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Poesias-->Quando -- 10/01/2003 - 10:40 (Clodoaldo Turcato) |
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Quando
Quando estiverdes só
E a comodidade não te fartar
Quando o luxo dos que te vêem pobre
For rotina
Quando os beijos comprados
Não te saciarem mais
Quando a insônia aplacar teu sono
Quando sentirdes ódio da mesmice
Quando nas festas te sentires vaga
Quando a companhia das alterosas
Te parecer infâmia
Quando o sexo for o da obrigação sem prazer
Quando, por ventura, a esquecerem por trabalho
Quando exigirem de ti a esposa fiel
Quando te pedirem a vida sem fantasias
Quando o remorso chegar
Quando aquele amor acabar
Quando sua vida parar
E olhares pra trás
Lembra-te que estive contigo
Na pobreza e na fartura
E a rotina não existia
Lembra-te que meus milhares de beijos
Não te custavam nada
Lembra-te que dormias a noite toda
Em meus braços
Lembra-te que todo o dia era diferente
Que nem um minuto te deixei só
Lembra-te que minha companhia
Te bastava e mais nada
Lembra-te que ficava em casa do trabalho
Por você
Lembra-te que nunca pedi fidelidade
Que realizei suas fantasias
Sem falso pudor
E volte correndo pra mim
Volte que te espero
Como no primeiro dia
Volte que te espero pura, laica
Baixa, pequena, sem a menor desculpa
Simplesmente volte
Para abrandar minha saudade
( Codo. Recife, Pernambuco, dezembro de 2002)
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