Usina de Letras
Usina de Letras
21 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62280 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50667)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6207)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->O Exercício da Democracia -- 01/11/2002 - 15:50 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em uma sala de trabalho cinco amigos estavam reunidos jogando conversa fora a três meses da eleição para governador do Estado.
Pedro recém empossado no cargo de Diretor chegou falando das metas, enquanto Jorge e Márcia digitavam um ofício para o chefe. E D. Raimunda limpava a mesa do Sr. Jurandir, chefe do setor, que ouvia o posicionamento de Pedro.
De repente o rádio noticiando, informa a última pesquisa realizada; Fulano 39% das intenções de voto, Siclano 29%, Beltrano 20% e Hermano com 12%.Chamada a atenção dos ouvintes, quem primeiro esboçou franqueza foi a D. Ray, que iniciou o debate: - Essa pesquisa foi toda comprada, pois ontem estavam dizendo que o Siclano é quem está na frente e esse fulaninho aí, é só lorota. Eu num voto nele nem morta.Ele é só pavulagem. Na eleição passada, pra deputado ele inganou todo o pessoar lá da rua com promessas de madeiras pras pontes e num deu nada. Até hoje estamos esperando.
- Ô D. Raimunda, o rapaz é trabalhador.Só que na Assembléia ele não vota sozinho.E se ele não fez nada pra sua rua, deve ter sido, por impossibilidades extras, mas que pelo menos ele tentou viabilizar através do governo,isso com certeza. Eu o conheço e dou a minha mão a palmatória.Disse assim o Dr. Pedro, que foi interrompido por D. Márcia dizendo:
- Olha Doutor, o senhor pode até acreditar nele, contudo me desculpe, mas se ele ganhar estamos na roça.
Umas tabuas pra rua, iriam depender de aprovações pela Assembléia,só o senhor mesmo pra acreditar. Ademais no debate passado as suas colocações foram vazias e quando se interroga sobre a situação econômica do local, ele logo desvirtua e se fala em aumento de salário então... Ele entra por outra porta. Portanto quem pula de galho em galho não merece crédito. E cuide, pra comprar gelo, pois o senhor vai sentir muita dor.
Entretanto o outro chefe, o Sr.Jurandir,entrou na conversa dizendo:
- Não, o Fulano é na minha opinião, é a melhor opção e com certeza irá ganhar.Quando ele mal terminou de falar. Jorge, do seu silêncio rebelou-se:
-É por isso que eu sou Beltrano, não tenho cargo e portanto, não tenho que votar em A ou B.A, conforme me indicam. A democracia é a participação sem coação.
-Ah, Ah,Ah, Ah...Vocês estão doidos. Disse D. Ray.
E antes que ela se posicionasse, Márcia fabulou:
-Quem quer que vença eu quero o melhor pro nosso povo, vou fazer a minha parte. E mais ainda se o meu candidato ganhar. O importante é que ajudemos o país a crescer, pois independente de qualquer coisa somos tão responaveis quanto o governador que assumir.
-É verdade. Concluiu a D. Ray esfregando o vidro da janela, sob o efeito de um pensamento longincuo, feito o jangadeiro que corta o horizonte lá no ínicio da mare.
Dr. Pedro e o chefe Jurandir viram o visto, esboçaram um sorriso e entraram pra um reservado, enquanto Jorge terminando o ofício entregava-o a colega, que em silêncio pareceu ver o futuro.
O candidato vitorioso, fora aquele que menos pontos apresentava.
Isso sim foi surpresa.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui