Contributo para o maneio do raciocínio sobre a mais sublime inventada da Humanidade: Deus!
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Desde os tácitamente nossos aos mais estranhos e demenciais, os deuses propagam-se e distendem-se entre a profusante amálgama de neurónios humanos. Se o nosso Deus não fosse como é, sê-lo-ia de outro jeito, pois não há por enquanto concepção que resulte se não tiver objectivamente um deus como patrono. Aos mais perspicazes e lavados do raciocínio as mitologias, por depreensão, ensinam isso, embora o proveito desse conhecimento resulte apenas numa percentagem mínima de indivíduos.
O deus da sorte, por exemplo e perante a permanente catástrofe da confusão racional, é uma das mais influentes personalidades espirituais na ribalta dos deuses, o que não impede que intervenha no crucial momento em que já não serve para nada. É pois essencial e de subtil prudência, na actual existência social dos humanos ditos civilzados, estar em sóbria e humilde comunhão, 'em nome dum só Deus verdadeiro', com todos os deuses. É tão só esta a primordial filosofia que, mesmo não estando de acordo com ela, deverei adoptar: quero e pretendo estar em salutar paz com todos os deuses para que não desmereça abeirar-me dos seus tronos e quiçã partilhar os frutos do endeusamento.