O fazer literário transcende qualquer convenção.Ele é inato.Nasceu com o homem no momento que ele teve seu primeiro contacto com o mundo inóspito,de um devir incerto; ao mesmo tempo que o fazer literário é uma busca de algo que preencha ou console o sentir-se só,é também uma defesa natural contra as agressões que a sensibilidade humana sofre.
O homem ,enquanto ser social,tolhido em sua essência,carregando seu eu comprimido em seu interior por força de convenções externas, recorre à literatura como meio de dar vazão à plenitude de suas emoções.Ele cria um mundo onde só se chega atrvés das abstrações,da fuga do real;um mundo novo onde sua alma é livre e reina,onde ele é um deus,senhor da vida,um criador.
Ou por falta ou desejo de recriar o mundo,o fa-zer literário torna o homem pleno,completo,feliz. |