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| Poesias-->húmido -- 12/01/2003 - 14:24 (Daniel Veiga) |
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foge da sombra como
quem devora luz: foge
da sombra para a devorares
na esquina seguinte: foge
desse acto inconsequente:
essa loucura de fugires
como se cresses na existência
da sombra: foge dos sentidos
para parares e sentires frio:
sente a ausência do calor
para, na rua que se cruza
com o teu caminho, o calor
te atingir: pára agora e
deixa a fuga abandonar-te:
sente como as sensações são
apenas isso: sorri para o sol
e ri-te desse teu gesto de candura:
sê directo e fluido: água
em cascata: sê potável e generoso:
integrado e íntegro: uno e
permanente: sorri ainda ao sentires
a casca que te apresenta ao mundo:
ri-te, suave e mergulha, nú, e ti. |
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