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Poesias-->No restaurante -- 09/01/2003 - 14:51 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No restaurante



Creia-me amigo nada tenho

Que aguce tua gana

Só esta mala de garupa

E uma garrafa de caña



Esta bolsa é pros meus sonhos

Que renovo a cada dia

E a cachaça é pra esquentar

Minhas noites, sempre frias



Por que me olhas de soslaio

Duvidando do que digo?

Te incomoda meu sorriso otário

Mesmo em vestes de mendigo?



Não trago prata, nem ouro

Não visto seda ou carmim

Escondi os meus tesouros

No arco-íris do sem fim



Enquanto juntavas “la plata”

Logrando cada centavo

Eu andava pelo mundo

Rodando pra todo lado



Não sei se estou certo ou errado

Agindo assim sem serventia

Um andante do pecado

De viver com alegria



Me desculpe aperreio

Que causo em teu pensamento

Ousado, assim, sem receio

Onde só concebes sofrimento



Não alteres o que pensas

Por causa deste lacaio

Só me encares como gente

Que de imediato eu saio



( Codo. Recife, Pernambuco, dezembro de 2002)



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