lugar
passado-futuro
incendiando rastros
riscos
correntezas
conjunções ocultas
eliminando vestígios do poema perfeito que não usamos
palavras (elas estão presas, submissas
às eternas combinações iludidas de sentidos)
|
|