----- Ofensas intelectuais de teor burrigídio têm de ser, pelo menos, esclarecidas, já que tirar desforra dum 'pobre diabo' demenciado é evitável. Por caridade humana pode e deve perdoar-se.
----- Analise-se o que é, em opinião burrigíada, poesia medíocre:
----------------- LUAR DE ABRIL -----------------
Lua perfeita em horizonte infindo
Que roça o mar e a montanha
Num beijo profundo, melancólico
Na imensidão te alcança minha alma...
Em lamentos me vejo
E fascinada
Por tanta luz
Que em mim inunda
Uma vaga tristeza se espalha
Pelos caminhos
Esta dor profunda...
Exausta a vagar sem rumo certo
Nesta desesperança que me acolhe
Em suas malhas de tecido tosco
Lágrimas quentes rolam pelo rosto
Delineando a dor de algum desgosto...
Os débeis raios lanças ao espaço
A iluminar a dor que me ficou
Ilusão breve do sonho que findou...
Mas não te ocultes
Não leves meu mundo!
Espalha no céu tua aura luminosa
Pois sei que és
Bela
Frágil
És ditosa!
A proclamar na tua luz
A dor e o sonho
Que no amor reluz...
Milene Arder
------ Depois, eu sei, e posso garantir, que este poema foi tirado fluentemente de improviso, ao correr da tecla, sem fazer remiragem e matutação.
------ Não pactuo com a inversão de valores. Não pactuo com o jogo do soerguimento devasso e predador. Não me falem de semi-analfabetismo, como desculpa, quando o ódio miserabilista é patente. Quem faz e deve fazer a defesa do intelecto? Somos nós todos sem excepção.
------ Os burrigídios constituem o drama no cerne da intelectualidade. Sabem como o burrimerdacão se desculpa? Afirma que não é cursado, para deitar abaixo os cursados. Diz que não é literato, para deitar abaixo o intelecto burilado dos outros. Este indivíduo tem de ficar bem identificado entre a comunidade usinal que gosta deveras de escrever. Diferendos pessoais nada têm a ver com escrita. Este tipo tem pura e simplesmente de ser reconduzido ao curro aonde, sem equívoco, pertence.
