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Poesias-->O conteporâneo -- 10/01/2003 - 09:20 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O contemporâneo



Como esta difícil o nosso tempo

Escrever, hoje, é árduo e duro

Letrar momentos bons, neste memento

Me parece ser cinismo puro



Louvar o amor, como o amor pleiteia

Sonhar a vida longe da desgraça

Fechar-se no ninho, que nos aceita

Quando em nossa porta a miséria passa



Encher a barriga diante de barrigas vazias

Vestir-se de moda diante de descamisados

Alheio ao que acontece nas cercanias

Tapar os ouvidos aos gritos desesperados



É orar por quem tem fome

Dentro de carro importado

É culpar Deus pelo pobre do homem

Que está tão desalmado



Viver como se nenhuma mazela estivesse acontecendo

Escrever de vida, felicidades, economia e agremiados

Produzir textos sob corpos padecendo

Alheios ao comerciar de versos elitizados



Os tempos não estão para poesia

Não estão para as facilidades da imprudência

É a luta de cada um, a cada dia

Pela mera sobrevivência



Refletido no próximo nossa fraqueza

Nosso medo de tomar alguma atitude

Em compreender que só existiria beleza

Ao encontrarmos em nós alguma virtude



Quando comermos ao lado do faminto

Vestir-nos em conjunto do mendigo

Não fugir ao aperto do cinto

Não temer de enfrentar o “perigo”



Daí, voltaríamos a escrever flores

Com candura, afago, melodia e leveza

Focaríamos em letras só os amores

Sem no final nos bater “aquela tristeza”

( Codo. Recife, Pernambuco, dezembro de 2002)

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