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cronicas-->Corações Desavisados -- 18/06/2000 - 09:05 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Corações Desavisados


Corações que batem em harmonia, no improviso e no descuido do destino. Quando nos damos conta, comparecemos a encontros que não havíamos agendado ou que sequer tínhamos sido formalmente convidados. São as trapaças e graças que a vida vai amealhando em nossos desavisados corações...um aceno sorrateiro, trabalho de mestre, e nos vemos imersos em um mar de sonhos.
Sem que percebamos, nossas almas trilham voluptuosamente um horizonte de novas esperanças, guiadas pelo fascínio da lua que nos entontece com seu perfume sedutor. Os infortúnios, desencantos, passado negro são de pronto expurgados da nossa memória afetiva.
Encontros marcados pelo destino, papel estrelado da vida...braços confusos que se entreolham na expectativa do primeiro toque, olhos que se sorvem em desejos incontidos...tudo conspira para a crença de que a felicidade está de novo em nossas mãos, feito presente generosamente embalado com laço de fita pela vida!
Foi assim, quanto te encontrei...os deuses, no orgasmo de suas inspirações, teceram em nossos corações borbulhas de amor. Sequer imaginávamos as afinidades que seriam dia-a-dia bordadas em cada palavra trocada...emoções, que os míopes racionais nem com óculos ou telescópio, seriam capazes de assimilar.
Fomos sendo um do outro, no sussurro de nossas descobertas, no tatear dos nossos desejos coincidentes...sonhávamos juntos nosso vóo de liberdade, feito passarinhos no limiar do alvorecer...éramos grãos de esperança mergulhados no universo do amor, aprendizes de nós mesmos.
A vida ao teu lado, revestia-se em tons por mim desconhecidos...mesmo as coisas mais simples adquiriam sabores indizíveis, quando partilhadas contigo. Lembro-me que me falavas que meus beijos tinham gosto de morangos com chantilly, e eu ria dos teus sorrisos me provando!
E dormimos este sonho juntos, esquecidos que havia vida , além de nós...sem aviso prévio, a vassoura do tempo, que quase tudo leva, surpreendeu-nos, deixando-nos na solidão dos nossos sonhos.
Pobre tempo...a ampulheta do meu coração teimosamente ainda bate ao sabor do teu, e sei que tu ainda sentes meu riso solto em tua vida. Permaneço em ti como doce música, porque um dia nossos corações desavisados tornarão a se encontrar.


© Nandinha Guimarães
Em 11.04.00
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