No país das maravilhas
ao norte de nosso muro,
o maior povo do mundo
que imagina ter futuro,
sem ter mata pra queimar,
é dono da Bomba-H
mesmo assim fica no escuro.
Sofremos nossa malária,
pobreza, falta de fé,
dizem que apresentamos
doença de cabaré,
que andamos de charrete,
qu’inda usamos disquete
e um baralho sem melé.
Mesmo na modernagem
com todo perequeté,
casando “home cum home”,
também “mulé cum mulé”
ontem os “americano”
entrou “tudim” pelo cano,
Tio Sam ficou a pé.