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Poesias-->Gritos -- 09/01/2003 - 14:40 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Gritos



Gritos, gritos e mais gritos

Solidão entre montanhas de gente

Angústia em névoa

Mascarada em alegria artificial



Olhos denunciantes, tapeados pela maquiagem

Lágrimas contidas num protesto vulgar

Marcas produzidas para aumentar a individualidade

Casas pré-fabricadas, boas pra se ficar só



É o homem que sonha ....só sonha

Sabe que a união é o jeito

Mas fica sem jeito para se unir

Para se abraçar, para renascer



Gritos mudos, para surdos ouvirem

Gente com frio.; gente com fome

E os planos criados em mesa farta e lareira

Sem urgência, afinal estão aquecidos...estômago cheio



Por falta de confiança, criou-se a burocracia

Que mal grafado está

Melhor ficaria “burro-cracia”

Muita burrice

Armazéns lotados de grãos, que não eram podres

Casas quentes, vazias



É tão complicado ser simples

Fraternidade não combina com livre-comércio

Não combina com iniciativa privada

Com recursos financeiros, com dólar



Salve-se quem puder e quiser

Quem tiver o privilégio dos privilégios

Quem for “cidadão de bem”

Quem esconder-se na hipocrisia da honestidade



Amai-vos uns aos outros, ou

Amai uns, nunca os outros

Para que o certo fique duvidoso

O exemplo manchado



Pecados por todo lado

Na proporção em que as crenças surgem

É o livre mercado das orações

E das salvações imediatas



Tudo gira

O mundo gira

O dinheiro gira

O sexo gira



Arrastam-se multidões enfileiradas

Com pouco a dizer, nada a reclamar

Só ódio.; só solidão.; só descaso

Nem da violência se grita, nem do político



E chega-se ao final da vida

Para o ultimo grito

A fuga da vida

O esmero direito de não gritar mais



(Codo. Recife, Pernambuco, dezembro de 2002)

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