Ha dias em que não há sono e o escuro se mexe fitando
o desconhecido. Há
dias em que desconheço o próprio. Há dias que não são
em si. ,,. É apenas
um rascunho, uma sombra do que poderia ser, ter
sido.., Há dias em que o
sol se põe mais cedo e o galo não canta à matina..,, o
tempo não se faz,..
o beijo,,, .. há dias em que é duro., ... dias
marasmóticos na inconstância
do próprio tempo, dias que se negam, dias em que não
há noite, não há dia,
niilismo estático.
A pena não anda e o parar é remoto. Seguir um caminho
vão, de coisas vãs
e um muro de pedras a pisar com passos medrosos e
covardes. Não vai!. o
ficar é inerte. Não se é preciso nada,, as
interrogações cansaram: não respondereis!
A palavra é morta e vã. E o mundo... , sabe-se lá de
pessoas. O que vejo
é uma aldeia vazia num lugar não distante. As casas
são de uma vazies melancólica,,
; o vento é vazio, nem lembranças,,. As poças d`água
fizeram manchas na
pedra seca.
E então ele partiu. Foi para o monte distante, na sua
peregrinação sem fim.
Não levou consigo um sequer vivente,, nem trouxas,,
nem bata,.Ele partiu,
é sabido, e não para as montanhas, mas para lugar mais
longe.
A INÉRCIA
Há dias em que a inércia
de nossas vidas supera todo e
Qualquer sentimento,
Movimento...
Impulsionada por um não sei
O que de ilógico,
Pairamos sobre a existência
Apenas por ser.
Imperial e insuplantável
Este estado de existir!..
Talvez a morte
Que é a mãe de todos os aflitos
Me console com seu manto tênue
E frígido,
A me tirar desta vaga
Caminhada em direção a
Nada?!
Talvez o que se faça presente
Neste momento seria a
Glória da decisão suprema
, Serena
A fitar minhas angústias
Aprisionando-me nesta
Enorme e
Vacuolar
Inércia.
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HAIAN |