Usina de Letras
Usina de Letras
153 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62219 )

Cartas ( 21334)

Contos (13262)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10362)

Erótico (13569)

Frases (50612)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140800)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Desculper amor -- 09/01/2003 - 14:32 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Desculpe amor



Desculpe amor se eu te pareço duro

Até mesmo inseguro

Mas é preciso te falar

Pois tu andas com uma conversa fiada

Que não vai levar a nada

Achei melhor te alertar



Desculpe amor se eu pensei

Que aqueles momentos de namoro

Pro casamento fossem se estender

Aquela coisa safada, cara lambuzada

Roupa rasgada, camisinha jogada

Amor, como só tu sabes fazer



Desculpe amor se hoje te toco

Belisco, provoco, como sempre fazia

Não tinha esse negócio de carícia

Flores, bombons e conversa macia



Desculpe amor mas eu pensei

Que tua raiva de futebol

Era por eu não ser conrintiano

Ou pelo Internacional dá no timão

Todos os anos

Porém, agora logo que a novela acaba

Queres mudar de estação

Se eu peço uma gelada

Ficas de cara amarrada

E me expulsa do colchão



Desculpe amor mas eu pensei

Que tu fosses continuar sempre arrumadinha

Não fosses cair nessa vidinha

De fofoca e engordar

Se bem que eu não tenho me cuidado

Como em tempos passados

Quando tu te preocupavas em me alinhar



Desculpe amor se eu não te expliquei

Que comida, casa, carro, jóias e salão

Custavam dinheiro

Por isso só chego de madrugada

Cansado, roupa amassada

De dar duro o dia inteiro



Lembras como tu eras medida

Tinhas um projeto de vida

Só pensavas em economizar

Mas hoje não há dinheiro suficiente

Pros teu caprichos e parentes

Tu não paras de gastar



Desculpe amor, mas eu pensei

Que tivestes visto que eu não sou modelo

O tipo de homem que se vê na televisão

Corpo malhado, olhos verdes

Lindo dentro de um calção

Você dizia que assim mesmo me amava

Que a beleza não importava

Eu era o tijolo que faltava

Em sua construção



Por isso cales tua boca

Pegues a trouxa e lave a roupa

Faças depressa esse jantar

Não me venhas com rodeios

Ande, deixes de aperreios

Que eu só quero descansar





( Codo. Recife, Pernambuco, dezembro de 2002)

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui